
O crime que chocou Minas Gerais vai continuar sem resposta. O julgamento do ex-delegado Geraldo do Amaral Toledo Neto, acusado de matar a ex-namorada adolescente Amanda Linhares Santos, de 17 anos, foi adiado nesta ter�a-feira. O j�ri aconteceria em Ouro Preto, na Regi�o Central de Minas Gerais, local do assassinato, mas foi suspenso pela ju�za L�cia de F�tima Magalh�es Albuquerque Silva, que alegou problemas familiares. Uma nova data ser� marcada. H� possibilidade de acontecer no dia 1º de dezembro, segundo o Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG).
O assassinato de Amanda Santos aconteceu em 14 de abril de 2013. A jovem e Toledo brigaram e a menina foi baleada na cabe�a. Testemunhas disseram que o casal estava no carro do policial, na estrada entre Ouro Preto e o distrito de Lavras Novas, na Regi�o Central de Minas. O delegado nega que tenha atirado na adolescente, com quem mantinha um relacionamento marcado por desaven�as, que geraram ocorr�ncias policiais. A Justi�a chegou a determinar que o policial n�o poderia se aproximar de Amanda. Por�m, a defesa do r�u informou que ele n�o chegou a ser notificado da decis�o.
Pela vers�o do delegado, Amanda tentou se matar, mas provas periciais derrubam a hip�tese. Exames residuogr�ficos n�o encontraram vest�gios de p�lvora nas m�os da v�tima. Segundo as investiga��es, Toledo buscou a jovem em Conselheiro Lafaiete e depois os dois seguiram para Ouro Preto. No dia do crime, a Pol�cia Militar recebeu por telefone uma den�ncia que relatava a briga de um casal na estrada. Momentos depois, outro telefonema informou que um corpo havia sido deixado em uma unidade de pronto-atendimento (UPA) da cidade com um tiro na cabe�a. Funcion�rios da unidade de sa�de contaram aos militares que o homem que deixou a jovem no local disse que ela tentou se suicidar. O carro do policial, um Peugeot preto, foi apreendido e periciado. Amanda foi transferida para o Hospital Jo�o XIII, onde morreu em 3 de junho, ap�s 51 dias de interna��o.

Em 16 de outubro, Geraldo Toledo foi expulso da corpora��o. O pedido de demiss�o feito pela Corregedoria se baseou em transgress�o disciplinar cometida entre 2005 e 2007. Naquele per�odo, a Corregedoria apurou fraudes praticadas quando Toledo era delegado titular da circunscri��o do Detran em Betim. Ele foi preso naquele ano, em S�o Joaquim de Bicas, acusado de recepta��o, forma��o de quadrilha e falsidade ideol�gica. Desde 2002, ele j� respondia a processo por suspeita de irregularidade no licenciamento de ve�culos.
Por causa da morte de Amanda, Geraldo Toledo foi preso e ficou sete meses na Casa de Cust�dia da Pol�cia Civil, no Bairro Horto, Regi�o Leste de BH. Depois, foi transferido para a Penitenci�ria Jason Soares Albergaria, no Bairro Primavera, em S�o Joaquim de Bicas, na Grande BH. Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), o ex-delegado voltou para a Casa de Cust�dia da Pol�cia Civil em janeiro de 2014, onde segue preso.