Copasa prev� constru��o de duas represas no Norte do estado para enfrentar seca

A amea�a do racionamento de �gua foi afastada na Grande BH no fim do ano passado com o in�cio das opera��es da capta��o de �gua no Rio Paraopeba. No entanto, oito cidades e um distrito de Minas Gerais entraram em 2016 ainda com rod�zio no abastecimento, algumas at� sem previs�o para acabar. A seca no interior, sobretudo no Norte de Minas, � o objetivo n�mero um da Copasa neste ano, segundo a diretora-presidente da empresa, Sinara Meireles, declarou ontem em entrevista ao Estado de Minas. “Temos um grupo que est� avaliando a situa��o. H� munic�pios que a fonte de capta��o simplesmente secou completamente e, sem outra op��o, tivemos de usar caminh�es-pipa. Nosso grande desafio neste ano ser� encontrar solu��es duradouras e n�o paliativas”, disse.

Entre as a��es pretendidas, est� a perfura��o de po�os e purifica��o de �gua salobra e a constru��o de duas grandes represas, como a Barragem de Juramento, em Montes Claros, e a Barragem de Mato Verde, no munic�pio de mesmo nome, ambas no Norte do estado.

Capit�o En�as, Ipaba, Medina, Montes Claros, Ouro Verde de Minas, Pot�, Rubim, Taiobeiras e Alto Maranh�o, distrito de Congonhas, integram a lista da Copasa de cidades com problemas no abastecimento. A maioria adotou o rod�zio no �ltimo trimestre do ano passado.

Somente nesta semana, Montes Claros, maior cidade do Norte de Minas, teve que reduzir a vaz�o do principal reservat�rio, a Barragem de Juramento, de 600 para 400 litros por segundo e adotar um racionamento mais rigoroso. De acordo com o superintendente Operacional Norte da Copasa, Roberto Botelho, o rod�zio, que ocorria a cada dois dias, agora � di�rio, atingindo toda a cidade por oito ou 10 horas.

Para tentar solucionar o problema, a cidade est� trabalhando com uma capta��o transit�ria, al�m de po�os tubulares profundos. As instala��es come�am a funcionar na quinta-feira. “A capta��o est� pronta para operar hoje. A gente tem coletado �gua abaixo da Barragem de Juramento, pegando aquilo que os cursos d’�gua fornecem, e montamos uma capta��o sazonal”, explica Botelho. “Ela funciona s� no per�odo chuvoso. Temos uma outorga para us�-la de outubro a mar�o, e depende muito da capta��o. Havendo chuva, bombeamos e preservamos a barragem”.

Os po�os tubulares profundos ser�o 18, dois ligados hoje. “Os po�os est�o sendo interligados � rede de distribui��o, j� com tratamento convencional, para suprir a queda na capacidade de produ��o”, diz Botelho, ressaltando que a chegada das chuvas ser� fundamental para melhorar a situa��o, e pedindo que a popula��o continue a economizar �gua.

CAMINH�ES-PIPA Taiobeiras, tamb�m no Norte do estado, sofre com o desabastecimento. “O fato aqui n�o � nem racionamento. A �gua acabou j� tem praticamente dois meses. A cidade est� sendo abastecida por caminh�o-pipa, que joga direto na central da Copasa e cai na rede”, explica o prefeito Danilo Mendes Rodrigues. Segundo ele, a expectativa � de que a chuva que atingiu a Regi�o do Rio Pardo na �ltima ter�a-feira ajude a capta��o. “A gente espera mais chuva para ver se normaliza. A que caiu foi suficiente para levar �gua � capta��o, mas ela ainda n�o tem o volume todo. A cidade tem 33 mil habitantes e maioria mora na �rea urbana. O consumo � alto”.

Caratinga, na Regi�o do Rio Doce, teve o rod�zio suspenso temporariamente em 5 de janeiro. “A vaz�o do C�rrego do Lage, manancial utilizado pela companhia para o fornecimento p�blico de �gua, est� satisfat�ria e o fornecimento de �gua ocorre normalmente em toda a cidade”, esclareceu a Copasa, por meio de nota. “No entanto, o rod�zio poder� ser retomado caso haja um prolongado per�odo de seca em janeiro”, informou a empresa.