
Um dia depois do arrast�o no �nibus em que estavam alunos e funcion�rios da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o clima � de apreens�o entre os usu�rios da linha 5102 (UFMG/Santo Ant�nio), da qual dependem para se deslocar para o c�mpus da Pampulha. Os dois criminosos, que embarcaram em um ponto na �rea interna da universidade, atacaram quando o coletivo estava na Avenida Presidente Carlos Luz (Catal�o), no Engenho Nogueira, Regi�o da Pampulha. Pelo menos oito pessoas tiveram telefones celulares roubados. Em alerta, a Pol�cia Militar disse que vai monitorar as viagens da linha.
Nessa quinta-feira, nos pontos do 5102 dentro do c�mpus, estudantes se diziam preocupados com a possibilidade de os bandidos voltarem a agir. H� tr�s anos cursando engenharia de controle e automa��o na UFMG, Gabriela Dias, de 21 anos, foi surpreendida com a informa��o do arrast�o. “Coloquei o celular na mochila. Nas v�rias viagens que fiz nessa linha vindo ou voltando da faculdade, muitas vezes no fim da noite, nunca ocorreu algo do tipo. Tor�o para que n�o aconte�a comigo, pois, mesmo se houver novos assaltos, n�o tenho outra op��o de transporte”, pontuou Gabriela.
Bruno Camargo, de 19, h� um ano e meio estuda engenharia mec�nica na UFMG e tamb�m � usu�rio da linha 5102. Ele considera que h� pouca seguran�a em parte do itiner�rio. “� noite, o trecho da Avenida Catal�o entre o c�mpus e o shopping � bastante deserto. Isso pode facilitar novos roubos”, alerta Bruno.
A caloura de engenharia metal�rgica Luiza Siqueira Magalh�es, de 19, contou que sua av� ficou preocupada ao saber do arrast�o da noite da quarta-feira. “Eu tamb�m fiquei assustada quando li a not�cia do assalto. � claro que a gente logo pensa em ter mais cuidado, como n�o ficar com celular na m�o”, ponderou.
O arrast�o ocorreu por volta da 20h30 de quarta-feira. Entre os cerca de 30 passageiros, estava o ex-aluno e atual funcion�rio da UFMG, G.C., de 29, que pediu que n�o fosse identificado. Ele teve seu smartfone roubado. “Eram dois jovens, um deles com rev�lver. Eles diziam que queriam somente celulares. Embora tenham embarcado num ponto no c�mpus, apenas depois que o �nibus entrou na Catal�o eles iniciaram o ataque. Ap�s pegar de oito a 10 aparelhos, desceram no ponto pr�ximo ao shopping”, contou G., que ainda ontem estava assustado. Ele foi o �nico que registrou boletim de ocorr�ncia, depois de uma espera de quase quatro horas numa unidade da PM.
O tenente-coronel Marcelo Martins Resende, comandante do 34º Batalh�o da PM, que responde pelo policiamento da regi�o, considerou que foi uma ocorr�ncia espor�dica, mas admitiu o impacto do caso na comunidade universit�ria. Ele informou que militares do Servi�o de Intelig�ncia v�o monitorar as viagens da linha. “Essa modalidade de crime n�o � comum em nossa �rea. Mas � um caso em que v�rias pessoas foram v�timas. Isso causa como��o e merece especial aten��o”, explicou.
Al�m de questionar a demora para o registro da ocorr�ncia, G. achou estranho que o motorista do coletivo tenha seguido viagem sem ligar para a pol�cia. Por meio de nota, a BHTrans informou que o Regulamento do Transporte Coletivo de Passageiros exige que a viagem seja interrompida apenas em casos de comprometimento � mesma como, por exemplo, quando o usu�rio � ferido ou o ve�culo danificado. “Nos demais casos, cabe ao usu�rio acionar os �rg�os competentes”, explicou.