
Nas abordagens durante a��es gerais da pol�cia no m�s passado, 39 pessoas foram flagradas alcoolizadas, em diferentes teores, e encaminhadas � Pol�cia Civil. N�o h� dados para recusas do teste do baf�metro no per�odo. Em rela��o �s 5.718 abordagens espec�ficas da campanha “Sou pela vida” de janeiro de 2014, 91 pessoas foram flagradas alcoolizadas e conduzidas ao delegado de plant�o. Outras 36 foram levadas � delegacia por recusarem o baf�metro.
A Seds sustenta que nos primeiros 11 meses do governo Fernando Pimentel (janeiro a novembro de 2015) houve redu��o de 35% das mortes no tr�nsito de Belo Horizonte em compara��o com o mesmo per�odo de 2014. J� as batidas com pelo menos uma pessoa em estado grave ou inconsciente ca�ram 15,2%. “Esses resultados atestam que as a��es do Sistema de Defesa Socia na preven��o de acidentes e repress�o de il�citos no tr�nsito, dos quais a embriaguez ao volante faz parte, est�o na dire��o correta. Uma boa parte desse esfor�o � realizado pela PM diuturnamente, em abordagens que incluem a verifica��o da embriaguez ao volante”, afirma a pasta, em nota.
Ainda segundo a Seds, as blitzes integradas espec�ficas para a Lei Seca foram lan�adas “h� alguns anos, com o intuito, aparentemente, de dar visibilidade midi�tica para a repress�o da embriaguez ao volante”, e o pr�prio governo anterior abandonou essa estrat�gia, realizando apenas 17 opera��es do tipo em todo o �ltimo ano de sua gest�o (2014). Por�m, a informa��o � rebatida por fontes da PM que comandavam a corpora��o no governo anterior, embora tenham confirmado redu��o das opera��es ainda em 2014, a partir de junho, por decis�o do ent�o governador Alberto Pinto Coelho, para fortalecer o policiamento ostensivo em raz�o da realiza��o da Copa do Mundo. Ap�s o mundial, quest�es financeiras pesaram na manuten��o do esquema integrado que se assemelhava ao modelo aplicado no Rio de Janeiro e considerado o melhor do pa�s.
O tenente-coronel Gl�ucio Porto Alves, que chefia atualmente o BPTran, diz que as blitzes espec�ficas para flagrarem motoristas alcoolizados tamb�m perderam for�a devido �s outras atribui��es do batalh�o. “Houve uma s�rie de demandas al�m dessa interven��o que � a Lei Seca. N�s tamb�m temos outras opera��es focadas no combate � criminalidade, nas quais h� interven��o de tr�nsito. Ent�o, de acordo com a necessidade operativa, temos que concentrar nossos esfor�os em outras interven��es”, afirma o militar. Por�m, ele garante que a recomenda��o do comando atual da PM � no sentido de intensificar o uso do baf�metro nas ruas da cidade, mesmo que essa a��o n�o signifique a volta das opera��es integradas, atual sinaliza��o da secretaria que abriga as for�as de seguran�a p�blica do estado. “Nossa ideia � que ela tenha toda a for�a do seu in�cio. � uma atividade que � muito bem vista pela sociedade e provoca uma seguran�a objetiva para o cidad�o”, diz o militar.
MENOS VISIBILIDADE O mestre em sociologia Eduardo Biavati, especialista em educa��o e seguran�a no tr�nsito, considera que a redu��o das opera��es espec�ficas de cumprimento da Lei Seca tamb�m foi verificado em outras capitais do pa�s e acaba sendo um reflexo de limita��es financeiras, j� que essas a��es t�m um custo alto de pessoal, equipamentos, viaturas, entre outros. Fato que ele lamenta, j� que experi�ncias bem sucedidas fora do Brasil normalmente est�o amparadas em ostensividade para garantir mudan�a de comportamento. “O que importa � a consolida��o da percep��o de que a opera��o est� em todo lugar. Isso a gente s� consegue sendo ostensivo, p�blico, presente e duradouro. Esse � o elemento crucial para a mudan�a de comportamento. No Rio de Janeiro, por exemplo, h� mais de seis anos as opera��es passaram a ser ostensivas e as pessoas t�m a sensa��o que v�o ser pegas se descumprirem a lei”, diz o especialista.