
Enquanto os arrombamentos batem � porta das lojas da Savassi, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, e comerciantes cobram mais vigil�ncia da Pol�cia Militar (PM), o centro comercial � o menos vigiado em rela��o a outras �reas de lojas na Regi�o Central da cidade. Mesmo tendo intensa movimenta��o de pessoas e forte atividade financeira, a Savassi conta com a vigil�ncia de apenas sete das 86 c�meras instaladas no interior do per�metro da Avenida do Contorno. Outras nove est�o no entorno do Bairro Barro Preto. Pelo mapa da PM, a �rea de implanta��o dos equipamentos privilegia o Hipercentro, �rea que compreende o entorno da Rodovi�ria, pra�as Sete e Raul Soares, onde est�o 70 olhos eletr�nicos. Apesar de a pr�pria PM admitir que o n�mero de aparelhos na Savassi � irris�rio para a regi�o e de comerciantes e entidades civis cobrarem aumento da rede de monitoramento, a expans�o ainda � algo distante. Enquanto isso, criminosos causam medo a lojistas e transeuntes que denunciam furtos noturnos em estabelecimentos comerciais e at� mesmo assaltos durante o dia.
O primeiro projeto � a transi��o da central de monitoramento do pr�dio do Centro de Opera��es Militares (Copom), da PM, na Pra�a da Liberdade, para a sede do 1º Batalh�o de Pol�cia Militar (BPM), no Bairro Santa Efig�nia, ambos na Regi�o Centro-Sul da cidade. De acordo com o chefe do Centro Integrado de Comunica��es Operacionais (Cicop), coronel Paulo Starick, h� previs�o de redimensionamento da rede. “O n�mero de c�meras na Savassi � insuficiente, rid�culo e realmente precisa de muito mais”, afirmou o policial. “H� possibilidade de mais equipamentos para a Savassi, mas por enquanto n�o h� previs�o”, acrescentou. O programa Olho Vivo foi implantado em 2004 e, naquela �poca, a Savassi estava na lista das primeiras �reas de implanta��o.
Por parte da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), o Projeto 183 refere-se a 183 novos pontos de captura de imagens (c�meras) em vias p�blicas, com investimento de R$ 13,9 milh�es do Or�amento Participativo Digital (OP Digital). Mais uma vez, a Savassi est� fora dos olhos da iniciativa, que vai abranger outros bairros da Regi�o Centro-Sul, al�m das regionais Nordeste e Leste. O projeto est� na fase de execu��o das salas de monitoramento nos batalh�es respons�veis por estas �reas (22º, 1º e 16° BPMs) e na Guarda Municipal. De acordo com o contrato, a instala��o deve ser conclu�da at� o final deste ano e a opera��o no in�cio de 2016.
Na avalia��o do diretor do Conselho Savassi da C�mara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Alessandro Runcini, o atual n�mero de c�meras que monitoram o centro comercial deveria pelo menos dobrar ou triplicar. “Precisamos de pelo menos 15 ou 20”, diz. Segundo ele, os arrombamentos noturnos haviam diminu�do no m�s passado ap�s a pris�o de uma quadrilha especializada nesse tipo de crime. Mas voltaram a ocorrer. Na madrugada da �ltima sexta-feira, a v�tima foi o estilista mineiro Ronaldo Fraga, ap�s ter sua loja invadida por homens armados e encapuzados. Os bandidos levaram cerca de 40 pe�as, deixando um preju�zo de aproximadamente R$ 60 mil. Ao falar sobre o caso, Ronaldo Fraga destacou que o maior problema � a situa��o dos pequenos neg�cios. “Os pequenos comerciantes cujas economias est�o aplicadas no pr�prio com�rcio est�o padecendo por falta de seguran�a. Os clientes est�o indo embora, e n�o d� para acostumar com isso de forma alguma”, disse na ocasi�o.
GOSTO AMARGO H� tr�s semanas foi a vez de D�bora Assis, s�cia-propriet�ria da Incomun, na Rua Tom� de Souza, sentir o gosto amargo de chegar no trabalho e encontrar a loja revirada por bandidos. “Levaram tudo o que estava exposto, os computadores e algum dinheiro. Ainda picharam e defecaram na loja”, afirmou a empres�ria, que se diz angustiada com tanta viol�ncia. Na loja vizinha, a vendedora Let�cia Pereira de Miranda, que trabalha no local h� 12 anos, fala da crescente falta de seguran�a no local. “H� tr�s meses a loja foi arrombada e levaram as bolsas mais caras. Trabalhamos com a porta sempre fechada, porque aumentou muito o n�mero de assaltantes”, conta.
De acordo com a PM, a corpora��o mant�m policiamento fixo e itinerante na regi�o que conta com viaturas de v�rias setores, al�m do patrulhamento e monitoramento do Olho Vivo. A comandante do Setor Savassi do 1º Batalh�o de Pol�cia Militar (BPM), tenente Luana Pontes, j� afirmou que os crimes que ocorrem na regi�o s�o pontuais e que a PM tem estrat�gias voltadas para a prote��o de comerciantes, moradores e transeuntes que passam pelo lugar.
