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Estado de Minas

J� est�o secos ou intermitentes 70% dos c�rregos e ribeir�es que alimentam o Velho Chico

Represa de Sobradinho, na Bahia, atinge pior n�vel da hist�ria, revelando propor��o da crise que obriga Tr�s Marias a manter altas vaz�es e se alastra at� a nascente. 70% dos pequenos afluentes sumiram


28/10/2015 06:00 - atualizado 28/10/2015 15:54

AGRICULTOR CAMINHA PELO LEITO DO VERDE GRANDE, UM DOS PRINCIPAIS AFLUENTES DA BACIA: ATÉ POÇOS PROFUNDOS, QUE COSTUMAVAM RESISTIR, JÁ EVAPORARAM
Agricultor caminha pelo leito do Verde Grande, um dos principais afluentes da Bacia: at� po�os profundos, que costumavam resistir, j� evaporaram (foto: Credito Luiz Ribeiro/EM/D.A Press)

A situa��o alarmante da represa de Sobradinho, na Bahia, que atingiu na segunda-feira 4,96% de seu volume �til, o menor �ndice da hist�ria desde a inaugura��o, em 1979, chama a aten��o para o quadro cr�tico da Bacia do Rio S�o Francisco. Em Minas Gerais, estado que fornece cerca de 72% dos recursos h�dricos do Velho Chico, o drama da falta de �gua se espalha da nascente at� a divisa com o territ�rio baiano. Importantes tribut�rios tiveram dr�stica redu��o de volume e estima-se que, dos afluentes de menor porte, a maior parte esteja completamente seca ou intermitente, espalhando paisagens desoladoras por todo o estado. Ainda h� o temor de que o reservat�rio de Tr�s Marias, o maior em terras mineiras, atinja n�vel cr�tico, diante da grande diferen�a entre o volume que entra e o que vem saindo do lago.

A represa recebe hoje 60 metros c�bicos de �gua por segundo (m3/s), enquanto libera 500m3/s. A vaz�o � uma determina��o da Ag�ncia Nacional de �guas (ANA) e, segundo a Cemig, operadora da Usina Hidrel�trica de Tr�s Marias, tem como objetivo n�o prejudicar Sobradinho. Em reuni�o ontem, em Bras�lia, a ANA decidiu que esse volume, que se mant�m desde 29 de setembro, vai continuar pelo menos at� o fim do m�s que vem. Atualmente, a represa est� com 15% de seu volume total. Nova queda dr�stica do n�vel, como ocorreu no ano passado, pode comprometer ainda mais o processo de recarga nos pr�ximos anos.

A secret�ria da C�mara Consultiva do Alto S�o Francisco e presidente do Comit� da Bacia Hidrogr�fica do Entorno da Represa de Tr�s Marias, Silvia Freedman, sustenta que cerca de 70% dos riachos, ribeir�es e c�rregos que brotam em Minas e des�guam no Rio S�o Francisco e nos maiores afluentes est�o completamente secos ou apresentam grande intermit�ncia. Como 72% da bacia � formada no estado, o secamento dos tribut�rios se reflete diretamente em todo o rio, com repercuss�es como a observada em Sobradinho. Ontem, a ANA tamb�m definiu que a vaz�o m�nima da represa baiana, hoje em 900m3/s, ser� prorrogada at� o fim de novembro. Nova avalia��o ocorrer� no m�s que vem, mas j� foi emitido alerta para a possibilidade de redu��o no volume liberado pelos reservat�rios.

“Com o secamento das nascentes, os tribut�rios do S�o Francisco n�o est�o sendo alimentados e o rio, consequentemente, deixa de cumprir a fun��o de fornecer �gua para as comunidades. A aflu�ncia chegou a n�veis muitos baixos. Nunca se viu na hist�ria uma situa��o dessa gravidade”, alerta Silvia, lembrando que at� grandes afluentes do Velho Chico em Minas ficaram ou ainda est�o completamente secos, como os rios Jequita�, Pacu� e Verde Grande, todos no Norte do Minas. O Rio Abaet� (Centro-Oeste), outro importante afluente, tamb�m tem vaz�o bastante reduzida.

AGRAVANTES

O secret�rio-executivo do Comit� da Bacia Hidrogr�fica do S�o Francisco, Maciel Oliveira, demonstra preocupa��o com os processos erosivos e com o desmatamento, comuns em territ�rio mineiro, principalmente pelo fato de Minas ser o estado considerado a caixa d’�gua do Velho Chico. “Se al�m deste per�odo seco ainda tivermos um rio desprotegido, com certeza vamos ter problemas maiores. Sem a prote��o dos locais de nascentes, por exemplo, n�o teremos como manter as �reas de produ��o da �gua”, afirma.


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