
As lideran�as comunit�rias reconhecem o esfor�o policial, embora critiquem a falta de estrutura, e destacam a impunidade como o maior agravante. “Est�o enxugando gelo. Prendem hoje e amanh� o criminoso est� na rua. As pessoas de bem � que est�o presas em suas casas e com�rcios”, protestou Geralda Oliveira, presidente da Associa��o Comunit�ria do Guarani, Norte de BH.
Para o presidente da Associa��o dos Moradores do Bairro Mangabeiras, Alberto D�vila, os investimentos em seguran�a privada t�m contribu�do para redu��o das ocorr�ncias. Somado a isso, ele destaca a atua��o do setor p�blico. “Temos um trabalho de integra��o com a Pol�cia Militar, com bons resultados. Posso dizer que 90% de nossas chamadas no Mangabeiras s�o prontamente atendidas”, disse.
Por�m, no domingo, criminosos conseguiram burlar o esquema de seguran�a de um im�vel na Avenida Jos� Patroc�nio Pontes e levaram tr�s armas de fogo, 6 mil euros (R$ 23,5 mil), um iPad, entre outros objetos. Na madrugada, quando teria ocorrido o arrombamento da casa, cinco ladr�es renderam um grupo de jovens e roubaram o carro em que estavam na Pra�a do Papa. � noite, foi a vez de uma mulher ter o vidro de seu Renault Duster quebrado por bandidos, que levaram objetos de valor, na Avenida Bandeirantes.
No fim do m�s passado, uma fam�lia que morava na Avenida Agulhas Negras, no Mangabeiras, se mudou e colocou uma faixa em frente ao casar�o, com os seguintes dizeres: “Devido � tentativa de assalto, mudamos e limpamos a casa de todo e qualquer valor”. Os moradores chegaram a contratar os servi�os de uma firma de seguran�a e tamb�m contavam com cachorros da ra�a pitbull para tentar intimidar os criminosos.
REFOR�O Apesar das �ltimas ocorr�ncias, o tenente-coronel Eucles Figueiredo, comandante do 22º Batalh�o da PM, que responde pela Regi�o Centro-Sul, v� uma redu��o dos registros de crimes contra o patrim�nio no Mangabeiras e promete refor�ar o policiamento com a opera��o natalina e a��es estrat�gicas desempenhadas a partir das informa��es da comunidade, por meio de projetos como as redes de vizinho e comerciante.“Estat�sticas, com n�meros decrescentes, n�o invalidam o sentimento de quem sofreu o roubo”, afirmou Figueiredo. Segundo o militar, o n�mero de policiais j� est� sendo refor�ado.
J� o presidente da Associa��o da Pra�a Mar�lia de Dirceu e Adjac�ncias (Amalou), Jeferson Rios, denuncia que em Lourdes os roubos aumentaram de um a dois por m�s para dois a tr�s por semana. “Os criminosos s�o presos e, tr�s meses depois, est�o soltos. A impunidade � a respons�vel pelo crescente n�meros de roubos. Executivo, com cria��o de vagas no sistema prisional, e Legislativo, com uma lei rigorosa, � a �nica maneira de reverter essa situa��o”, sugere Rios.
O t�cnico em seguran�a Waldemiro Soares Duarte, presidente do Conselho Comunit�rio do S�o Marcos, Nordeste da capital, tamb�m v� na impunidade um agravante. “� urgente alterar as leis e promover reformas nos sistemas judici�rio e prisional. � fato que 90% dos criminosos presos em flagrante s�o reincidentes”, pontuou. Fernando Viterbo, presidente eleito da Associa��o de Moradores do Gl�ria, Noroeste, chama aten��o para os problemas estruturais da pol�cia. “Aqui, no policiamento comunit�rio, contamos com uma viatura para atender os bairros Gl�ria, Pindorama, Coqueiros e Filad�lfia. N�o temos uma base fixa da PM”, criticou.