
Casar�es do s�culo 18, pontes seculares e um c�rrego polu�do com mau cheiro, moscas e sujeira. Essa � a situa��o de muitas cidades coloniais mineiras, num quadro que degrada a vida comunit�ria e atrapalha o turismo. Para dar fim ao problema e manter a beleza da paisagem, Tiradentes, na Regi�o do Campo das Vertentes, vai receber interven��es que dever�o acabar com a polui��o do Ribeir�o Santo Ant�nio, curso d’�gua no seu Centro Hist�rico e afluente do Rio das Mortes. Um acordo para a execu��o das obras foi firmado entre a prefeitura local e a Copasa, respons�vel pelos servi�os, a partir de janeiro.
“Essa � uma das obras mais importantes para Tiradentes. N�o adianta termos um patrim�nio t�o rico e bem preservado, se o visitante chega a um restaurante, a um bar, e v� a situa��o do c�rrego”, afirma o prefeito, Ralph Justino. Ele explica que o Ribeiro Santo Ant�nio nasce nas proximidades do Chafariz de S�o Jos� – que ser� restaurado –, passa perto da rodovi�ria e do Solar da Ponte at� chegar ao Rio das Mortes. A previs�o � de que, futuramente, o munic�pio tamb�m tenha uma Esta��o de Tratamento de Esgoto (ETE). “Ele faz parte da paisagem, marca pontos tur�sticos como a Ponte de Pedra, no Largo das Merc�s”, diz o prefeito.
Segundo o diretor de Opera��es Centro-Leste da Copasa, Frederico Delfino, a interven��o, or�ada em R$ 1 milh�o, ser� com recursos da estatal, j� estando em andamento o edital de licita��o. Com a expectativa de durar seis meses, a obra prevista para terminar em meados de 2016 constar� de interceptores (coleta de esgoto) e elevat�ria, n�o vis�veis para moradores e turistas, vai tirar o esgoto do curso d’�gua. Provisoriamente, o material org�nico ser� lan�ado no Rio das Mortes, dono de um volume de �gua superior ao domRibeiro Santo Ant�nio.
ESPERA H� oito anos, o Minist�rio do Turismo liberou recursos para a canaliza��o do Ribeiro Santo Ant�nio, estando prevista, ent�o, a constru��o de um emiss�rio, o que poria fim � situa��o que degrada Tiradentes. Na �poca, segundo Ralph, a verba era de R$ 1,4 milh�o, que, aplicada em banco e corrigida, est� agora em R$ 2,2 milh�es. No entanto, o dinheiro ter� que ser devolvido aos cofres federais, pois houve a��es na Justi�a, embargos e o projeto n�o deslanchou. “N�o resta outra solu��o, vamos devolver. Estive no Minist�rio do Turismo e fui informado de que esse dinheiro n�o poder� ir para a constru��o da ETE. A esta��o de tratamento ser� feita longe do Centro Hist�rico, em �rea adquirida pela Copasa, sem incomodar moradores”, reafirma.
Delfino esclarece que ser� feito um novo cronograma de obras, a partir de entendimentos com os poderes Legislativo e Executivo, para a futura constru��o, ainda sem data, da esta��o de tratamento.