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Estado de Minas

Capta��o inaugurada no Rio Paraopeba deve aliviar represas da Grande BH

Copasa liga bombas de capta��o diretamente no Paraopeba com promessa de recuperar reservat�rios e afastar o risco de desabastecimento na RMBH pelos pr�ximos 20 anos


postado em 22/12/2015 06:00 / atualizado em 22/12/2015 08:05

Após cinco meses de obra, ao custo de R$ 128,4 milhões, a água do Rio Paraopeba já pode ser levada até estação de tratamento no Rio Manso (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Ap�s cinco meses de obra, ao custo de R$ 128,4 milh�es, a �gua do Rio Paraopeba j� pode ser levada at� esta��o de tratamento no Rio Manso (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)

O risco de desabastecimento de �gua na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte est� afastado pelo menos para os pr�ximos 20 anos. Esse � o entendimento da Copasa depois que o governador Fernando Pimentel (PT) ligou ontem, acompanhado da presidente da companhia de saneamento, Sinara Meireles, as primeiras bombas de capta��o diretamente no Rio Paraopeba, em Brumadinho, na Grande BH. Com a conclus�o da parte operacional da obra, que teve dura��o de cinco meses e custo de R$ 128,4 milh�es, a Copasa come�ou ontem a puxar 3 mil dos 5 mil litros de �gua por segundo que ter� condi��o de captar at� o fim desta semana com o funcionamento de todas as cinco bombas, sa�da encontrada pela empresa para recuperar os reservat�rios que integram o Sistema Paraopeba e que enfrentaram a maior crise da hist�ria da Grande BH em 2015. Ontem, o conjunto das tr�s represas apresentava menos de um quarto do volume acumulado (22,5%), mas a expectativa � de que, poupando as barragens e usando o Rio Paraopeba durante os per�odos de chuva, em tr�s anos os reservat�rios do Rio Manso, Vargem das Flores e Serra Azul estejam completamente recuperados.

“Isso n�o significa que n�s possamos gastar �gua � vontade. Continuar o empenho para reduzir perdas na rede e para criar um novo modelo de consumo de �gua, mais consciente e com menos abund�ncia, � fundamental para as gera��es futuras. Sabemos que a �gua � um recurso cada vez mais escasso no planeta”, advertiu o governador Fernando Pimentel durante a cerim�nia de inaugura��o da capta��o emergencial. Pimentel garantiu tamb�m que as paradas operacionais no abastecimento para ajustar adutoras e adequar o sistema � nova capta��o n�o ser�o mais necess�rias, restando apenas paralisa��es bem mais espa�adas para manuten��o, o que j� ocorre atualmente.

Depois do acionamento das tr�s primeiras bombas, em 40 segundos a �gua come�ou a correr pelos diferentes setores da capta��o, antes de entrar nas adutoras e percorrer um caminho de 6,5 quil�metros at� a Esta��o de Tratamento de �gua (ETA) do Rio Manso. De l�, ela passa por todo o procedimento de tratamento normal para ser distribu�da aos moradores da Grande BH. Como a qualidade da �gua bruta tirada diretamente do Paraopeba � pior do que o recurso que � captado na represa do Rio Manso, o tratamento necess�rio ter� que ser mais eficiente. “Vamos gastar um pouco mais com produtos qu�micos para tratar essa �gua”, afirma o diretor de Opera��es Metropolitanas, R�mulo Perilli. Segundo a companhia, o tratamento atende aos par�metros da Portaria 2.914 de 2011 do Minist�rio da Sa�de.

Com o funcionamento do complexo montado em Brumadinho, a Copasa ter� agora condi��es de puxar 5 mil litros de �gua por segundo do manancial, pouco menos do que os atuais 5,5 mil litros que a empresa estava usando dos reservat�rios do Rio Manso, Vargem das Flores e Serra Azul para atender a quase metade dos 5 milh�es de moradores da Grande BH. Normalmente, a Copasa usa 8,5 mil litros por segundo desse conjunto, mas, por conta do esvaziamento das represas, estava utilizando apenas 5,5 mil. Outros 8,5 mil litros por segundo s�o puxados do Rio das Velhas, em Nova Lima, tamb�m na Grande BH. Juntos, os dois sistemas garantem o abastecimento de quase todos os moradores da regi�o metropolitana.

A capta��o iniciada ontem foi constru�da entre julho e dezembro. Ela custou R$ 128,4 milh�es aos cofres p�blicos e � um aditivo de uma Parceria P�blico-Privada (PPP) firmada entre o governo estadual anterior ao atual e a empresa Odebrecht para expans�o do Sistema Rio Manso. Um dos pontos destacados pelo governador Fernando Pimentel foi a parceria com o Tribunal de Contas do Estado (TCE), que auxiliou o governo a construir um aditivo juridicamente perfeito, para evitar questionamentos que travassem a evolu��o da obra, considerada emergencial.

PR�XIMOS FOCOS A presidente da Copasa, Sinara Meireles, falou sobre a miss�o cumprida com a solu��o emergencial para a Grande BH, e ressaltou que em 2016 a empresa ter� condi��es de virar o foco para outras regi�es, como o Norte de Minas. O �ltimo boletim da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) mostra que 135 cidades mineiras decretaram situa��o de emerg�ncia por conta da seca este ano. “No plano de investimento da Copasa para 2016 est�o previstos recursos para perfura��o de po�os, recupera��o de sistemas de barragens, especialmente no Norte do estado. A ideia � ter cada vez menos caminh�es- pipas e mais estruturas fixas para a oferta de �gua para a popula��o, especialmente nos per�odos de escassez e estiagem”, afirma a presidente da companhia.

PERDAS NO SISTEMA Sinara Meireles tamb�m disse que a Copasa ainda n�o tem uma nova estimativa da quantidade de �gua que se perde durante a distribui��o por conta de vazamentos e gatos. No in�cio da gest�o, em janeiro, a empresa informou que 40% do que era produzido se perdia no caminho entre as esta��es de tratamento e a casa das pessoas. “O que temos que observar e pontuar formalmente � que as perdas de vazamento est�o sendo fortemente atacadas com as autua��es das equipes do ca�a-gotas. Agora, as perdas estruturais e que t�m a ver em parte com gatos e capta��es clandestinas ser�o objeto tamb�m de autua��o da Copasa, no pr�ximo ano, de forma mais incisiva. Tamb�m j� temos no nosso plano de investimento a previs�o de trocas de equipamentos e registros”, completa. Segundo o balan�o exclusivo do trabalho das equipes ca�a-gotas, o tempo m�dio para atender chamadas sobre vazamento na Grande BH caiu de nove horas para quatro horas e 29 minutos.


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