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Estado de Minas

Sobrevoo n�o detecta lama em Abrolhos, mas turismo sente efeitos

De acordo com representantes de prefeituras da regi�o, j� houve cancelamento de reservas em pousadas por causa do risco de que a mancha de turbidez avance


postado em 09/01/2016 06:00 / atualizado em 09/01/2016 07:53

Equipe do governo baiano sobrevoou ontem o Parque Nacional de Abrolhos e não localizou mancha(foto: Divulgação/Prefeitura Municipal de Caravelas)
Equipe do governo baiano sobrevoou ontem o Parque Nacional de Abrolhos e n�o localizou mancha (foto: Divulga��o/Prefeitura Municipal de Caravelas)

Destino tur�stico de milhares de viajantes todos os anos, o balne�rio de Abrolhos, no Sul da Bahia, j� come�ou a sentir os efeitos negativos no setor diante da possibilidade da chegada da lama que vazou da Barragem do Fund�o, em Mariana, na Regi�o Central de Minas, e seguiu em dire��o ao litoral brasileiro. De acordo com representantes de prefeituras da regi�o, j� houve cancelamento de reservas em pousadas por causa do risco de que a mancha de turbidez avance para Abrolhos. Na quinta-feira, o Ibama detectou em sobrevoo uma mancha seguindo em dire��o paralela � costa. “Temos quase certeza de que essa lama vem da barragem”,  disse a presidente do Instituto, Marilene Ramos, na quinta-feira. Ontem, a constata��o foi rebatida em segunda vistoria a�rea. Equipe formada por representantes do governo baiano, entre eles o secret�rio de Estado de Meio Ambiente, Eug�nio Spengler, e de prefeituras do Extremo Sul do estado, n�o detectou nenhum tipo de sedimento vis�vel que se assemelhe � lama que vazou da barragem da Samarco e chegou litoral capixaba, vinda pelo Rio Doce.

Apesar disso, os �rg�os ambientais envolvidos no monitoramento da lama v�o analisar amostras de �gua coletadas na regi�o do Parque Nacional de Abrolhos para confirmar ou n�o a presen�a dos rejeitos de min�rio no mar naquela localidade. “Existe uma preocupa��o da C�mara de Turismo da Costa das Baleias (que representa o setor no Sul da Bahia) sobre a repercuss�o negativa da chegada da lama, caso ela ocorra. Mas queremos rebater isso, porque o litoral est� com �gua limpa e �tima cor”, afirmou o secret�rio de Meio Ambiente de Caravelas, F�bio Negr�o. Coordenador da C�mara, o turism�logo e empres�rio Wander Noronha confirma o receio. “O setor vive uma apreens�o sobre o que vai acontecer, porque o acidente teve uma magnitude muito grande e h� uma preocupa��o sobre o efeito negativo desse vazamento”, afirma. Ele adianta, no entanto, que a dist�ncia da foz do Rio Doce at� Abrolhos � muito grande e o material deve se dissolver sem atingir o balne�rio.

As amostras de �gua foram recolhidas ontem por t�cnicos do Instituto Chico Mendes de Conserva��o da Biodiversidade (ICMBio), ligado ao Minist�rio do Meio Ambiente, e o resultado das an�lises deve ficar pronto em at� 10 dias. “Somente ap�s as an�lises poderemos comprovar se a lama da barragem avan�ou para Abrolhos. Mas h� ind�cios de que isso possa ter ocorrido”, disse F�bio Negr�o. O secret�rio afirmou, no entanto, que o aspecto visual da �gua em Abrolhos � bom e que n�o h� motivos para suspender a visita��o ao balne�rio e nem �s prais do Sul do estado.

O sobrevoo de ontem foi feito entre o munic�pio de Mucuri e o distrito de Trancoso, pertencente a Porto Seguro. De acordo com o secret�rio de Meio Ambiente de Caravelas, F�bio Negr�o, que esteve presente nas duas ocasi�es, a mancha identificada na quinta-feira n�o tinha caracter�sticas de mar� ou de dragagem, que podem ser resultado de movimenta��es na costa. “A mancha n�o ia na dire��o da praia. Estava correndo paralelamente ao continente”, disse.

Ontem, a Samarco divulgou nova nota em que afirma ser “muito baixa” a probabilidade de a mancha de rejeitos de min�rio da Barragem do Fund�o ter atingido o arquip�lago de Abrolhos. Depois de distribuir texto pela manh� em que admitia acreditar que a mancha detectada pelo Ibama era origin�ria da mistura de lama e rejeitos liberada com o rompimento da barragem em Mariana, a mineradora sustentou, mais tarde, que novos dados indicavam o contr�rio. “A empresa tamb�m mobilizou equipes para a coleta de amostras que ser�o avaliadas em laborat�rio”, diz trecho da nota.

A mineradora informou ainda que n�o existe vazamento na barragem de Fund�o e Santar�m, mas que, em fun��o das chuvas neste per�odo, ocorre movimenta��o de rejeitos s�lidos. A empresa est� executando obras para refor�o das estruturas remanescentes bem como constru��o dos diques de conten��o de rejeitos.

INVESTIGA��O J� est� nas m�os da Justi�a em Mariana o pedido da Pol�cia Civil de dila��o do prazo da investiga��o da trag�dia com a barragem de Fund�o, da empresa Samarco – controlada pela Vale e a BHP Billinton. O rompimento da mina deixou 17 pessoas mortas, duas desaparecidas e � considerada a maior trag�dia ambiental do Brasil. Essa � a segunda vez que a corpora��o pede mais tempo para apurar as causas e responsabilidades do evento. “A apura��o depende de laudos complexos que levam tempo para serem conclu�dos”, justificou o delegado Rodrigo Bustamante, respons�vel pelo caso.


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