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Estado de Minas DOS CONSULT�RIOS PARA OS PALCOS

M�dica mineira, sensa��o nas redes sociais, participa do The Voice Brasil

A doutora J�lia Rocha concilia os atendimentos na Unidade B�sica de Sa�de do Bairro Provid�ncia, em Par� de Minas, com a carreira art�stica


postado em 22/10/2015 23:00 / atualizado em 23/10/2015 00:10

(foto: Jair Amaral / EM / D.A Press)
(foto: Jair Amaral / EM / D.A Press)

Doutora em sa�de, samba e palavras. A m�dica e cantora J�lia Rocha, de 32 anos, nasceu em Belo Horizonte e trabalha na Unidade B�sica de Sa�de (UBS) do Bairro Provid�ncia, em Par� de Minas, na Regi�o Centro-Oeste. Especialista em medicina de fam�lia e comunidade, a mineira tamb�m escreve e publica seus textos, sempre humanizando o cotidiano no consult�rio, nas redes sociais. “O primeiro post teve 33 mil curtidas”, contou J�lia ao Estado de Minas, no s�bado, numa entrevista que “bombou” na internet, com muitas visualiza��es e coment�rios. J� na noite desta quinta-feira, ela se apresentou no programa The Voice Brasil, da TV Globo, certa do objetivo de deslanchar tamb�m na carreira art�stica.  Ao final da apresenta��o, J�lia conseguiu uma vaga no time de Carlinhos Brown.

A medicina toma muito tempo – ela trabalha das 7h �s 16h, mas J�lia sabe conciliar. “Chego a atender 30 pessoas por dia. Saio mo�da do consult�rio, mas a m�sica me recupera. Medicina causa desgaste f�sico e mental; o samba tem leveza, me revigora”, disse a m�dica, sempre de ouvidos bem abertos para, ao lado do marido, �tila Souza, administrador e m�sico, ouvir Cartola, Noel Rosa, Pixinguinha, Caetano Veloso, Chico Buarque e Arlindo Cruz. “Gosto de M�sica Popular Brasileira (MPB) de qualidade e minha voz preferida ser� sempre Marisa Monte”, revelou.

Para conhecer melhor J�lia, � preciso dividir sua hist�ria em tr�s partes, todas em harmonia. Formada em medicina em Pouso Alegre, no Sul de Minas, ela alternou o curso com a apresenta��o em barzinhos. “Nos primeiros quatro anos, eu j� trabalhava e, na sexta-feira � tardinha, pegava o �nibus para BH a tempo ainda de cantar na noite. No domingo, voltava para Pouso Alegre e a semana transcorria normalmente”, afirma.

Na UBS, a m�dica trabalha das 7h �s 16h, e algumas vezes, para relaxar, solta a voz bem baixinho em algum canto. Mas sexta-feira � sagrado: ao terminar o servi�o, ela e �tila pegam a estrada em dire��o a BH para se apresentar em barzinhos e festas. “Eu me considero uma cantora profissional, quero construir uma carreira, gravar CD, fazer shows Brasil afora”, avisa. “Sabe que, �s vezes, quando vejo um show meu gravado em v�deo, ficou achando que n�o sou eu?”, ressalta a m�dica.

A terceira fase da vida tem a ver com as palavras escritas. Leitora contumaz, J�lia conta que desde crian�a tem amor pela reda��o. E a inspira��o brotou h� um ano, quando atendeu a um homem de 57 anos, com c�ncer no f�gado. “Procuro dar um olhar humano � hist�ria, longe do car�ter biom�dico. � tipo uma cr�nica do cotidiano. Nesse caso espec�fico, que mexeu muito comigo, foi quase como um desabafo”, conta J�lia, que se surpreendeu com as 10 mil pessoas que compartilharam o post. Hoje, ela explica que j� perdeu a conta do n�mero de textos publicados na internet. “No in�cio, amigos me cobravam um novo post. Agora, est�o me cobrando um livro. Quem sabe?”, conta, com um sorriso simp�tico.


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