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Estado de Minas

Para deputados, h� risco de novos deslizamentos na Barragem do Fund�o

Comiss�o de parlamentares visitou local onde, na quarta-feira, houve movimenta��o de cerca de um milh�o de metros c�bicos de lama e rejeitos. Em resposta, a Samarco disse que o deslocamento de rejeitos j� era esperado


postado em 29/01/2016 19:12 / atualizado em 31/01/2016 09:50

Comissão de deputados fez visita ao local de movimentação de lama em barragem da Samarco(foto: Flávia Barros/Assessoria Agostinho Patrus Filho/Divulgação)
Comiss�o de deputados fez visita ao local de movimenta��o de lama em barragem da Samarco (foto: Fl�via Barros/Assessoria Agostinho Patrus Filho/Divulga��o)
O risco de uma nova movimenta��o, com chances de causar rompimento e deslizamento de lama e rejeitos, nas barragens da mineradora Samarco em Mariana, na Regi�o Central de Minas, � iminente e prov�vel. A constata��o foi feita por deputados da Comiss�o Extraordin�ria das Barragens, da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que visitaram, nesta sexta-feira, o local, na Barragem do Fund�o, onde cerca de um milh�o de metros c�bicos de rejeitos se movimentaram na quarta-feira.

Na an�lise sobre a movimenta��o de lama e rejeitos que passou pela Barragem do Fund�o e chegou � de Santar�m, o deputado e presidente da comiss�o Agostinho Patrus Filho (PV), alertou para o risco de novos deslocamentos de rejeitos das barragens. "Outros milh�es de metros c�bicos ainda est�o depositados l�, tamb�m sob o risco iminente de um rompimento. Esse risco aumenta cada vez mais com o volume das chuvas, que tem sido muito expressivo nas �ltimas semanas" disse o parlamentar.

Ainda segundo o deputado, cerca de 24 milh�es de metros c�bicos de lama ainda podem escorrer da Barragem de Fund�o, o que pode ocasionar mais danos �s outras duas estruturas, de Santar�m e Germano. Questionado se o restante de lama pode escorrer, Patrus Filho confirmou que o risco � real mas que, pelo risco de chegar perto do local, "isso tudo � uma vari�vel que a empresa n�o consegue vislumbrar", comentou. No dia 5 de novembro, com o rompimento da Barragem do Fund�o, cerca de 34 milh�es de metros c�bicos devastaram os locais por onde passaram, causando o maior desastre ambiental do pa�s.

Em nota, a Samarco afirmou que as estruturas das barragens de Germano e Santar�m permanecem est�veis e que s�o monitoradas 24 horas por dia, sete dias por semana. Conforme o texto, a movimenta��o de quarta-feira foi causada por causa das chuvas na regi�o e que as defesas civis de Mariana e Barra Longa foram imediatamente informadas. Na contram�o do discurso da mineradora, controlada pela Vale e BHP Billiton, o deputado classificou o momento como grave e disse que a Samarco passa por dificuldades agravadas com as chuvas e o terreno com eros�o.

"Parte da lama que correu era tamb�m utilizada para sustenta��o do dique de Sela, que agora est� descoberto, �ngreme, sem nenhuma lama no seu p�", afirmou Patrus Filho. O parlamentar disse tamb�m que a situa��o gera mudan�as no progn�stico de recupera��o do dique e tamb�m no aumento de risco do seu rompimento. "N�s j� conversamos com eles e pedimos percentuais de seguran�a de cada dique, para termos seguran�a do n�o colapso das estruturas existentes, pois essa sim podem causar um imenso dano caso se rompam", completou.

Para o relator da comiss�o, deputado Rog�rio Correia (PT), o deslocamento ocorrido na quarta-feira pode ter afetado a estrutura dos diques de Sela e Tulipa, pertencentes � Barragem do Fund�o, e que seguram os rejeitos na Barragem de Germano, que � duas vezes maior que a do Fund�o. Na avalia��o do parlamentar, � poss�vel que o �ndice de estabilidade de Germano tenha sido afetado, uma vez que o deslocamento aconteceu pr�ximo aos diques. Na segunda-feira, a comiss�o estar� em Bento Rodrigues para ouvir as popula��es atingidas e verificar os diques que est�o sendo feitos abaixo da Barragem de Santar�m, para conten��o da lama.

Movimenta��es j� eram esperadas
Em resposta, a Samarco informou que "as movimenta��es, como a que ocorreu na quarta-feira, j� eram esperadas devido ao volume de massa remanescente na barragem de Fund�o e a quantidade de chuva registrada neste per�odo, muito superior � m�dia hist�rica. Como refer�ncia, de outubro at� o momento, j� foram registrados 1228 mm de chuva na regi�o; 647 mm em janeiro e, nas 24 horas anteriores ao ocorrido, 65mm."

A mineiradora informou ainda que  constru��o dos diques de conten��o de sedimentos abaixo da barragem de Santar�m, iniciadas logo ap�s o acidente, j� contemplava este tipo de ocorr�ncia. "Movimenta��es de lama como a ocorrida na quarta-feira n�o impactam a barragem principal de Germano, cuja estrutura est� est�vel. J� em rela��o a Santar�m, desde o acidente com a barragem de Fund�o essa estrutura tem recebido obras de refor�o e sua situa��o � de estabilidade", afirma.


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