Enfermeiros e t�cnicos de enfermagem do Hospital Jo�o XXIII cruzaram os bra�os nesta ter�a-feira. A categoria se reuniu na porta da unidade de sa�de onde fizeram um protesto nesta manh�. A paralisa��o vai continuar at�, pelo menos, a pr�xima quinta-feira. Os funcion�rios pedem melhor condi��es de trabalho, redu��o da carga hor�ria e reclamam da falta de di�logo com o governo. Mesmo com o ato, os pacientes continuaram sendo atendidos, segundo a Funda��o Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig).
De acordo com a Associa��o Sindical dos Trabalhadores em Hospitais no Estado de Minas Gerais (ASTHEMG), a principal pauta da categoria � a busca por melhores condi��es de trabalho. “Temos um deficit de 50% no quadro de funcion�rios e isso est� sobrecarregando. Al�m de prejudicar o atendimento aos pacientes”, explica o diretor da Asthemg, Carlos Martins.
A categoria denuncia que com o ac�mulo no servi�o, alguns erros nos procedimentos est�o ocorrendo. “J� tivemos casos de medica��o errada que n�o trouxe problemas para o paciente, pois foi descoberto rapidamente, rem�dios entregues em hor�rios errados, curativos n�o est�o sendo trocados corretamente, entre outros. Tudo isso por causa da falta de funcion�rios. Para se ter uma ideia, um enfermeiro toma conta, normalmente, de quatro leitos cada. Atualmente, est�o tendo que cuidar de oito”, afirma Carlos Martins.
Segundo a Asthemg, a falta de funcion�rios est� acontecendo por causa de pedidos de demiss�o por parte de enfermeiros por causa dos baixos sal�rios. Al�m disso, afirma que o governo n�o est� cumprindo alguns acordos da �ltima paralisa��o, entre eles a redu��o da carga hor�ria proporcional com o sal�rio.
Em nota, a Fhemig informou que o atendimento segue normalmente no Hospital Jo�o XXIII. Disse, ainda, que realizou dois processos seletivos em setembro e outubro deste ano para contrata��o imediata de 150 t�cnicos em enfermagem e enfermeiros e mais forma��o de cadastro de reserva para unidades da capital e interior. No processo, mais de 4 mil profissionais fizeram a inscri��o.