Segundo o policial, os tumultos e crimes n�o s�o privil�gio do carnaval. “Qualquer evento realizado na Savassi toma propor��o acima do esperado. Vale ressaltar que o Bairro Savassi est� cercada pelo Aglomerado da Serra e a (favela do) Papagaio, o que contribui para o aumento de crimes neste per�odo”, disse. Segundo moradores e comerciantes, os quarteir�es fechados das ruas Tom� de Souza, entre as avenidas Get�lio Vargas e Crist�v�o Colombo, e Ant�nio de Albuquerque, entre Avenida Crist�v�o Colombo e Rua Alagoas, foram os que mais tiveram registros de crimes. “Mesmo com a cavalaria, a gente via brigas e arrast�es. Uma correria no meio da multid�o provocada por quem queria roubar. Vi um rapaz apanhar tanto que ficou no ch�o todo bambo, uma cena de selvageria”, observa o comerciante Jo�o Pimenta, que � dono de um bar da regi�o.
O comerciante confirma a avalia��o do comandante do policiamento de que, � noite, os perigos s�o maiores na Savassi. “Era bem distinto. De manh� e de tarde, frequentava a Savassi quem queria ficar numa boa, na alegria e na paz. Era s� escurecer que apareciam os ‘zumbis’, aqueles grupos de 30 mal-encarados que aprontavam, tocando funk e fazendo os arrast�es. Tinha tamb�m os vendedores ambulantes ilegais que trouxeram muito preju�zo para os comerciantes que pagam impostos”, reclama Jo�o, que aponta ainda preju�zos provocados por picha��es na regi�o. “Todo final de festa � mais problem�tico, pois as pessoas j� fizeram o uso de bebidas alco�licas por um tempo muito grande e � nessa hora que as brigas acontecem. Trabalhei na ter�a-feira na Savassi e posso dizer que comparando com o ano passado, tivemos menos problemas. �s vezes, as pessoas sa�am correndo, mas nem sempre era um arrast�o. L�gico que ocorreram arrast�es, mas muito menos que no ano de 2015”, disse o major Renato Gil, que n�o apresentou dados estat�sticos, que, segundo o policial, ainda seriam consolidados.
Um dos poucos quarteir�es que escaparam de ter portas e paredes pichadas, sujas de urina e lixo foi o da Rua Ant�nio de Albuquerque, entre a Avenida Crist�v�o Colombo e Rua Para�ba. O motivo � a contrata��o de seguran�as particulares pelos pr�prios comerciantes. “Depois da Copa do Mundo, aprendemos a nossa li��o e refor�amos a seguran�a com vigilantes. Cada comerciante contratou dois e assim os problemas diminu�ram bastante. Se a gente n�o tivesse feito isso e dependesse da seguran�a p�blica, acho que ter�amos os mesmos problemas aqui”, disse Ana L�cia Gomes Melo, que trabalha num restaurante de comida nordestina.
Sobre as reclama��es de roubos de telefones celulares, o comandante do policiamento da Savassi avalia n�o ser um crime exclusivo da regi�o e diz que os registros podem ser enganosos, apesar de muitos relatos de roubos. “No carnaval, muitas pessoas, por estarem sob o efeito de bebida alco�lica, perdem celulares e documentos pessoais, mas como as empresas s� fazem o ressarcimento com ocorr�ncia de roubo, as pessoas registram perdas como roubos”, disse. “As pessoas devem seguir as dicas de prote��o que a PM sempre passa e evitar fazer o uso do aparelho no meio da multid�o para n�o virar um alvo em potencial”.