(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Esta��o de tratamento come�a a ser abastecida em Governador Valadares

No entanto, normaliza��o do abastecimento ainda demorar� dias, para tormento da popula��o que continua enfrentando muitos transtornos com a escassez


postado em 16/11/2015 06:00 / atualizado em 16/11/2015 09:14

População fez longa fila na Escola Chico Mendes, no Bairro Santos Dumont, para conseguir água(foto: Túlio Santos/EM/DA Press)
Popula��o fez longa fila na Escola Chico Mendes, no Bairro Santos Dumont, para conseguir �gua (foto: T�lio Santos/EM/DA Press)

Governador Valadares
- A �gua que sumiu dos tanques do Servi�o Aut�nomo de �gua e Esgoto (Saae) no Vale do Rio Doce, reapareceu ontem na Esta��o de Tratamento de �gua (ETA) Central depois de oito dias de paralisa��o total da capta��o. Mas a normaliza��o total do abastecimento ainda deve demorar cerca de quatro dias, segundo o diretor do �rg�o, Omir Quintino de Oliveira. Enquanto a realidade das torneiras secas ainda persiste para a maioria da popula��o, milhares de pessoas passaram o domingo inteiro na busca por �gua em um dos 14 pontos montados pela prefeitura para distribui��o, desconfiados da solu��o definitiva.

A �gua voltou a ser bombeada pelo abastecimento p�blico de Valadares no fim da tarde de ontem. A prefeitura divulgou nota alertando que a �gua pode chegar inicialmente amarela, por causa dos res�duos do fundo das caixas d’�gua e tamb�m das redes que estavam secas. Hoje, a previs�o da prefeitura � que o recurso chegue primeiro no Centro, na Ilha dos Ara�jos e nos bairros de Lourdes, Vila Bretas, e Esplanadinha. Ao longo da semana, as torneiras poder�o ser abertas novamente primeiro nas partes mais baixas e depois nas �reasaltas. Para viabilizar novamente a capta��o, o SAAE est� usando um coagulante chamado de pol�mero da ac�cia negra, produto 100% org�nico e produzido no Sul do Brasil. Ele consegue diminuir a turbidez da�gua, para que ela possa ser encaminhada ao tratamento normal e chegue �s casas das pessoas
.
Ontem, milhares de moradores lotaram os 14 pontos montados pela prefeitura para distribui��o de �gua. A movimenta��o continuou intensa no Centro, onde milhares de fardos de �gua mineral de 1,5 litro foram distribu�dos. No Bairro Santos Dumont, dois reservat�rios de 20 mil litros cada foram muito procurados. A �gua disponibilizada era a chance de muitos lavarem vasilhas, usarem no banheiro e tomarem banho. Mesmo com a promessa do governador Fernando Pimentel (PT) de que o abastecimento estar� totalmente regularizado ao longo da semana, o pedreiro Milton Luiz da Silva, de 56, n�o quis correr nenhum risco. “Tenho um tanque razo�vel que estou enchendo para garantir todas as necessidades. Desde segunda-feira que n�o tem nada e n�o d� para ficar esperando”, afirma.

O carpinteiro Geraldo Souza, de 58, teve que encarar o morma�o da manh� de ontem em Valadares para pegar �gua de uma cisterna no Bairro Porto das Canoas. Com um tambor de 200 litros puxado por um cavalo, ele pretendia garantir mais tranquilidade para a mulher, filha e uma neta. “Essa �gua a gente d� para os animais e tamb�m garante a limpeza da casa e principalmente do banheiro”, diz. A tarefa n�o era nada f�cil. Com um balde, uma corda e um calor escaldante, ele n�o descansava enquanto n�o enchia o tambor.

Na Escola Municipal Chico Mendes, apenas a �gua pot�vel tinha chegado nas duas caixas maiores de manh�. A �gua mineral s� chegou na hora do almo�o e um batalh�o de volunt�rios foi recrutado para descarregar o caminh�o. O comerciante Alex Rosa, de 39, era quem ditava o ritmo. “Vai, vai, vai. Vamos logo gente! Nessa hora tem que ajudar, se n�o vira tumulto e as pessoas continuam desesperadas”, diz ele.

PROTESTO NA RODOVIA
Revoltados com a falta de �gua na comunidade de Pedra Corrida, distrito de Periquito, no Vale do Rio Doce, a 30 quil�metros de Governador Valadares, cerca de 200 moradores do vilarejo fecharam ontem a BR-381. Eles bloquearam o tr�nsito no Km 177 com pneus e troncos de �rvores e atearam fogo, exigindo a presen�a de representantes da Samarco.  A Copasa, respons�vel pelo abastecimento de Pedra Corrida,interrompeu a capta��o e a popula��o estava desabastecida, segundo o l�der comunit�rio Marcelo Ven�ncio, 37 anos.

“Vinham caminh�es e colocavam �gua no reservat�rio da Copasa, mas n�o dava para nada. A �gua nem chegava na maioria das casas. O povo estava pegando de po�os da Copasa parados h� anos. A �gua estava saindo com ferrugem”, reclama Marcelo. Policiais militares estiveram no local e ajudaram os moradores a conseguir caminh�es. Em minutos, seis ve�culos estavam enchendo o reservat�rio de Pedra Corrida. O major Fausto Machado estava negociando que o fluxo fosse constante para evitar o desabastecimento da comunidade, mas at� o fechamento desta edi��o ainda n�o havia informa��es sobre o que ficou acertado.

A Copasa informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o abastecimento foi interrompido por conta da situa��o do Rio Doce e que n�o distribui �gua impr�pria para o uso. O abastecimento est� sendomantido em sistema de rod�zio por meio de caminh�es-pipa, informou a empresa. A Samarco foi procurada, mas n�o retornou os contatos.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)