J� est� nas m�os do juiz de Mariana, na Regi�o Central de Minas Gerais, o pedido da Pol�cia Civil de dila��o do prazo da investiga��o da trag�dia com a barragem de Fund�o, da empresa Samarco – controlada pela Vale e a BHP Billinton. O rompimento da mina deixou 17 pessoas mortas, duas desaparecidas e � considerada a maior trag�dia ambiental do Brasil. Essa � a segunda vez que a corpora��o pede mais tempo para apurar as causas e responsabilidades do evento.
De acordo com a Pol�cia Civil, o delegado Rodrigo Bustamante, respons�vel pelo caso, entregou o pedido no f�rum da cidade por volta das 15h. Agora, ele aguarda o posicionamento do juiz para continuar as apura��es. O novo prazo ser� determinado pelo magistrado. "A apura��o depende de laudos complexos que levam tempo para serem conclu�dos", justificou o delegado.
At� esta sexta-feira, 72 pessoas j� foram ouvidas, entre elas o diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi e o prefeito de Mariana, Duarte J�nior. Nessa quarta-feira, o diretor de Opera��es e Infraestrutura da Samarco, Kleber Terra, e outro diretor, que n�o teve o nome divulgado pela pol�cia, prestaram depoimento. O delegado ainda espera a conclus�o de laudos periciais feitos no local do rompimento.
Essa � a segunda vez que Bustamante pede a dila��o do prazo das investiga��es. Em 4 de dezembro, um dia antes da data prevista para o encerramento do inqu�rito, a Justi�a concedeu a extens�o at� este s�bado. J� foram confirmadas 17 mortes na trag�dia. Outras duas v�timas, Ailton Martins dos Santos, de 55 anos, e Edmirson Jos� Pessoa, de 48, ambos funcion�rios terceirizados da Samarco, seguem desaparecidas.
Lama em abrolhos
A Samarco divulgou nova nota no in�cio da tarde desta sexta-feira em que afirma ser "muito baixa" a probabilidade de a mancha de rejeitos de min�rio da Barragem do Fund�o ter atingido o arquip�lago de Abrolhos, no litoral sul da Bahia. Depois de distribuir texto pela manh� em que admitia acreditar que a mancha detectada pelo Ibama era origin�ria da mistura de lama e rejeitos liberada com o rompimento da barragem em Mariana, a mineradora sustenta, agora, que novos dados indicam o contr�rio.
"Dados sobre a dire��o de ventos e intensidade de mar�s registrados nos �ltimos dias apontam para uma probabilidade muito baixa de deslocamento da pluma de turbidez do litoral de Linhares (ES) at� o Arquip�lago de Abrolhos. A empresa mobilizou equipes para a coleta de amostras que ser�o avaliadas em laborat�rio", diz trecho da nota mais recente.
Audi�ncia p�blica
Na pr�xima segunda-feira, deputados da Comiss�o Extraordin�ria das Barragens da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) v�o realizar uma audi�ncia �s 10h. No encontro ser� discutida a regularidade do licenciamento ambiental, a fiscaliza��o e as consequ�ncias legais, ambientais e humanas decorrentes do rompimento da Barragem de Fund�o.