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Estado de Minas

Motoristas e cobradores participam de aula de gentileza no tr�nsito


postado em 30/08/2015 06:00 / atualizado em 30/08/2015 08:27

Wanderley Moreira, Celestino Ribeiro e Liliam Duarte defendem o respeito mútuo em qualquer lugar(foto: Cristina Horta/EM/DA Press)
Wanderley Moreira, Celestino Ribeiro e Liliam Duarte defendem o respeito m�tuo em qualquer lugar (foto: Cristina Horta/EM/DA Press)

Viol�ncia gera viol�ncia, barulho e desentendimento no tr�nsito: uma “fechada” num ve�culo pode resultar em palavr�es; o desrespeito � faixa de pedestres, em gestos obscenos; e o avan�o de sinal, em consequ�ncias mais graves para quem est� nas ruas. O �nico ant�doto para esse mal � a gentileza, acreditam condutores e agentes de bordo (trocadores) de �nibus, juntos diariamente para conduzir trabalhadores, estudantes, donas de casa e demais passageiros. “A gentileza � um conjunto de a��es e re�ne paci�ncia, aten��o �s leis, cuidado com as pessoas dentro e fora do coletivo e, claro, boa educa��o”, diz o motorista Celestino Ribeiro de Oliveira, de 49 anos, e 23 de profiss�o, da empresa Auto Omnibus Nova Su�ssa.

Na tarde de sexta-feira, com outros colegas de trabalho, Celestino participou do treinamento Comportamento gera comportamento, na sede da empresa, localizada no Bairro Estoril, na Regi�o Oeste de Belo Horizonte. Casado, pai de tr�s filhos, Celestino contou que nada o tira do s�rio. “A gente v� muito motorista de carro ‘entrando’ na frente do �nibus e gente buzinando sem parar, mas � preciso manter a calma”, afirma o condutor, que, em mais de duas d�cadas de profiss�o, j� provou do doce e do amargo nas vias p�blicas da cidade.

“Num s�bado, por volta das 11h, passava pela Rua Campos Sales, no Bairro Gameleira. Estava na minha m�o e, ao fazer uma convers�o, ouvi um motoqueiro buzinando. Como estava certo, segui meu caminho. E n�o � que ele veio atr�s, ficando bem pr�ximo do ve�culo? Depois de um tempo, parei no sinal e ele bateu na minha janela, furioso. Apenas falei: “V� em paz, irm�o!”, conta Celestino, ressaltando que, em vez de palavras e gestos agressivos, muitas vezes, uma pessoa pode apontar uma arma. “Ter amor e Deus no cora��o � fundamental para evitar brigas e suportar os problemas. Discuss�o no tr�nsito n�o d� bom resultado”, avisa.

Especialistas lembram que o estresse ocorre num espa�o alterado pelos congestionamentos, polui��o sonora, com a estrid�ncia das buzinas e, tamb�m, visual e do ar. “Isso tudo interfere na quest�o emocional, tendo em vista que a mobilidade em BH se faz com o transporte rodovi�rio. H� uma contamina��o do ambiente, as pessoas n�o querem dar lugar para as outras passarem, enfim, muitas vezes faltam bom relacionamento, paci�ncia e respeito”, diz a coordenadora do curso de engenharia ambiental do Uni-BH, Gabriela Camargos Lima.

COOPERA��O “Quem n�o acredita em gentileza n�o cr� em coopera��o”, revela o motorista Wanderley Moreira da Silva, de 47. “O dia, geralmente, � estressante para todo mundo. Ent�o, o melhor jeito � n�o se exaltar diante das situa��es. �s vezes, � preciso relevar, n�o jogar ‘sete pedras’ no outro num momento de dificuldade”, diz o condutor. Para ele, a gentileza deve imperar tamb�m no ambiente de trabalho, afastando-se as arestas entre os colegas. “O melhor jeito � ter compromisso e dedica��o”, ensina.

Homens e mulheres enfrentam os mesmos desafios. Rec�m-chegada � empresa, a agente de bordo L�lian Aparecida Duarte Pereira, de 35, casada, j� percebeu que o tr�nsito n�o � brincadeira. “A partir das 17h, ent�o, fica pior, � a hora mais estressante. Parece que todos ficam mais acelerados, apressados para chegar em casa, com os nervos � flor da pele. “O respeito ao pr�ximo � essencial. Procuro dar sempre um bom-dia, desejar uma boa-tarde, com um sorriso, a quem passa pela roleta. Afinal, tamb�m n�o adianta cumprimentar com a cara feia, n�o � mesmo?”, afirma.
Os treinamentos nas empresas de �nibus da capital atingem cerca de 15 mil profissisonais, entre motoristas e trocadores. “O objetivo � melhorar a rela��o com os usu�rios, especialmente no aspecto comportamental, levando o grupo a ter atitudes mais receptivas e de gentileza”, explica a psic�loga Eliane Zaorlini, do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH). (GW)

#Bhmaisgentil

Os Di�rios Associados promovem campanha de mobiliza��o social abordando assuntos relacionados a tr�nsito, cultura e sustentabilidade. A meta da campanha, batizada de #Bhmaisgentil, � fazer de Belo Horizonte a capital mais gentil do Brasil, sugerindo a��es simples como distribuir sorrisos, n�o jogar lixo na rua, desligar os celulares nos cinemas e teatros, entre outras.


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