
“Achei o �nibus muito bom. A pot�ncia � muito boa, n�o tem embreagem, a dire��o � muito leve e o barulho � bem reduzido. Atualmente, o ru�do alto � um dos maiores pontos de estresse entre os motoristas”, afirma Leandro, que � funcion�rio da Via��o Torres, empresa do Cons�rcio BH Leste que est� testando o novo modelo. O eletricista aposentado Ant�nio Fernandes, de 65 anos, aguardava ontem um �nibus da linha 5503A na Avenida Jos� C�ndido da Silveira, Nordeste da capital, quando dois coletivos chegaram juntos. Um dos dois era o el�trico e ele preferiu testar a novidade. “Trabalhei durante muitos anos com energia el�trica e acho que o maior diferencial � a aus�ncia de polui��o, j� que n�o h� nenhum tipo de emiss�o de poluentes. A iniciativa � excelente, a BHTrans deveria ajustar a frota com v�rios �nibus desse jeito e at� os carros deveriam ser movidos a bateria”, afirma o aposentado.
Dois motores s�o acoplados nas rodas traseiras e possuem uma autonomia de 250 quil�metros. As baterias s�o compostas de fosfato de ferro. Somando as oito viagens do dia, a previs�o de rodagem ontem era de 176 quil�metros, antes da recarga que seria feita na garagem da empresa. No painel, o condutor tem as informa��es da quantidade de bateria dispon�vel, da mesma forma que ocorre com os celulares e outros dispositivos tecnol�gicos. S�o 240 cavalos de pot�ncia. “Chega a ser at� mais forte do que os convencionais a diesel. N�o tem marchas, nem arranques bruscos nem trancos, o que garante um conforto maior � viagem”, completa Leandro.
Segundo o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belo Horizonte (Setra/BH), o �nibus el�trico vai rodar durante 15 dias na linha 5503A, depois roda por mais duas semanas na linha 9105 (Nova Vista/Sion). O procedimento ser� repetido mais uma vez, totalizando 60 dias de testes, sendo um m�s em cada itiner�rio. De acordo com o gerente de Permiss�es da BHTrans, Reinaldo Drumond, ap�s os testes a empresa que comanda o tr�nsito e os transportes na capital vai avaliar se o modelo � vi�vel. “Queremos saber se ele tem condi��es de se adequar � realidade de BH. Se consegue transportar na velocidade operacional satisfat�ria, como se comporta quando est� carregado e o desempenho nas ladeiras da cidade”, afirma o gerente. Caso seja aprovado nessa fase, a segunda etapa ser� a discuss�o sobre a viabilidade econ�mica, para s� depois serem iniciadas discuss�es que podem abrir as portas do transporte p�blico de BH para os modelos el�tricos.