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Estado de Minas

"Cada hora falam uma coisa. Est� tendo muito bl� bl� bl�", diz morador ansioso por solu��es

Moradores atingidos pelo rompimento da barragem do Fund�o discutem pauta de reivindica��es na tarde desta quarta-feira


postado em 18/11/2015 15:00 / atualizado em 18/11/2015 18:02

Mesa de negociações com representantes do governo e da Samarco ouve moradores(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Mesa de negocia��es com representantes do governo e da Samarco ouve moradores (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

No in�cio da tarde desta quarta-feira, moradores atingidos pelo rompimento da barragem do Fund�o participam de reuni�o no Centro Arquidiocesano de Pastoral, em Mariana, com representantes do Minist�rio P�blico, governo do estado, Assembleia Legislativa, Samarco e outras entidades.

Presidente da Mesa de Negociação de Conflitos do governo de Minas, Claudius Vinicius Leite, diz que papel é solucionar conflitos de forma pacífica(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Presidente da Mesa de Negocia��o de Conflitos do governo de Minas, Claudius Vinicius Leite, diz que papel � solucionar conflitos de forma pac�fica (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
O objetivo da reuni�o, segundo o presidente da Mesa de Negocia��o de Conflitos do governo de Minas, Claudius Vinicius Leite, � ouvir as principais demandas dos moradores e cobrar provid�ncias da Samarco. Tamb�m ser�o estabelecidas datas para pr�ximas reuni�es com os respons�veis. Leite afirma que este � s� o in�cio dos trabalhos, pois a inten��o da Mesa � ouvir todos os munic�pios da Bacia do Rio Doce pertencentes ao estado de Minas.
Ver galeria . 15 Fotos Bárbara Dantas mostra imóveis destruídos pela lamaJair Amaral/EM/DA Press
B�rbara Dantas mostra im�veis destru�dos pela lama (foto: Jair Amaral/EM/DA Press )

Um documento contendo as principais reivindica��es dos moradores de Bento Rodrigues, Paracatu de Baixo e Barra Longa, determinadas em reuni�es anteriores, j� foi entregue � presidente Dilma e ao governador Fernando Pimentel e, segundo Leite, a reuni�o desta quarta-feira tem tamb�m a miss�o de discutir essa pauta. "A pauta j� foi entregue, mas quem deve atender � a Samarco. Extraoficialmente j� sabemos que alguns pedidos j� v�m sendo atendidos como acolher as fam�lias e ter um programa de reassentamento. Mas vamos aprofundar dentro da pauta para saber o que de fato j� est� sendo feito, com o qu� a Samarco concorda e come�ar a media��o desse atendimento", afirma o presidente da Mesa.

Leite lembra que o papel da Mesa � exatamente buscar resolver conflitos de forma pac�fica. "� um espa�o aberto � negocia��o entre as partes envolvidas, na busca de um acordo que atenda os dois lados", diz.

Ant�nio Marcos de Souza, de 43 anos, � pedreiro, morador de Bento Rodrigues. Ele reclama da demora nas solu��es. "Um fala uma coisa, outra fala outra. Antes falaram que todos iriam para casas. Que cada dia iriam cinco fam�lias. Isso n�o aconteceu. Tem fam�lia s� em hotel. A gente est� acostumado com hortinha e aqui a vida est� ficando cara. Estamos preocupados com esse sal�rio que est� prometido e n�o vem", desabafa.

Ant�nio de Souza diz que est� sobrevivendo com doa��es, mas sua preocupa��o maior � com os idosos. "Eu tenho como trabalhar, mas tem fam�lias que s�o de idosos e que precisam desse dinheiro. N�o sei se � pouco caso. N�o sei o que est� acontecendo. � muito bl� bl� bl�", afirma. Ele lembra que muitas pessoas tiravam o sustento das fazendas em que viviam e v�rias perderam dinheiro, que n�o estava em banco. "Parece at� piada, mas muita gente guardava dinheiro no colch�o mesmo", diz. "E agora perderam tudo", continua.

O deputado Rog�rio Correia (PT), que participa da reuni�o, admite que uma das principais reclama��es � com rela��o � moradia provis�ria. "As pessoas est�o em pousadas, muito mal alojadas", observa. Ele explica que o papel da Assembleia na reuni�o � fazer um relat�rio com as exig�ncias, que ter�o que ser cumpridas pela Samarco. Caso contr�rio, � papel do Minist�rio P�blico entrar na Justi�a. Nessa quinta-feira, ser� feita uma visita �s barragens de Santar�m e Germano, que correm risco de rompimento, quando t�cnicos, junto com o parlamentar, dever�o avaliar os riscos.


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