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Estado de Minas

Integrantes de cinco blocos de BH falam da diversidade do carnaval; veja a programa��o

Capital j� vive clima de carnaval e milhares de pessoas querem cair na folia antes da abertura oficial. Integrantes de grupos reafirmam aspecto coletivo da festa


postado em 03/02/2016 06:00 / atualizado em 03/02/2016 10:56

Participantes de cinco blocos de BH falam da experiência, desafios e alegrias de se fazer carnaval em BH e da importância de compartilhar espaços públicos (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A PRESS )
Participantes de cinco blocos de BH falam da experi�ncia, desafios e alegrias de se fazer carnaval em BH e da import�ncia de compartilhar espa�os p�blicos (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A PRESS )


De hoje at� a quarta-feira de cinzas, os belo-horizontinos estar�o “abandonados entre uma baiana, uma eg�pcia”, como t�o bem descreveu Carlos Drummond de Andrade no poema Um homem e seu carnaval. Esbarrar�o com algu�m trajando brilho em rosa e amarelo, com azuis e suas penas de pav�o, com os bronzeados � la Timbalada ou com as coloridas dan�arinas de ax� de raiz. Com ao menos 250 blocos desfilando pelas ruas da capital e 1,6 milh�o de foli�es, BH entra de vez no universo da fantasia. Hoje, a festa ser� aberta pelo Bloco Chama o S�ndico, que arrasta multid�o ao som de Tim Maia e Jorge Ben Jor. Fitas, cores e um caldeir�o de ritmos musicais s�o o passaporte para essa dimens�o momesca. Ser� poss�vel ver Homens-Aranha nas padarias, Brancas de Neve pelas pra�as e Mulheres-Gato espalhadas pelos quatro cantos da cidade. E, mesmo com desafios na infraestrutura, apresentados pelo poder p�blico, os blocos est�o prontos para a folia.


"Dif�cil definir o carnaval (de BH) em uma coisa s�", Di Souza, do Ent�o, Brilha! (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A PRESS )
O Estado de Minas conversou com integrantes de cinco blocos que tiram milhares de foli�es do ch�o. Laila Heringer, de 32 anos, do Tchanzinho Zona Norte; Rafael Gon�alves, de 30, do Pena de Pav�o de Krishna; Peu Cardoso, de 28, do Baianas Ozadas; Di Souza, do Ent�o, Brilha!; e Marcela Pieri, de 26, do Juventude Bronzeada, permitiram � reportagem acompanhar o ritual de transforma��o para cair na folia. O encontro ocorreu na Rua Sapuca�, no Bairro Floresta, na Regi�o Leste de BH. Para os jovens, que s�o alguns dos idealizadores dos blocos, o ritual de fantasiar-se � um compromisso com a cidade. � saber que muita gente de BH, e de alguns anos para c� do estado tamb�m, est� de olho nos caminhos que eles apontam. Milhares brincar�o o carnaval ao som do timbau, tambores e todos os instrumentos que eles tocam, mas todos fazem quest�o de refor�ar o aspecto coletivo da festa, pol�tico e de ocupa��o do espa�o p�blico “�s vezes, as pessoas caem no equ�voco de identificar a cara do carnaval como se fosse a alian�a de quatro, cinco, 10 blocos. O carnaval � feito por mais de 250 blocos. O Brilha � mais um que est� engajado na for�a do brilho e na miss�o de levar alegria, subjetividade e positividade para as pessoas. Dif�cil definir o carnaval em uma coisa s�”, ressalta Di Souza.

"Momento diferente, harm�nico e mais tranquilo", Rafael Gon�alves, do Pena de Pav�o de Krishna (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Os cinco dos mais conhecidos blocos de Belo Horizonte criaram liga informal para acompanhar as demandas da explos�o do carnaval e superar problemas de infraestrutura comuns a todos. O primeiro ato em comum foi a organiza��o de uma festa para arrecadar fundos. Agora, cotizar�o o recurso para pagar o trio el�trico e sistema de sonoriza��o, que ser�o compartilhados pelo Tchanzinho Zona Norte (sexta-feira), Ent�o, Brilha! (s�bado); Pena de Pav�o de Krishna (domingo), Baianas Ozadas (segunda-feira), e Juventude Bronzeada (ter�a-feira). “Faremos uma festa maior. A gente usa o mesmo carro, o mesmo som, mas cada bloco tem sua identidade”, diz Rafael, do Pena de Pav�o.

“O carnaval de Belo Horizonte � um momento de encantamento, que � promovido e vivenciado pelas pessoas. Momento de a gente se permitir usar a cidade para o nosso desfrute, para o nosso lazer”, define Laila, do Tchanzinho. Ela adianta que o bloco reafirma a tradi��o de dar vez � est�tica Zona Norte. “Vamos trazer a baixa categoria, baixa gastronomia, tudo da regi�o afastada do eixo Centro-Sul”, afirma. O bloco sai no Jaragu�.

No s�bado � dia de acordar cedo, �s 7h, para a concentra��o do Ent�o, Brilha! na Rua Guaicurus. O bloco promete novidades. A bateria de 400 ritmistas contar� com os refor�os de naipe de vozes e de sopros. “Quem quiser pode cantar no Ent�o, Brilha! Teremos v�rios microfones.Somos um bloco de ax� music, mas nunca nos limitamos. Teremos m�sica de desenho animado, trilha de filme, como Pulp Fiction, e Daniela Mercury. Quem quiser pode levar o trombone de metal, de pl�stico ou de vento, tanto faz”, sugere Di Souza.

TRANSCENDETAL Para quem vem na maratona do ax�, o domingo ser� o momento para uma experi�ncia transcendental. “� um momento bem distinto.Come�a com um piquenique. Em tr�s anos, fomos agraciados com os hare khrisnas. Momento diferente. Tem um zelo, momento de respiro, harm�nico e mais tranquilo”, antecipa Rafael. Para ele, o carnaval belo-horizontino se consolida como uma festa de encontros. “O carnaval � um encontro de muitas pessoas a fim de fazer as coisas acontecerem na cidade. Moro em Raposos, mas estou sempre presente”, completa.

"Podem esperar muita gente de turbante, saia e blusas brancas", Peu Cardoso, do Baianas Ozadas (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A PRESS )
Na segunda-feira, � dia de uma onda branca tomar a cidade. O Baianas Ozadas vem com suas saias, turbantes e colares. Este ano em homenagem aos Doces B�rbaros – Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Beth�nia e Gal Costa. A expectativa � que a bateria venha com pelo menos 500 ritmistas. “Podem esperar muita gente de turbante, saia e blusas brancas”, diz o m�sico Peu Cardoso. O bloco, que surgiu como uma ala em 2012, se tornou independente no ano seguinte e, de l� pra c�, ano a ano quebra o recorde de p�blico.

No terceiro ano de folia, o Juventude Bronzeada homenagear� a cantora Daniela Mercury. “No nosso carnaval, vamos propor quest�es que s�o caras de maneira l�dica, com muita cor, com muito ax�”, disse Marcela Pieri. No primeiro ano, os jovens que pintam os corpos de branco com s�mbolos da Timbalada atra�ram 500 foli�es. No ano seguinte passou para 7 mil e, para este ano, esperam 15 mil adoradores do ax�, que abusar�o do suingue pelas ruas do Floresta na ter�a-feira de carnaval.

Pol�mica na escolha dos jurados

A escolha dos jurados para o desfile das escolas de samba e blocos caricatos em Belo Horizonte gerou pol�mica. Todos os jurados v�m do Rio de Janeiro. Os desfiles ser�o realizados na Avenida Afonso Pena, no Centro, nos dias 8 e 9. Na segunda, 10 blocos caricatos se apresentam e, na ter�a, ser� a vez de seis escolas de samba. “Vamos fazer um teste. Nos anos anteriores, eram jurados da cidade”, lembrou o presidente do bloco Estivadores do Hava�, Juolison Mangabeiras. Ele acredita que a experi�ncia dos jurados poder� contribuir para melhor avalia��o dos quesitos.

"Vamos propor quest�es que s�o caras de maneira l�dica", Marcela Pieri, do Juventude Bronzeada (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A PRESS )
Depois de um longo per�odo sendo realizado na Via 240, o desfile das escolas de samba voltou ao Centro em 2014. “Depois que voltou � Avenida Afonso Pena, o carnaval est� crescendo. Esperamos que haja um p�blico ainda maior este ano”, diz Mangabeiras. O carnavalesco ressalta que as escolas e blocos caricatos, a cada ano, investem mais na qualidade dos adere�os, alegorias e figurinos. A assessoria de imprensa da Belotur informou que a escolha dos jurados atendeu � reivindica��o das escolas e blocos caricatos. (MMC)

AGENDA
Hoje
Chama o s�ndico

18h - Um poderoso trio-el�trico enriquecido com naipe de metais e bateria fazem o som de primeira do bloco que toca m�sicas do Tim Maia e Jorge Ben Jor. O bloco � um dos principais do carnaval da capital e est� na vanguarda da festa.

Amanh�
RODA DE TIMBAU

17h - Formado por um coletivo de estudos de ritmistas participantes dos blocos do carnaval de rua de Belo Horizonte, interessados em aprofundar e difundir o conhecimento sobre o universo da m�sica afro-baiana a partir do timbau. O bloco desponta como grande destaque da quinta-feira de pr�-carnaval e � uma certeza de m�sica criativa.


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