
Segundo o diretor de �reas Protegidas do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Henri Collet, t�o logo recebeu a informa��o, uma equipe do parque foi deslocada para tentar retirar a anta, embora sem sucesso. “Essa � a primeira identifica��o de um animal morto na lama, aqui na regi�o”, disse Henri Collet. Ele se mostrou preocupado com a cena, pois a reserva ambiental, que faz divisa ao longo de 42 quil�metros com o Rio Doce, abriga on�as, capivaras e outros bichos.
“Sem condi��es de sair do atoleiro, devido aos bancos de areia movedi�a em que se tornaram as margens do rio, o mam�fero acabou morrendo. Na tentativa de beber �gua, a fauna pode se tornar presa f�cil da lama que tomou conta do curso-d’�gua”, lembrou o diretor.
O atoleiro fica perto do local conhecido como Ponte Perdida, uma estrutura antiga dentro dos limites do Parque Estadual do Rio Doce e onde h� uma centro de pesquisa. O diretor explicou que os remansos, que podem ser entendidos como trechos nas margens, se tornaram pontos movedi�os numa longa extens�o. “S�o pontos formados por grande quantidade de �gua, embora aparentemente seguros, pois est�o com uma camada de lama. Quem viu, na tev�, o bombeiro se atolando em Bento Rodrigues, pode visualizar melhorar o cen�rio movedi�o”, afirmou.
No dia a dia, os animais que vivem no parque e entorno costumam atravessar as matas para buscar �gua e alimentos perto do rio. No entanto, disse o diretor, a lama que vazou da mineradora Samarco, em 5 de novembro, culminando no maior desastre socioambiental do pa�s, formou uma camada que n�o desceu ainda completamente para o fundo do rio.