
Mariana – A Bas�lica de Nossa Senhora da Assun��o, mais conhecida como Catedral da S�, no Centro da primeira cidade de Minas, estava cheia – como de costume – para a missa de ontem, �s 10h. O padre Nedson Pereira de Assis aproveitou a audi�ncia para conclamar os fi�is a acolherem os moradores dos distritos de Bento Rodrigues, Paracatu e outras localidades arrasadas pelo rompimento das barragens da Samarco (controlada pela Vale e BHP Billinton). “Fique atento se algum morador de Bento Rodrigues ou de outra comunidade foi transferido para sua rua. Fa�a uma visita, reze uma ora��o e insira-o no seu meio. O acolhimento pode ajudar a diminuir o sofrimento”, pediu o padre ao final da missa. No s�bado, as duas primeiras fam�lias foram transferidas de hot�is para casas alugadas. At� ter�a-feira, outras tr�s fam�lias da Pousada Conto de Minas devem ser transferidas para casas alugadas, mas a Samarco n�o tem prazo para transferir todas.
Para a aposentada Lucia Ramos, de 68 anos, as ora��es ajudam a tocar o cora��o das pessoas. “Com as ora��es podemos sensibilizar aqueles que devem arcar com os preju�zos”, cr� Lucia. O auxiliar de servi�os gerais Roberto Proc�pio, de 48, n�o perde uma missa de domingo na Catedral da S� e tem rezado diariamente pelas v�timas. “Foi tudo muito triste e s� Deus pode olhar por todos”, entende.
No auge do ouro
A Catedral da S� � a primeira catedral do inteiror do Brasil. Come�ou a ser constru�da em 1713, �poca do auge do Ciclo do Ouro em Minas. Mariana � a primeira vila, diocese, cidade e capital de Minas. O nome � uma homenagem a Maria Ana d'�ustria, mulher do dom Jo�o V, que reinou em Portugal de 1706 a 1750. O ouro propiciou a constru��o da catedral e de v�rias igrejas.