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Estado de Minas

Sem fiscaliza��o e chuva, len�ol fre�tico chega ao limite

Com cerca de 80% dos rios e c�rregos secos, cidades do Norte de Minas assistem � perfura��o descontrolada de po�os


postado em 30/09/2015 06:00 / atualizado em 30/09/2015 07:20

Em Francisco Sá, operários trabalham até durante a noite para adaptar rede de distribuição de água(foto: Luiz Ribeiro/EM/D.A PRESS)
Em Francisco S�, oper�rios trabalham at� durante a noite para adaptar rede de distribui��o de �gua (foto: Luiz Ribeiro/EM/D.A PRESS)

Francisco S� – Escassa na superf�cie nas terras �ridas do Norte de Minas, a �gua tamb�m diminui no subsolo em muitas das cidades da regi�o. A redu��o do len�ol fre�tico � uma preocupa��o a mais nos munic�pios duramente castigados pela estiagem prolongada. Al�m da falta de recarga dos aqu�feros, devido � estiagem, o problema � associado � abertura descontrolada de po�os tubulares, que tamb�m pode estar causando o desaparecimento de centenas de nascentes, rios e c�rregos da regi�o.


“Est�o sendo perfurados po�os tubulares de maneira indiscriminada na regi�o. Com isso, ocorre uma redu��o dr�stica do len�ol fre�tico”, relata o t�cnico Reinaldo Nunes de Oliveira, do escrit�rio regional da Empresa de Assist�ncia T�cnica e Extens�o Rural de Minas Gerais (Emater-MG) em Montes Claros. Ele salienta que depois de quatro anos seguidos de estiagens prolongadas no Norte de Minas, 80% dos 730 rios e c�rregos da regi�o (em torno de 600) secaram. Com a falta de �gua na superf�cie, fazendeiros perfuram po�os em suas propriedades para manter rebanhos e as planta��es.


“O problema � que os po�os est�o sendo perfurados sem nenhum controle. E �gua de onde s� se retira – sem repor – um dia acaba. A situa��o � muito preocupante”, alerta o t�cnico da Emater. Ele lembra que a pr�pria falta de chuvas contribui para diminuir a quantidade de �gua no subsolo. “Sem chuva, n�o h� reabastecimento do len�ol fre�tico.” Conforme Reinaldo Oliveira, neste ano diversos po�os tubulares abertos no Norte de Minas secaram. Em diferentes locais, houve perfura��o que n�o deu �gua, tamb�m em consequ�ncia da redu��o do len�ol fre�tico. A situa��o aponta para a necessidade urgente de um controle r�gido da perfura��o de po�os pelos �rg�os fiscalizadores.


As consequ�ncias da diminui��o da quantidade de �gua no subsolo s�o sofridas na pr�tica em Francisco S�, um dos munic�pios do Norte do estado mais castigados pela estiagem prolongada. A Barragem do Rio S�o Domingos, que abastecia a cidade, secou completamente. Como alternativa, o Servi�o Aut�nomo de �gua e Esgoto (Saae), administrado pela prefeitura, perfurou um po�o tubular, com a expectativa de que o abastecimento da popula��o de 23,4 mil habitantes seria garantido durante o per�odo cr�tico da seca, at� o retorno das chuvas.


Conforme o diretor do Saae, Ronaldo Ramon de Brito, o po�o – perfurado em terreno baixo, pr�ximo ao est�dio municipal de futebol, na Vila Vieira, deu uma vaz�o inicial de 120 mil litros de �gua por hora. No entanto, poucos dias depois de iniciada a capta��o, a produ��o caiu para um ter�o: 40 mil litros por hora.


Com isso, a press�o caiu e a �gua n�o est� chega mais a bairros situados em regi�es mais altas da cidade, como o Alfredo Dias, o Planalto e o Jardim Brejo das Almas. Para contornar o problema, a prefeitura iniciou obras emergenciais para substituir a tubula��o de �gua da cidade. Os oper�rios trabalham at� no per�odo noturno para tentar apressas os servi�os. “Nossa preocupa��o � que, se demorar a chegada das chuvas, a vaz�o do po�o caia ainda mais. Por isso, estamos pedindo � popula��o para economizar �gua o m�ximo poss�vel”, afirma o prefeito de Francisco S�, Den�lson Rodrigues Silveira (PMDB).


A popula��o da �rea urbana enfrenta racionamento, recebendo �gua em casa em dias alternados, mas moradores de bairros mais altos s�o atendidos com caminh�es-pipa. A situa��o tamb�m � cr�tica na zona rural do munic�pio, onde praticamente todos os rios e c�rregos secaram. Segundo a prefeitura, est�o rodando no munic�pio 14 caminh�es, que levam para �gua para cerca de 13 mil moradores de 112 comunidades rurais. Os ve�culos abastecem seus tanques em uma barragem pr�xima ao distrito de Catuni, distante 100 quil�metros da sede de Francisco S�. � um dos poucos mananciais do munic�pio que ainda t�m �gua.


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