(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas PLANO DE EMERG�NCIA

BH come�a pente-fino para enfrentar o Aedes aegypti em bairros com risco de infesta��o

O mutir�o pretende esmiu�ar 22 quarteir�es at� o fim da tarde de hoje em um dos bairros que mais apresentam criat�rios do vetor na Pampulha


postado em 23/12/2015 07:00 / atualizado em 23/12/2015 07:50

Frente formada por agentes da Defesa Civil e Saúde vistoriou 450 imóveis nessa terça-feira(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A.Press)
Frente formada por agentes da Defesa Civil e Sa�de vistoriou 450 im�veis nessa ter�a-feira (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A.Press)
Na primeira investida de uma mobiliza��o que deve se tornar a cada dia mais frequente, moradores do Bairro Jardim S�o Jos�, na Regi�o da Pampulha, receberam ontem a visita de cerca de 40 servidores da Prefeitura de Belo Horizonte com o objetivo de eliminar focos do mosquito Aedes aegypt, transmissor da dengue, febre amarela, chikungunya e zika v�rus. Dos 560 im�veis alvo – 451 vistoriados e 109 fechados –  46 foram notificados por risco de prolifera��o do inseto. Em 40 deles foram encontrados criat�rios que foram tratados. O mutir�o pretende esmiu�ar 22 quarteir�es at� o fim da tarde de hoje em um dos bairros que mais apresentam criat�rios do vetor na Pampulha. � uma a��o piloto nos moldes do que a prefeitura vai intensificar quando entrar em vigor o decreto de emerg�ncia para que o munic�pio enfrente a amea�a, como mostrou ontem o Estado de Minas. Nesse modelo de frente de a��o, agentes entram nas casas e vistoriam todos as poss�veis fontes de ac�mulo de �gua, notificando situa��es em que for necess�ria a remo��o de algum tipo de material ou equipamento. O planejamento feito para o Jardim S�o Jos� contempla cerca de 1 mil im�veis. �reas sens�veis de todas as nove regionais de BH passar�o por processo semelhante.


“Vamos trabalhar com a preven��o de desastres, que � papel da Defesa Civil municipal. � importante mencionar que o objetivo n�o � agir como pol�cia ou de forma agressiva, mas sim lembrar que a autoprote��o � muito importante, j� que 86% dos criat�rios do Aedes aegypti em Belo Horizonte est�o nas casas”, afirma o coronel Alexandre Lucas, coordenador da Defesa Civil municipal (Comdec). O coronel explica que, com a publica��o do decreto de situa��o de emerg�ncia em BH, o que deve ocorrer nos pr�ximos dias, o padr�o lan�ado ontem na Pampulha ser� mantido. A prefeitura conta ainda com apoio do Minist�rio P�blico para apressar o acesso a im�veis que estiverem fechados e for�ar moradores a eliminar poss�veis focos do mosquito.

A inten��o da Defesa Civil � unir a maior quantidade de esfor�os poss�vel dentro da prefeitura, para aumentar o tamanho da for�a-tarefa local que atua normalmente nos bairros visitando im�veis. A maior preocupa��o no momento � evitar um surto de zika v�rus, pois j� existe a comprova��o pelo Minist�rio da Sa�de da rela��o entre a doen�a com casos de microcefalia no Nordeste do Brasil. Tamb�m existe rela��o entre o micro-organismo e a s�ndrome de Guillain-Barr�, dist�rbios que paralisa m�sculos e pode levar � morte.

A pesquisadora em sa�de p�blica Denise Nacif Pimenta, da Funda��o Oswaldo Cruz em Minas Gerais, acredita que o maior desafio que as autoridades p�blicas precisam vencer hoje � manter as a��es de combate ao mosquito fora de per�odos de risco para epidemia ou surto. “E �poca de epidemia, as a��es de mutir�es s�o v�lidas, mas a maior dificuldade � no per�odo em que n�o h� grande interesse. � necess�rio manter um di�logo constante com a popula��o, principalmente com lideran�as comunit�rias, que resulte em mudan�a de postura tamb�m nesses outros momentos”, afirma a pesquisadora. Denise Nacif lembra ainda que o combate ao mosquito tem que levar em conta a realidade de cada regi�o da cidade. “Em alguns lugares, o maior problema � o lixo. �s vezes, a comunidade est� sem coleta, por exemplo. A dificuldade pode ser tamb�m a falta de �gua frequente, que obriga moradores a armazenarem em suas casas. O territ�rio tem que ser dividido e pensado de acordo com cada caracter�stica”, afirma.

FOCOS A a��o de agentes de endemias, de sa�de e funcion�rios da Defesa Civil no Bairro Jardim S�o Jos�, �rea mais sens�vel da Pampulha, deve ter uma segunda fase, segundo a gerente da Sa�de da Regional Pampulha, Cl�udia Capistrano. “Estamos pontuando os casos em que n�o foi poss�vel entrar nas casas, seja por aus�ncia de moradores ou pela proibi��o, para retorno posterior”, afirma a gerente. O gerente de Controle de Zoonoses da Regional Pampulha, Ant�nio Willie de Paula, acredita que o principal desafio enfrentado agora � transformar o conhecimento que as pessoas dizem ter sobre os poss�veis criat�rios do mosquito da dengue em a��o efetiva no interior das resid�ncias. Ele tamb�m acredita que o decreto de emerg�ncia pode facilitar a a��o do poder p�blico em lotes vagos. “� uma forma de conseguirmos mais agilidade na hora de arrombar im�veis abandonados”, afirma.

Um dos endere�os visitados pelos servidores da prefeitura no Jardim S�o Jos� ontem foi um conjunto de seis moradias na Rua Redentor. Uma infinidade de materiais velhos estava amontoada em uma esp�cie de quintal comum a todas as casas. Um balde com v�rias ferramentas guardadas chamou a aten��o dos agentes, pois estava cheio de �gua. Ao entornar o l�quido, larvas foram achadas. “Eu j� tinha tirado um tanto de coisa e agora vou ter que arrumar o resto. Vou fazer tudo agora de tarde”, diz o pedreiro Gilberto Rodrigues, de 52 anos, dono do material. Na casa ao lado, a sapateira Suely de Paula, de 53, disse que j� pegou dengue duas vezes. Na �ltima, h� 20 dias, removeu toda a �gua que ficava parada nos pratinhos de plantas e trocou por terra. “Limpei o terreiro e estou fazendo tudo o que eu posso. Mas realmente falta conscientiza��o das pessoas para evitar mais problemas”, afirma.

 

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)