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Estado de Minas

Chuva n�o recupera n�vel das represas e capta��o do Paraopeba pode ser fundamental

Com isso, especialistas alertam que bombeamento de �gua do Rio Paraopeba, que come�a domingo, � indispens�vel para garantir abastecimento


postado em 15/12/2015 06:00 / atualizado em 15/12/2015 07:45

Obras de captação do Rio Paraopeba, em Brumadinho, já estão 90% concluídas. Segundo Copasa, empreendimento vai beneficiar mais de 5 milhões de habitantes da Grande BH(foto: Copasa/Divulgação)
Obras de capta��o do Rio Paraopeba, em Brumadinho, j� est�o 90% conclu�das. Segundo Copasa, empreendimento vai beneficiar mais de 5 milh�es de habitantes da Grande BH (foto: Copasa/Divulga��o)

Sem uma recupera��o significativa dos reservat�rios que abastecem a Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte mesmo com as chuvas de dezembro, a nova capta��o de �gua no Rio Paraopeba ganha cada vez mais contornos de emerg�ncia, segundo especialistas. A Copasa confirmou que as novas adutoras v�o come�ar a funcionar no pr�ximo domingo – conforme previs�o inicial de janeiro, �poca do an�ncio da crise h�drica na Grande BH – e v�o garantir a seguran�a do abastecimento sem a dificuldade de racionamento.

Enquanto isso, mesmo com as chuvas, a recarga das tr�s represas que constituem o Sistema Paraopeba caminha a passos lentos. Em dezembro, a Vargem das Flores � a �nica que n�o registrou nenhuma queda, enquanto Rio Manso e Serra Azul j� contabilizaram diminui��es nos 14 primeiros dias do m�s.

As �ltimas temporadas de chuva com precipita��es abaixo da m�dia levaram a Grande BH a uma seca extrema, que comprometeu a situa��o dos aqu�feros da regi�o, segundo o doutor em recursos h�dricos e professor da PUC/Minas, Jos� Magno Senra Fernandes. "Por isso, o papel das chuvas � primeiro encharcar o solo para depois recuperar tudo. Esse processo, contando com chuvas significativas, deve durar dois anos ou mais para garantir as condi��es ideais de recarga", afirma o especialista.

A regi�o dos reservat�rios Rio Manso e Serra Azul tem uma �rea verde maior, segundo o professor, e por isso, a �gua infiltra mais. J� na Vargem das Flores, o n�vel de impermeabiliza��o � maior e, por isso, a �gua corre mais r�pido para a represa, uma das explica��es para o per�odo sem redu��o de volume em dezembro, de acordo com o professor. "Dessa forma, a obra do Paraopeba se torna muito importante do ponto de vista emergencial", afirma Fernandes. Outra explica��o para o per�odo sem redu��es na Vargem das Flores � a diminui��o da capta��o, com compensa��o nas outras represas.

O professor do Departamento de Engenharia Hidr�ulica e Recursos H�dricos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Luiz Rafael Palmier traz outros dois aspectos que favoreceram o aumento no consumo de �gua e tamb�m contribuem para depositar na obra do Rio Paraopeba a seguran�a necess�ria para evitar o racionamento. "Tivemos uma primavera com recordes de temperatura em Belo Horizonte, o que favorece o consumo de �gua, al�m de um relaxamento natural da popula��o na economia por conta do an�ncio da Copasa de que o risco de racionamento estava afastado", diz o especialista. O an�ncio da companhia foi feito em meados de agosto e o resultado foi realmente uma redu��o nos percentuais de economia que vinham sendo praticados pelos moradores da Grande BH.

Desde 1º de dezembro, n�o houve diminui��o de volume quando considerado o conjunto das represas que integram o Sistema Paraopeba. Por�m, o aumento foi baixo, saindo de 21,3% em 1º de dezembro para 21,9% ontem. No reservat�rio do Rio Manso, mesmo com 197,4 mil�metros de chuva em 14 dias, o que equivale a 60% dos 328,1 mil�metros esperados para o m�s, houve cinco quedas de volume. Ontem, o registro da Copasa mostrava 28,9% da capacidade dispon�vel na represa. Serra Azul fechou o dia com 6,5% e Vargem das Flores com 29,7%.

De acordo com a Copasa, a queda ou a recupera��o do n�vel das represas que comp�em do Sistema Paraopeba varia em fun��o das suas caracter�sticas. “A recupera��o do n�vel das �guas do Rio Manso e do Serra Azul � mais lenta, porque s�o bacias muito grandes e com muita �rea de infiltra��o”, afirmou, em nota, a companhia.

J� a represa de Vargem das Flores, segundo a empresa, por ter caracter�sticas urbanas, a �gua da chuva vai logo para o reservat�rio, uma vez que tem pouca �rea de infiltra��o. “Por este motivo ela vem apresentando melhora significativa (subiu mais de 1,5 metro) com as chuvas dos �ltimos dias”, destacou a Copasa.

DEMANDA Segundo a Copasa, com a liga��o das bombas que v�o puxar a �gua diretamente do Rio Paraopeba, em Brumadinho, na Grande BH, a partir do pr�ximo domingo, 5 mil litros de �gua por segundo ser�o lan�ados diretamente na Esta��o de Tratamento de �gua (ETA) do Rio Manso. Isso significa quase tudo que a empresa tem usado somando os tr�s reservat�rios atualmente, j� que a demanda tem sido de cerca de 5,5 mil litros do Sistema Paraopeba. Dessa forma, a companhia aposta que vai conseguir poupar as represas nos per�odos chuvosos, garantindo uma recarga bem mais r�pida do que est� ocorrendo neste momento. A expectativa � que em tr�s anos haja uma recupera��o completa. A obra custou R$ 128,4 milh�es aos cofres p�blicos e � um aditivo de uma Parceria P�blico Privada (PPP) firmada entre o governo estadual e a empresa Odebrecht para expans�o do Sistema Rio Manso.


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