Celebra��o re�ne cat�licos na Igreja de Nossa Senhora da Consola��o, em BH

Uma tradi��o com mais de meio s�culo na capital reuniu, ontem, moradores e visitantes na Igreja de Nossa Senhora da Consola��o e Correia, no Bairro Santo Agostinho, na Regi�o Centro-Sul. Em cerim�nia �s 15h, o titular da par�quia, o frei Luiz Ant�nio Pinheiro, aben�oou as tiras de couro que os cat�licos carregavam nas m�os, como s�mbolo de f�, esperan�a e pedidos de gra�a. “A par�quia come�ou em 1962 e, desde ent�o, as pessoas v�m agradecer, colocando a correia no pulso ou guardando-a na carteira ou na bolsa. Muitos pedem curas, mas o grande milagre � a restaura��o da f�, a for�a na vida”, disse frei agostiniano.

A aposentada Maria In�s Sim�es de Moura e Silva, de 84 anos, adquiriu quatro correias. “Meu grande objetivo � agradecer. Mas a gente tamb�m d� uma ‘correiada’ em todos os males”, revelou, com bom humor. Ao lado, a amiga Gilka Aparecida Pinheiro Xavier, de 75, contava que sempre renova os pedidos. “J� fiz 22 cirurgias, a primeira aos 7 anos. Viajo sempre aos santu�rios marianos, mundo afora, e tenho um carinho especial pela Igreja de Nossa Senhora da Consola��o e Correia”, afirmou a aposentada.

Frei Luiz explicou que a b�n��o especial sempre ocorre num domingo da Semana Agostiniana, quando se celebram os dias de Santa M�nica (27 de agosto), Santo Agostinho (28) e Nossa Senhora da Consola��o e Correia (4 de setembro). Um dos momentos mais bonitos da cerim�nia foi quando o religioso aspergiu �gua benta sobre as cabe�as dos fi�is, em filas, instantes depois de pedir a todos que erguessem as correias, como tamb�m documentos, chaves do carro, carteiras e outros objetos pessoais. Como manda o costume, houve troca das correias do ano passado por novas.

A origem da tradi��o est� na hist�ria de Santa M�nica, m�e de Santo Agostinho, para quem Nossa Senhora teria aparecido e lhe dado a correia que carregava na cintura, a fim de consol�-la pela recente viuvez e pelos desvarios do filho. J� na antiga Judeia, conforme os estudos, era costume as mulheres andarem com as tiras de couro simbolizando a virgindade. Para os cat�licos, � ainda um sinal de conforto para os aflitos, for�a para fam�lias desagregadas e de alento para quem perde a esperan�a.