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Estado de Minas

Vira o Santo: conhe�a a hist�ria do tradicional encontro de blocos de Belo Horizonte

Pra�a da Esta��o foi tomada por milhares de pessoas no encontro de 15 blocos de rua da capital mineira


postado em 14/02/2016 06:00 / atualizado em 14/02/2016 11:00

Emoção na praça: blocos de rua expõem seus estandartes no Monumento à Civilização Mineira durante o Vira o Santo(foto: Marcos Vieira/EM/DA Press)
Emo��o na pra�a: blocos de rua exp�em seus estandartes no Monumento � Civiliza��o Mineira durante o Vira o Santo (foto: Marcos Vieira/EM/DA Press)
“Eu queria que essa fantasia fosse eterna.” Como se fizessem um mantra da m�sica Baianidade nag�, milhares de foli�es de Belo Horizonte se reuniram ontem no j� tradicional Vira o Santo. A Pra�a da Esta��o foi tomada por cores, hinos, bandeiras e amores de ao menos 15 blocos de rua da capital mineira.

Cada bloco saiu de seu local de origem e seguiu rumo � pra�a de transporte p�blico, bike ou a p�. Algumas fus�es divertidas tamb�m s�o comuns e sempre bem-vindas. Este ano surgiu o Pula Garota Bronzeada, que uniu os blocos Pula Catraca!, Garotas Solteiras e Juventude Bronzeada. Na pra�a, apenas festa! O momento mais emocionante � sempre a exposi��o de todos os estandartes no Monumento � Civiliza��o Mineira.

Mariana de Assis Fernandes, de 18 anos, participou da festa e esquentou seu tamborim em ao menos seis blocos no carnaval deste ano. Entre eles: Ent�o, Brilha!, Garotas Solteiras, Pena de Pav�o de Krishna, Juventude Bronzeada e Us Beethoven. O Vira o Santo foi a chance de ela se reunir com os amigos de todos esses blocos. “� uma energia muito boa. A melhor despedida do carnaval”, disse.

Jhonatan Melo, regente e m�sico de diversos blocos, v� o Vira o Santo como uma oportunidade de celebra��o de um movimento constru�do em conjunto. “O carnaval de BH tem uma certa solidariedade. Muitos m�sicos e regentes participam de v�rios blocos. E tem a luta em comum que � a utiliza��o do espa�o p�blico”, disse.

J� o arquiteto Fernando Soares disse que a festa simboliza a resist�ncia dos blocos. “A gente sabe que se dependesse das autoridades n�o teria. O carnaval foi reprimido com bala de borracha em 2010, 2011 e 2012”, lembrou.

Para ele, o encontro dos blocos serve ainda como um aviso para a Prefeitura de Belo Horizonte de que os foli�es n�o v�o aceitar cordas e camarotes na folia. “A gente tem causa sim. � a causa do espa�o p�blico. Convidamos as pessoas para aproveitarem a festa”, defende o arquiteto.

(foto: Marcos Vieira/EM/DA Press)
(foto: Marcos Vieira/EM/DA Press)
COMO TUDO COME�OU O que virou um grande encontro de grupos carnavalescos p�s-carnaval surgiu ainda em 2009, como um bloco do Bairro Santo Ant�nio. S�lvia Herval e Juliano S� tiveram a ideia durante uma festa que reuniu foli�es e m�sicos em um s�bado despretensioso p�s-carnaval.

“N�o toc�vamos nada e falamos que seria um encontro de todos os blocos”, lembra S�lvia. Duas edi��es foram realizadas e diante do grande n�mero de pessoas as ruas ficaram estreitas para tamanha folia. O evento acabou migrando para a pra�a no Centro da cidade e virou de “dom�nio p�blico”.

O bloco ainda sai da Rua Cristina, no Santo Ant�nio, pega �nibus, passa pelo Viaduto Santa Tereza – algumas vezes com direito a fotos nos arcos – e encontra com outros tantos na Rua Sapuca�, na Floresta. O nome, al�m de homenagear o bairro de origem, brinca com a simpatia de virar o santo para arrumar namorado e tamb�m para come�ar o ano. “� ainda uma despedida. Virou uma ‘familiona’”, resume S�lvia.
Ver galeria . 8 Fotos Shirley Pacelli/EM/D.A Press
(foto: Shirley Pacelli/EM/D.A Press )


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