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Estado de Minas

Com arrast�es e furtos no carnaval, Savassi destoa da folia

Regi�o teve ainda portarias e muros transformados em banheiro. Para a Pol�cia Militar, �rea n�o comporta eventos desse porte


postado em 11/02/2016 06:00 / atualizado em 11/02/2016 07:34

Dono de um bar na região, João Pimenta disse ter visto selvageria nas ruas, principalmente à noite(foto: Euler Junior/EM/D.A Press)
Dono de um bar na regi�o, Jo�o Pimenta disse ter visto selvageria nas ruas, principalmente � noite (foto: Euler Junior/EM/D.A Press)
Arrast�es, roubos, furtos, tumultos, ambulantes sem licen�a, constrangimento ao ter muros e portarias transformados em banheiro. Dentro das condi��es atuais, a Savassi n�o est� preparada para receber eventos como o carnaval, que atraiu p�blico em torno de 40 mil pessoas por dia �quele local. A avalia��o � do chefe do policiamento da regi�o, major Renato Salgado Cintra Gil, comandante da 4ª Companhia do 1º Batalh�o da Pol�cia Militar, que ontem fez um balan�o preliminar dos problemas enfrentados pelo bairro, que destoou, no geral, do resto da cidade. “Na minha opini�o, como Comandante da 4ª Companhia, que tem responsabilidade territorial sobre aquele bairro, a Savassi n�o � local para eventos daquela natureza. Talvez um carnaval matutino, com encerramento �s 17h ou �s 18h, pois at� esse hor�rio os problemas s�o bem menores”, afirma. Ontem, passada a festa, comerciantes e moradores cobraram mais seguran�a contra arrast�es, ladr�es de celulares e a��es contra quem, mesmo com banheiros qu�micos � disposi��o, se alivia em p�blico nos passeios e locais de acesso a com�rcios e resid�ncias.

Segundo o policial, os tumultos e crimes n�o s�o privil�gio do carnaval. “Qualquer evento realizado na Savassi toma propor��o acima do esperado. Vale ressaltar que o Bairro Savassi est� cercada pelo Aglomerado da Serra e a (favela do) Papagaio, o que contribui para o aumento de crimes neste per�odo”, disse. Segundo moradores e comerciantes, os quarteir�es fechados das ruas Tom� de Souza, entre as avenidas Get�lio Vargas e Crist�v�o Colombo, e Ant�nio de Albuquerque, entre Avenida Crist�v�o Colombo e Rua Alagoas, foram os que mais tiveram registros de crimes. “Mesmo com a cavalaria, a gente via brigas e arrast�es. Uma correria no meio da multid�o provocada por quem queria roubar. Vi um rapaz apanhar tanto que ficou no ch�o todo bambo, uma cena de selvageria”, observa o comerciante Jo�o Pimenta, que � dono de um bar da regi�o.

O comerciante confirma a avalia��o do comandante do policiamento de que, � noite, os perigos s�o maiores na Savassi. “Era bem distinto. De manh� e de tarde, frequentava a Savassi quem queria ficar numa boa, na alegria e na paz. Era s� escurecer que apareciam os ‘zumbis’, aqueles grupos de 30 mal-encarados que aprontavam, tocando funk e fazendo os arrast�es. Tinha tamb�m os vendedores ambulantes ilegais que trouxeram muito preju�zo para os comerciantes que pagam impostos”, reclama Jo�o, que aponta ainda preju�zos provocados por picha��es na regi�o. “Todo final de festa � mais problem�tico, pois as pessoas j� fizeram o uso de bebidas alco�licas por um tempo muito grande e � nessa hora que as brigas acontecem. Trabalhei na ter�a-feira na Savassi e posso dizer que comparando com o ano passado, tivemos menos problemas. �s vezes, as pessoas sa�am correndo, mas nem sempre era um arrast�o. L�gico que ocorreram arrast�es, mas muito menos que no ano de 2015”, disse o major Renato Gil, que n�o apresentou dados estat�sticos, que, segundo o policial, ainda seriam consolidados.

Um dos poucos quarteir�es que escaparam de ter portas e paredes pichadas, sujas de urina e lixo foi o da Rua Ant�nio de Albuquerque, entre a Avenida Crist�v�o Colombo e Rua Para�ba. O motivo � a contrata��o de seguran�as particulares pelos pr�prios comerciantes. “Depois da Copa do Mundo, aprendemos a nossa li��o e refor�amos a seguran�a com vigilantes. Cada comerciante contratou dois e assim os problemas diminu�ram bastante. Se a gente n�o tivesse feito isso e dependesse da seguran�a p�blica, acho que ter�amos os mesmos problemas aqui”, disse Ana L�cia Gomes Melo, que trabalha num restaurante de comida nordestina.

Sobre as reclama��es de roubos de telefones celulares, o comandante do policiamento da Savassi avalia n�o ser um crime exclusivo da regi�o e diz que os registros podem ser enganosos, apesar de muitos relatos de roubos. “No carnaval, muitas pessoas, por estarem sob o efeito de bebida alco�lica, perdem celulares e documentos pessoais, mas como as empresas s� fazem o ressarcimento com ocorr�ncia de roubo, as pessoas registram perdas como roubos”, disse. “As pessoas devem seguir as dicas de prote��o que a PM sempre passa e evitar fazer o uso do aparelho no meio da multid�o para n�o virar um alvo em potencial”.


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