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Estado de Minas

Qualidade do ar de BH n�o � boa em um ter�o do ano

Esta��es que monitoram o ar na capital fazem disparar alerta. Especialistas criticam tamanho da rede de coleta


postado em 08/10/2015 06:00 / atualizado em 01/02/2018 18:37


Passado pouco mais de um ano que  medi��es sobre a qualidade do ar em Belo Horizonte come�aram a ser divulgadas mensalmente, os indicadores fazem disparar um alerta. � o que afirmam especialistas em climatologia, ao analisar os dados do levantamento dos �ltimos 12 meses, revelando que em cerca de um ter�o dos 365 dias analisados a qualidade do ar n�o esteve boa ou n�o foi medida nas duas esta��es da capital gerenciadas pela Prefeitura de Belo Horizonte.

No per�odo, 28,4% dos dias tiveram �ndice regular, 1,6% inadequado e 5,7% das medi��es n�o estavam dispon�veis na esta��o no Centro Mineiro de Refer�ncia de Res�duos, no Bairro Esplanada, na Regi�o Leste. Na outra, no Instituto Nacional de Meteorologia, no Bairro Cidade Jardim, Regi�o Centro-Sul, os percentuais registrados foram de 23,5%, 0,8% e 4,3% (veja arte), respectivamente. Al�m de afirmar que os n�meros exigem aten��o, especialmente pelo crescente aumento da frota de ve�culos na capital e consequente aumento da emiss�o de poluentes, estudiosos do assunto fazem cr�ticas sobre a base de dados.

“Usar dados de apenas duas esta��es est� distante de ser um cen�rio ideal, porque os n�meros se referem a situa��es muito pontuais”, alerta o professor Carlos Henrique Jardim, pesquisador na �rea de climatologia do Instituto de Geoci�ncia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ele destaca que uma cidade do porte de Belo Horizonte exigiria algumas dezenas de esta��es. Ainda assim, de acordo com o especialista, os dados encontrados no monitoramento merecem ser destacados.

“Ter um ter�o dos dias com qualidade regular ou inadequada mostra uma preocupa��o com a polui��o na cidade, especialmente quando pensamos em um munic�pio altamente conurbado como Belo Horizonte, em que os estoques de �rea verde praticamente acabaram e as vizinhas da regi�o metropolitana est�o praticamente ligadas umas �s outras”, avalia. De acordo com Carlos Jardim, o problema � ainda maior nesta �poca do ano, de agosto a outubro, quando o clima est� seco e as temperaturas est�o altas, o que favorece a suspens�o das part�culas de poluentes.

Com o crescimento econ�mico, a emiss�o de gases e part�culas tamb�m tende a se intensificar, o que leva ao aumento da concentra��o na atmosfera. Alguns desses gases e part�culas t�m efeitos comprovados na sa�de humana e no meio ambiente, raz�o pela qual s�o considerados poluentes atmosf�ricos. De acordo com o levantamento do �ndice da qualidade do ar dos �ltimos 12 meses, o oz�nio foi o grande vil�o no ar da capital, tendo sido registrado em 99 dos 365 dias do per�odo analisado. Formado a partir da rea��o qu�mica de outros poluentes, ele � altamente oxidante na troposfera (camada inferior da atmosfera) e causa problemas respirat�rios e cardiovasculares no ser humano. O material particulado, que s�o pequenas part�culas inal�veis, pode surgir naturalmente do solo ou ser formado por p�len ou bact�rias existentes no ar. Tamb�m pode se originar de poluentes de ind�strias e da atividade comercial, provocando problemas respirat�rios.

Coordenador de Rela��es Institucionais do Instituto de Energia e Meio Ambiente e da rec�m-lan�ada Plataforma Nacional de Qualidade do Ar, Ademilson Zambone, tamb�m critica � rede de monitoramento da capital. “Minas e Belo Horizonte t�m equipes pequenas para cuidar de uma rede que tamb�m � pequena. Um exemplo � o acompanhamento da Prefeitura de BH, com duas esta��es. Elas n�o s�o suficientes para caracterizar com precis�o o �ndice da qualidade do ar em uma metr�pole”, afirma, lembrando que, no Brasil, apenas Rio de Janeiro e S�o Paulo t�m redes mais eficientes. Sobre os dados do ar dos �ltimos 12 meses na cidade, o especialista afirma: “N�o s�o preocupantes como os de S�o Paulo, mas exigem monitoramento e aten��o”.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente informou que,  considerando os dados de 2014, que se alinham ao monitoramento realizado pelo estado j� h� mais de 10 anos, pode-se concluir que Belo Horizonte, mesmo com os problemas e dificuldades de uma metr�pole do seu porte, apresenta boa qualidade do ar, especialmente quando s�o considerados os seus efeitos sobre a sa�de dos cidad�os e a manuten��o de um ambiente urbano saud�vel e equilibrado.


REGI�O METROPOLITANA
Em Minas, h� 32 esta��es autom�ticas da qualidade do ar distribu�das em 11 munic�pios, nos quais o uso e ocupa��o territorial indicam a necessidade de monitoramento cont�nuo. Apesar das cr�ticas de baixa cobertura, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, que gerencia o sistema, considera a rede eficiente. Sobre dados indispon�veis, citados pelos especialistas como comprometedores, a pasta informa que a indisponibilidade de alguma esta��o n�o significa que a qualidade do ar n�o foi medida naquele ponto, apenas que n�o foi poss�vel realizar a comunica��o em tempo h�bil para gera��o e publica��o de um boletim, n�o comprometendo a s�rie hist�rica de acompanhamento. Ainda segundo a pasta, dados das esta��es mostram que de forma geral, a qualidade do ar na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte � classificada como boa em 75% dos dias, regular em 24% e inadequada em 1%.


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