
O motorista do Uber afirma que foi agredido ao chegar a uma boate para atender um chamado. "Quando cheguei, tr�s passageiros j� entraram no carro me mandando correr porque os taxistas vinham com pedras na m�o", contou. Segundo ele, dois passageiros desceram e sa�ram correndo, enquanto outro ficou e disse que seria levado pelo Uber. "Nesse momento, come�aram a dar socos e chutes no rapaz. Ao conseguir se soltar, ele saiu correndo e n�o sei mais o que houve", detalha. O motorista conta ainda que pedras arremessadas pelos taxistas acertam o rosto e o ombro dele. Segundo ele, havia cerca de oito taxistas no local, mas s� tr�s ou quatro participaram da agress�o, enquanto os outros pediam que eles ficassem quietos.
Logo depois, o motorista afirma ter entrado no carro e arrancado. Ele diz que seu carro, um Renault Fluence, foi danificado por pedradas e pauladas. O condutor registrou duas ocorr�ncias: a primeira por danos ao ve�culo. Depois, segundo a Pol�cia Civil, ele relatou na 4ª Delegacia do Barreiro que foi ferido no epis�dio. A delegada S�nia Miranda o encaminhou para exame de corpo de delito no Instituto M�dico Legal (IML).
O motorista disse ter acionado o Uber para que a empresa fosse atr�s dos passageiros. "Eles podem estar precisando de alguma ajuda moral ou financeira. Como n�o temos acesso ao n�mero de telefone deles, pedi que a empresa os procurasse", contou. Ele afirmou ainda que, logo depois da confus�o, ligou para um outro motorista do Uber e pediu que ele fosse at� a Avenida Raja Gabaglia para verificar se os passageiros ainda estavam l�.
Protesto
Durante a audi�ncia p�blica que discutiu a regulamenta��o do Uber, um caminh�o-guincho com o carro depredado passou v�rias vezes em frente � Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O motorista conta que, enquanto estava no IML, foi avisado por um amigo sobre o protesto. "Fizeram isso para mostrar o estado em que meu carro ficou e para alertar a popula��o sobre a covardia que vem acontecendo", disse o condutor. O diretor-presidente do Sindicato dos Taxistas de Belo Horizonte (Sincavir/BH), Ricardo Faeda, disse "repudiar integralmente a viol�ncia" os atos de viol�ncia. "Pe�o aos cidad�os que usaam o transporte ilegal as minhas sinceras desculpas como representante da categoria", declarou Faeda.
UBER
Em nota, a Uber informou que um motorista parceiro foi agredido e os passageiros tiveram o seu direito de escolha cerceado por taxistas. A v�tima reconheceu um taxista que j� foi conduzido para a delegacia em outros casos de viol�ncia contra motoristas parceiros. Ele ainda � indicado como autor em dois outros Boletins de Ocorr�ncia por agress�o f�sica e dano por meio de viol�ncia ou grave amea�a.
A Uber disse ainda que repudia qualquer tipo de viol�ncia e acredita esses que conflitos devem ser administrados pelo debate de ideias entre todas as partes, e que o di�logo deve incluir, principalmente, a sociedade.