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Estado de Minas

Crian�as v�timas da trag�dia em Mariana voltam �s aulas

Caixas de sons entoavam m�sicas infantis e os estudantes foram presenteados com kits escolares doados pela mineradora. Os pequenos tamb�m se divertiram com o Papai Noel Judoca, que distribuiu doces.


postado em 16/11/2015 14:32 / atualizado em 16/11/2015 16:13

 

 

Crianças receberam material escolar logo na entrada(foto: Jair Amaral/DA Press)
Crian�as receberam material escolar logo na entrada (foto: Jair Amaral/DA Press)

O retorno as aulas das 172 crian�as e adolescentes de Bento Rodrigues e Paracatu, comunidades arrasadas pela lama de rejeitos de desceram de duas barragens da Samarco, em Mariana, na Regi�o Central dde Minas Gerais, foi de reencontro e alegria. Mesmo com a trag�dia fresca na mem�ria, os estudantes voltaram a ficar com o sorriso no rosto a verem novamente os amigos. Professores tamb�m mostraram alegria ao rever os alunos. Agora, todos v�o estudar na Escola Municipal Dom Luciano, no Bairro Alto Ros�rio.

Os primeiros onibus disponibilizados pela Samarco para buscar as crian�as nos hot�is onde est�o hospedadas, chegaram na escola por volta das 12h. Os estudantes desciam t�midos e assustados por causa do grande n�mero de pessoas dentro do im�vel. Mas, rapidamente, o contato com os colegas os faziam se soltarem. Caixas de sons entoavam m�sicas
infantis e os estudantes foram presenteados com kits escolares doados pela mineradora. Os pequenos tamb�m se divertiram com o Papai Noel Judoca, que distribuiu doces.

Com o passar do tempo, a grande mobiliza��o ficou concentrada na porta principal da escola. L�, a cada pessoa que entrava, longos abra�os eram dados. A professora Maria Auxiliadora Mol trabalhava em Paracatu e se emocionou ao rever os seus alunos. "Estou muito emocianada. S�o momentos dif�ceis que estamos vivendo. TEmos pesadelos di�rio. Nasci e fui criada l�, por isso � muito triste", disse. "Tudo que passou n�o vamos esquecer mais, mas vai ser muito bom recome�ar tudo aqui nesta escola", completou.

A felicidade do reencontro tamb�m era estampado no rosto de C�ssia Miriam de Souza. M�e de oito filhos, tr�s mulheres e cinco homens, com idades entre 6 e 18 anos, diz que as aulas ser�o boas para fazer os garotos esquecerem a trag�dia. "Muita alegria poder ver todos. O meu filho mais novo, n�o queria vir. Disse que preferia a escola que estava antes. Mas, expliquei que n�o tinha como voltar e que os coleguinhas deles estariam l�, e ele entendeu", comentou.

Dos oito filhos da auxiliar de limpeza, sete v�o estudar na Escola Dom Luciano. Com o caderno e l�pis na m�o, Cau�, o filho ca�ula de C�ssia, estava animado para recome�ar as aulas. "Estou gostando muito. Essa escola � bonita. Estou muito feliz de voltar a estudar", falou com um largo
sorriso no rosto.

A professora Elisabete Ferreira, de Bento Rodrigues, estava ansiosa para encontrar os nove alunos dela de 9 a 11 anos. Para ela, ser� um desafio fazer as crian�as n�o ficarem lembrando da tudo que aconteceu. "Pretendemos recome�ar, porque a vida continua. Tirar a a lembran�a nunca vamos conseguir. Mas, temos que mostrar a eles que tudo passa e que temos que continuar a vida", contou.

A cozinheira Lucimar Maria Silveira Silva, de 42, ainda se emociona ao falar da trag�dia. Ela trabalhava na Escola de Bento Rodrigues e passou a noite no munic�pio no dia do rompimento das barragens fazendo comida para as fam�lias. "No im�vel onde moro, embaixo � uma igreja evang�lica e em cima � minha casa. Colocamos um monte de colch�o no ch�o para todos dormirem. No centro comunit�rio, arredamos as cadeiras para as pessoas dormirem. Ficamos l� a noite toda. Fiz um arroz com vinagrete para ningu�m ficar com fome", afirmou

Ao ver as crian�as juntas novamente, a cozinheira se emocionou. "A gente fica com alegria de olhar que est�o bem. Deus deu uma chance para
todos sobreviverem", comentou.


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