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Estado de Minas COMO SER� O AMANH�?

Repara��o dos estragos em Mariana e no Rio Doce pode durar uma d�cada

Balan�o da cat�strofe aponta desafios de curto, m�dio e longo prazos e indica que curar a ferida humanit�ria � s� a primeira meta de uma longa miss�o


postado em 06/12/2015 06:00 / atualizado em 06/12/2015 08:58

(foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)
(foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)

Uma longa miss�o de recupera��o, de alto custo, com a��es que v�o exigir sucessivos anos de comprometimento, p�blico e privado. Essa foi uma das poucas certezas que ficaram depois das 16h20 de 5 de novembro, quando a Barragem do Fund�o estourou, em Mariana, na Regi�o Central de Minas. De l� at� a foz do Rio Doce, no Esp�rito Santo, a enxurrada de 55 milh�es de metros c�bicos de rejeitos de min�rio fez v�timas, causou preju�zos em escala ainda n�o estimada e deixou um imenso rastro de devasta��o. Passado um m�s da trag�dia, autoridades trabalham para cobrar da Samarco, propriet�ria da barragem, e de suas controladoras, as gigantes Vale e a anglo-australiana BHP, repara��o dos estragos. Com a cat�strofe ambiental ainda se expandindo, encontrar uma solu��o humanit�ria para as mais de 700 pessoas atingidas – muitas delas ainda vivendo em hot�is – � a medida mais urgente. A m�dio prazo, o desafio � evitar ainda mais devasta��o no Rio Doce. Mas chegar perto da recupera��o de toda a bacia hidrogr�fica � tarefa bilion�ria, para pelo menos uma d�cada.


Especialistas explicam ainda que a recupera��o vai exigir diferentes medidas, a depender da localiza��o do estrago. “Obviamente, nas �reas de montante (mais pr�ximas da barragem), mais impactadas, onde os rejeitos passaram com volume e velocidade maiores, a recupera��o ser� mais lenta. At� porque os res�duos extrapolaram a calha dos rios Gualaxo do Norte e do Carmo, e ainda h� muito sedimento nas margens”, explica o professor Paulo Cesar Rosman, do Departamento de Recursos H�dricos e Meio Ambiente da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que tem estudos sobre a Bacia do Rio Doce. Nos trechos seguintes, no m�dio Rio Doce, onde h� tr�s usinas hidrel�tricas que contiveram parte dos sedimentos, o prazo para restaura��o deve ser um pouco menor. Na foz, � poss�vel que, passado o per�odo chuvoso, em abril, a �gua retome os �ndices normais de turbidez e oxigena��o, com a sedimenta��o da lama e de metais pesados, como chumbo, ferro, alum�nio e mangan�s, afirma o professor. Esses elementos ainda est�o acima dos limites toler�veis, segundo relat�rio do Instituto Mineiro de Gest�o das �guas (Igam), divulgado no �ltimo dia 30.


O in�cio do desafio ambiental, segundo a presidente do Ibama, Marilene Ramos, � conter o res�duo de rejeitos que ficou na �rea da barragem estourada, al�m de reduzir o volume que sobrecarrega o reservat�rio de Santar�m. A estrutura, tamb�m da Samarco, foi afetada pela lama no dia do rompimento. “O objetivo � evitar novos carreamentos, principalmente porque estamos em pleno per�odo de chuva”, afirma. Segundo ela, a empresa se comprometeu a construir diques drenantes, em 90 dias, para essa finalidade. Ser� preciso ainda remover e destinar adequadamente o rejeito que extravasou a calha dos cursos d’�gua em cerca de 70 quil�metros de �reas de preserva��o permanente, para regenera��o da flora e melhoria da turbidez da �gua. Al�m disso, “� preciso manter o trabalho de prote��o da ictiofauna e tamb�m das tartarugas marinhas e mam�feros aqu�ticos na �rea costeira”, lista Marilene.


O custo de R$ 20 bilh�es para a recupera��o da Bacia do Rio Doce foi estimado em a��o civil p�blica ajuizada pela Advocacia-Geral da Uni�o (AGU), em conjunto com os estados de Minas Gerais e Esp�rito Santo. Segundo a presidente do Ibama, a restaura��o dos processos ecol�gicos, como crescimento de vegeta��o at� a idade adulta e repovoamento da fauna, pode exigir 10 anos, “embora n�o seja poss�vel prever quando o meio ambiente vai resgatar sua condi��o de normalidade.”


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