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Estado de Minas

Obras para resgatar a 'igreja do padre Jo�o' come�am em novembro

Restaura��o de capela em S�o Gon�alo do Rio Abaixo come�a em novembro e devolver� aos fi�is o templo erguido h� 70 anos para que o 'amigo dos pobres' voltasse a celebrar missas


postado em 18/10/2015 06:00 / atualizado em 18/10/2015 07:32

Tombada em 2008, a igrejinha dedicada a Santa Efigênia, construída com doações dos fiéis para atender ao desejo do pároco, está fechada há quase um ano: reforma incluirá recuperação de piso externo e jardim(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Tombada em 2008, a igrejinha dedicada a Santa Efig�nia, constru�da com doa��es dos fi�is para atender ao desejo do p�roco, est� fechada h� quase um ano: reforma incluir� recupera��o de piso externo e jardim (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

S�o Gon�alo do Rio Abaixo – Erguida h� 70 anos, a capela dedicada a Santa Efig�nia em S�o Gon�alo do Rio Abaixo, na Regi�o Central de Minas Gerais, a 100 quil�metros de Belo Horizonte, come�a a ser restaurada em novembro. O templo, tombado pelo Patrim�nio Hist�rico Municipal em 2008, est� fechado desde o fim de 2014 e deve ser entregue � popula��o no primeiro semestre de 2016 – a obra est� or�ada em R$ 320 mil.

A igreja surgiu de uma hist�ria de carinho entre a comunidade e um vig�rio que celebrou missas, batizados e casamentos por seis d�cadas no munic�pio. Trata-se do padre Jo�o Jos� Marques Guimar�es (1890-1984), natural de Morro Vermelho, povoado da cidade vizinha de Caet�. Ele entrou para a hist�ria do munic�pio como “o amigo dos pobres” e “o p�roco milagreiro”.

H� quem garanta que filetes de �gua sa�ram de sua sepultura pouco tempo depois de ele morrer e que enfermos que passaram o l�quido no pr�prio corpo foram curados. Lenda ou n�o, placas e mensagens em agradecimento a gra�as alcan�adas foram colocadas sobre seu jazigo.

Padre Jo�o foi t�o querido no lugarejo, onde hoje vivem cerca de 10,5 mil pessoas, que uma imagem dele, com 16 metros de altura, foi erguida sobre um pedestal de 4 metros, numa das colinas de S�o Gon�alo do Rio Abaixo. No Centro Hist�rico, um busto dele � mais uma demonstra��o de gratid�o da popula��o.

A constru��o da igreja foi um desejo do vig�rio. Moradores antigos contam que Jo�o manifestou a vontade de celebrar cultos mesmo depois de j� ter se “aposentado” da par�quia. O povo, comovido, financiou a obra. O templo foi erguido a menos de 10 metros da casa do p�roco, na Pra�a C�nego Guimar�es.

Por isso, l� em S�o Gon�alo do Rio Abaixo, a capela dedicada a Santa Efig�nia tamb�m � chamada de “igrejinha do padre Jo�o”. Sua fachada foi inspirada na da centen�ria capela de Nossa Senhora do Ros�rio, do s�culo 18, levantada na Pra�a Primeiro de Mar�o, no Centro. Esta tem cores branca e marrom. J� no templo do padre, destacam-se o branco e o azul.

A pintura, por�m, est� desbotada. Parte da fachada, trincada. O maior problema � o telhado, que amea�a cair. Uma lona foi colocada sobre as telhas para evitar que o sol e a chuva danifiquem o interior. A obra consiste na reforma total do telhado e forro, pintura externa e interna, troca de revestimento e piso, recupera��o das escadas internas, guarda-corpos e altar-mor (tratamento e imuniza��o de pe�as em madeira).

A prefeitura vai aproveitar a restaura��o para recuperar o jardim no entorno e trocar o piso externo, com adapta��es para dar acesso a pessoas com mobilidade comprometida.

A proximidade das obras na Santa Efig�nia deixou fi�is emocionados. Dona L�cia de F�tima de Souza, de 60 anos, � vizinha do templo e, diariamente, passa em frente � constru��o. �s vezes, ela para diante da igreja e se recorda dos cultos, batizados e casamentos. “Meu sobrinho se casou a�”, conta a pensionista. Ela conheceu padre Jo�o: “Ele era um vig�rio muito bom para o povo. Prova disso � que h� uma imagem dele no alto do morro”.

 

Enquanto isso...
…� ESPERA DE UMA M�O DE TINTA


A �rea externa da Igreja do Ros�rio (foto), a mais antiga em S�o Gon�alo do Rio Abaixo, tamb�m ganhar� nova pintura. Os detalhes do servi�o ainda est�o sendo levantados pela prefeitura. O templo, o mais antigo no munic�pio, provavelmente data do in�cio do s�culo 18. A estimativa � poss�vel em raz�o de algumas caracter�sticas, como a talha de seus tr�s ret�bulos, que seguem o chamado estilo dom Jo�o V, introduzido em Minas Gerais por volta de 1730 e que prevaleceu por aqui at� cerca de 1760. Atr�s dele, duas altas mangueiras servem de pouso a bandos de barulhentas maritacas. Pr�ximo � entrada, o busto de padre Jo�o.


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