
Cada bloco saiu de seu local de origem e seguiu rumo � pra�a de transporte p�blico, bike ou a p�. Algumas fus�es divertidas tamb�m s�o comuns e sempre bem-vindas. Este ano surgiu o Pula Garota Bronzeada, que uniu os blocos Pula Catraca!, Garotas Solteiras e Juventude Bronzeada. Na pra�a, apenas festa! O momento mais emocionante � sempre a exposi��o de todos os estandartes no Monumento � Civiliza��o Mineira.
Mariana de Assis Fernandes, de 18 anos, participou da festa e esquentou seu tamborim em ao menos seis blocos no carnaval deste ano. Entre eles: Ent�o, Brilha!, Garotas Solteiras, Pena de Pav�o de Krishna, Juventude Bronzeada e Us Beethoven. O Vira o Santo foi a chance de ela se reunir com os amigos de todos esses blocos. “� uma energia muito boa. A melhor despedida do carnaval”, disse.
Jhonatan Melo, regente e m�sico de diversos blocos, v� o Vira o Santo como uma oportunidade de celebra��o de um movimento constru�do em conjunto. “O carnaval de BH tem uma certa solidariedade. Muitos m�sicos e regentes participam de v�rios blocos. E tem a luta em comum que � a utiliza��o do espa�o p�blico”, disse.
J� o arquiteto Fernando Soares disse que a festa simboliza a resist�ncia dos blocos. “A gente sabe que se dependesse das autoridades n�o teria. O carnaval foi reprimido com bala de borracha em 2010, 2011 e 2012”, lembrou.
Para ele, o encontro dos blocos serve ainda como um aviso para a Prefeitura de Belo Horizonte de que os foli�es n�o v�o aceitar cordas e camarotes na folia. “A gente tem causa sim. � a causa do espa�o p�blico. Convidamos as pessoas para aproveitarem a festa”, defende o arquiteto.

“N�o toc�vamos nada e falamos que seria um encontro de todos os blocos”, lembra S�lvia. Duas edi��es foram realizadas e diante do grande n�mero de pessoas as ruas ficaram estreitas para tamanha folia. O evento acabou migrando para a pra�a no Centro da cidade e virou de “dom�nio p�blico”.
O bloco ainda sai da Rua Cristina, no Santo Ant�nio, pega �nibus, passa pelo Viaduto Santa Tereza – algumas vezes com direito a fotos nos arcos – e encontra com outros tantos na Rua Sapuca�, na Floresta. O nome, al�m de homenagear o bairro de origem, brinca com a simpatia de virar o santo para arrumar namorado e tamb�m para come�ar o ano. “� ainda uma despedida. Virou uma ‘familiona’”, resume S�lvia.
