
Um dos adolescentes envolvido na morte do delgado Vanius Henrique de Campos, em uma loja de conveni�ncia, no Bairro Cidade Jardim, na Regi�o Centro-Sul de BH, no �ltimo s�bado, j� cumpria medida socioeducativa por porte ilegal de armas. A informa��o foi passada nesta segunda-feira por um familiar de V.K.S.Q.S. O jovem quem atirou no policial. Ele e T.H.S.S foram apreendidos em S�o Joaquim de Bicas, na Grande BH, e prestam depoimento na Divis�o Especializada de Orienta��o e Prote��o � Crian�a e ao Adolescente (Dopcad), no Bairro Sagrada Fam�lia, Regi�o Leste. Ainda hoje, ser�o levados para o Centro Integrado de Apoio ao Adolescente Autor de Ato Infracional (Cia-BH).
Um grande cerco foi formado por policiais civis desde o �ltimo s�bado logo depois que o delegado foi morto com a pr�pria arma dentro do posto de combust�vel. Vanius de Campos, delegado da Delegacia Adida ao Juizado Criminal Especial Criminal (Deajec), foi morto com quatro tiros – cabe�a, peito e perna –, durante desentendimento com os dois menores de 17 anos.
Enquanto os adolescentes prestavam depoimento, um parente de V. informou que ele j� tinha sido detido anteriormente. “Ele cumpre medidas socioeducativas por ter sido detido com uma arma de fogo”, disse. A Pol�cia Civil j� tinha informado que os dois menores j� tinham passagem pelo Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato infracional de Belo Horizonte (Cia-BH), por uso e tr�fico de drogas. Em 2014, T. foi detido com uma moto sem identifica��o. O menor estava com quatro buchas de maconha no momento da abordagem.
Na manh� desta segunda-feira, policiais da Delegacia Regional Sul e do Departamento de Homic�dios e Prote��o a Pessoa (DHPP) voltaram no Morro do Papagaio, onde os jovens moram para novas buscas. Os moradores e familiares foram informados que as incurs�es n�o cessariam e resolveram passar a localiza��o dos dois adolescentes. “Este tipo de crime n�o iria passar impune. Pudesse demorar o tempo que fosse. Se preciso, far�amos incurs�es no morro durante tr�s meses at� desvendar o paradeiro. Os policias estavam sempre dizendo aos moradores e familiares que n�o adiantava esconder, porque chegar�amos at� os menores”, afirmou o delegado Frederico Abelha.
Os familiares e os advogados dos adolescentes entraram em contato com terceiros que sabiam a localiza��o dos adolescentes e pediram para os menores se entregarem, j� que a pol�cia tinha a localiza��o deles. O encontro aconteceu �s 12h30 em uma estrada de terra. Segundo Frederico Abelha, os dois caminharam em dire��o aos policiais e os parentes, que acompanharam a a��o, e se entregaram. T. que estava com cabelos louros no dia do crime, os tingiu de cor escura.
Os dois foram levados para a Dopcad onde prestaram depoimento. De acordo com o delegado, durante uma conversa r�pida com os menores, eles disseram que o crime aconteceu por causa da briga com o delegado no posto. A delegada Elisabeth Dinardo, delegada chefe da delegacia, colhe os depoimentos dos jovens para levantar a vida pregressa deles. Os dois ser�o levados para a Cia-BH, ainda nesta noite, onde a ju�za vai determinar qual a puni��o.
Depois da vinda dos adolescentes para a capital mineira, os policiais continuaram a opera��o para chegar at� a arma do delegado. A pistolaTaurus PT-738 calibre 380, foi encontrada no Morro do Querosene. Segundo o delegado Frederico Abelha, um colaborador an�nimo passou as informa��es do esconderijo. A arma estava dentro de uma bolsa em um local ermo.
Os dois menores foram levados para o Instituto M�dico Legal (IML) depois de prestarem depoimento. Em seguida, v�o ser encaminhados para o Centro Integrado de Atendimento ao Autor de Ato Infracional (CIA-BH) onde o Poder Judici�rio adotar� as medidas estabelecidas pelo Estatuto da Crian�a e do Adolescente (ECA).
Familiares temem pela integridade dos menores
Parentes dos dois adolescentes acompanharam os depoimentos deles na Dopcad. Eles se mostraram receosos com rela��o a integridade f�sica dos garotos. “Estou preocupada e com medo de acontecer alguma coisa com os dois. Os policiais estavam amea�ando a todo momento dizendo que se eles fossem encontrados iriam chegar mortos”, diz um familiar de T.
J� um parente de V. afirmou que os menores apenas se defenderam no dia do crime. “Eles agiram em leg�tima defesa. Se n�o tivessem reagido, seriam mortos pelo delegado”, comentou.
Investiga��es continuam
A Pol�cia Civil vai continuar as investiga��es para apurar se algu�m ajudou na fuga dos menores tanto no momento do crime no posto de combust�vel quanto na ida para S�o Joaquim de Bicas. Se comprovada a participa��o de terceiros, essas pessoas podem respondem por favorecimento pessoal ou at� forma��o de quadrilha.