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Estado de Minas

M�dicos formados no exterior fazem prova na UFMG para revalidar o diploma

Nesta segunda, candidatos respondem a perguntas sobre cl�nica m�dica e cirurgia, al�m de cinco quest�es discursivas referentes a cada um dos temas. A mesma prova est� sendo aplicada para 60 estudantes do 12� per�odo do curso de medicina da UFMG, o chamado Grupo Controle


postado em 12/10/2015 06:00 / atualizado em 12/10/2015 09:23

Profissionais de 32 nacionalidades inscrevem-se no exame, que termina nesta segunda-feira: 69% são brasileiros que estudaram fora do país(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Profissionais de 32 nacionalidades inscrevem-se no exame, que termina nesta segunda-feira: 69% s�o brasileiros que estudaram fora do pa�s (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

H� tr�s meses no pa�s e residente no Rio de Janeiro (RJ), o boliviano Pablo Nava, de 26 anos, conhece os avan�os da medicina brasileira no tratamento do c�ncer e quer trabalhar nessa �rea. J� com especializa��o em cirurgia geral, Nava explica que “os profissionais daqui s�o mais respeitados do que os da Bol�via”, onde se graduou, e pretende fazer um doutorado e se fixar em definitivo no Brasil. Para conseguir o objetivo, o estrangeiro precisa ter a revalida��o do diploma, e por isso, nesse domingo, ele fez a primeira prova – os testes continuam nesta segunda-feira – na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para que o documento seja reconhecido.
Boliviano, Pablo Nava sonha em atuar no tratamento do câncer no Brasil(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Boliviano, Pablo Nava sonha em atuar no tratamento do c�ncer no Brasil (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

“O Brasil � o segundo pa�s em casos de c�ncer e h� muito para ser feito. As escolas daqui s�o muito boas, com influ�ncia do ensino superior da Europa”, afirmou Nava, um dos 1.188 candidatos, de 32 nacionalidades, presentes ao c�mpus da institui��o na Pampulha, em Belo Horizonte. A conterr�nea Mery Bermudez, de 27, natural de Sucre, mora h� um ano no pa�s e considera o Brasil a escola do mundo. “Temos aqui todos os tipos de doen�as, um vasto campo para atuar, pois h� pouco m�dico para tanta gente”, disse a boliviana.

De acordo com a dire��o da universidade, nenhum inscrito chegou atrasado para a prova, iniciada �s 14h e com port�es fechados 30 minutos antes. Com dura��o de quatro horas, o teste desse domingo compreendeu quest�es de m�ltipla escolha sobre tocoginecologia, pediatria e sa�de p�blica (medicina de fam�lia e comunidade). Nesta segunda, os candidatos respondem a perguntas sobre cl�nica m�dica e cirurgia, al�m de cinco quest�es discursivas referentes a cada um dos temas. A mesma prova est� sendo aplicada para 60 estudantes do 12º per�odo do curso de medicina da UFMG, o chamado Grupo Controle.
Guilherme Araújo, Hermann Hoffman e Jhonatas Araújo são formados em Cuba e pretendem validar o diploma(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Guilherme Ara�jo, Hermann Hoffman e Jhonatas Ara�jo s�o formados em Cuba e pretendem validar o diploma (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

Com semblante determinado, tr�s jovens profissionais formados em Cuba chegaram ao c�mpus sem atraso e foram direto para o Centro de Atividades Did�ticas (CAD), local das provas. Natural de BH, Guilherme Ara�jo, de 25 anos, quer exercer a profiss�o em Espera Feliz, na Zona da Mata, sempre seguindo o preceito de uma “medicina humanit�ria e social”. Com os estudos no pa�s caribenho, ele se tornou fluente em espanhol e ingl�s. Ao lado, o sergipano Hermann Hoffman, de 30, acrescentou que a meta � trabalhar no interior do Brasil, e destacou os avan�os na medicina preventiva praticada em Cuba. Comungando da mesma ideia, Jhonatas Almeida Ara�jo, de 28, de Bras�lia (DF), est� decidido a se especializar em Aten��o B�sica em Sa�de Ind�gena, no Maranh�o.

Distribui��o


De acordo com a UFMG, participam da avalia��o m�dicos de 32 nacionalidades, sendo a maioria (69%) brasileiros que estudaram fora do pa�s, seguidos de bolivianos (16%) e peruanos (3%). Candidatos do Egito, Haiti, S�ria, R�ssia, Nicar�gua, Angola e Honduras tamb�m fizeram as provas. H� m�dicos de todos os estados brasileiros fazendo prova, incluindo o Distrito Federal – a maioria reside em S�o Paulo (23,9%), seguido do Acre (7,3%), Mato Grosso (7,2%), Mato Grosso do Sul (6,3%), Paran� (6,06%) e Minas Gerais (5,9%).

Quando aos pa�ses de origem dos diplomas, os maiores n�meros de inscritos foram Bol�via (54%), Cuba (20%), Paraguai (8%), Argentina (4%) e Venezuela (2%), com registros tamb�m da Espanha, Col�mbia, Alemanha, Reino Unido, entre outros. No ano passado, foram 859 inscritos para a revalida��o de diploma de m�dico na UFMG, sendo que 121 foram aprovados, o equivalente a 14% do total. J� em 2013, foram 1.036 inscritos e 80 revalidados, 7,7% do total. No Brasil, h� tr�s processos para revalida��o do diploma de m�dico obtido no exterior: Revalida, do governo federal, e os das universidades federais de Minas Gerais e do Mato Grosso.

Segundo o presidente da Comiss�o Permanente de Diploma M�dico Obtido no Estrangeiro, professor Andr� Cabral, “h� d�cadas a UFMG tem um processo leg�timo e respeitado de revalida��o, sempre buscando aprimorar os processos de inscri��o e sele��o, exigindo que o candidato esteja realmente apto a exercer a profiss�o”. Ele conta ainda que h� todo um cuidado em propor quest�es que sejam bastante relevantes na pr�tica m�dica, e que todas elas sejam tecnicamente referenciadas de modo que a prova atenda aos crit�rios de fidedignidade, validade e relev�ncia social.


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