Em laudo t�cnico conclu�do em 21 de outubro de 2013, �poca da revalida��o da licen�a de opera��o da barragem de rejeitos do Fund�o, o Instituto Pr�stino – institu��o de pesquisa e diagn�sticos de conserva��o e uso racional do patrim�nio natural –, destacou a sobreposi��o de �reas afetadas pela barragem e por uma pilha de material est�ril da mineradora Vale. Segundo o relat�rio, o contato entre a pilha e a barragem era “inadequado para o contexto de ambas estruturas, devido � possibilidade de desestabiliza��o do maci�o da pilha e da potencializa��o de processos erosivos”. Como consequ�ncia disso, previa a possibilidade de “desestabiliza��o do talude” resultando em “colapso da estrutura”.
A pe�a foi elaborada como parte do processo de renova��o da licen�a, mas n�o envolve per�cia, nem a produ��o prim�ria, tendo sido feito, portanto, com base em outros documentos do licenciamento.
O Instituto Pr�stino apresentou no laudo o que poderia ocorrer em um processo de satura��o na pilha adjacente � barragem. Poderia ocorrer a “obstru��o da drenagem da pilha e tentativa de equil�brio do n�vel de �gua entre as duas estruturas”.
A evolu��o dessa situa��o por causa das chuvas resultaria na eleva��o de �guas subsuperficiais. Em face de toda a situa��o, � citada “a possibilidade de desestabiliza��o da face do talude, resultando num colapso da estrutura”. O relat�rio t�cnico afirma ainda que “dependendo do raio da ruptura neste processo, podem ocorrer v�rios colapsos em diferentes n�veis de taludes e criar um fluxo de material com grande massa de est�ril se deslocando para jusante em dire��o ao corpo da Barragem do Fund�o e adjac�ncias”.