
“O motorista fez tudo errado e a fam�lia tentou fazer tudo certo para curtir despreocupadamente a festa de formatura de uma sobrinha”, conta uma prima, que estava dentro da primeira van, com as outras 13 pessoas voltando da festa. Para poder beber na festa, sem ter de dirigir depois, o grupo contratou duas vans, uma para as 2h30 e outra para retornar horas depois. A primeira turma contava com os servi�os de um motorista �ntegro, velho conhecido dos parentes de BH e de Boa Esperan�a. “Na hora do acidente, o motorista ficou muito abalado”, conta.
Val�ria foi uma das primeiras a ser socorrida, sendo deitada em cima do passeio, enquanto aguardava a chegada da ambul�ncia. “Ela estava muito assustada, mas n�o ficou sabendo na hora que o marido havia morrido. Algu�m me puxou de dentro da van e fui l� ver como estava a Lela. Pedi para ela n�o fechar os olhos e sa� para avisar aos outros. Ela n�o lembra de mais nada, nem que eu a socorri”, conta a psic�loga. Ela garante que a ambul�ncia estacionou entre a cal�ada e Val�ria, impedindo que ela visse o corpo do marido ser retirado das ferragens. “Ela n�o o viu, nem naquele momento e nem nunca mais”, emocionou-se a tia, lembrando que Val�ria n�o p�de comparecer ao funeral do marido, porque estava internada.
FILHOS Os filhos de 10 e 12 anos continuaram com os av�s, que se prontificaram a cuidar das crian�as para o casal aproveitar melhor a celebra��o. Dois parentes (uma advogada e um m�dico) decidiram antecipar a volta de t�xi, escapando do acidente. “Vou acompanhar todos os detalhes deste caso. Se depender de mim, n�o vai haver impunidade”, diz. Com a interrup��o da festa, em fun��o do tr�gico acidente, a segunda van contratada tamb�m antecipou o retorno. Prevista para terminar �s 10h do dia seguinte, a alegria terminou bem mais cedo. Converteu-se em tristeza.