
Outro dado preocupante na epidemia de doen�as relacionadas ao Aedes aegypti � a investiga��o de 31 �bitos por suspeita de dengue. No entanto, at� o momento, oito �bitos provocados pela doen�a foram confirmados pela SES-MG – tr�s em Belo Horizonte; tr�s em Juiz de Fora (Zona da Mata); um em Patroc�nio (Alto Parana�ba); e um em Divin�polis (Centro-Oeste). Neste ano, Minas Gerais contabiliza 62.271 casos prov�veis de dengue. No ano passado, 74 pessoas morreram v�timas da doen�a. Juiz de Fora, com 2.553 casos de dengue, tem o maior n�mero de mortos neste ano. A Secretaria Municipal de Sa�de confirma sete mortes, entretanto quatro ocorr�ncias ainda n�o constam no balan�o da SES-MG.
Em Belo Horizonte, segundo dados do �ltimo balan�o de dengue divulgado pela Secretaria Municipal de Sa�de, s�o mais de 2.916 casos de dengue confirmados. A corrida por atendimentos nas unidades de pronto-atendimento (UPAs) e centros de sa�de da capital elevou a demanda em fun��o de suspeitas de dengue, zika e chikungunya em 40% nas UPAs localizadas nas �reas de maior incid�ncia dos casos suspeitos e em 25% nas demais unidades. Entre as estrat�gias para desafogar o servi�o e dar agilidade ao atendimento, os pacientes da UPA Venda Nova receberam um Centro de Atendimento a Pacientes com Dengue, com cinco cl�nicos.
Tamb�m j� est� funcionando, desde a noite da �ltima sexta-feira, a Unidade de Reposi��o Vol�mica (URV) da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para hidrata��o de pacientes com casos mais complicados de dengue. A sala fica no segundo andar da UPA Odilon Behrens e recebe pacientes que perderam muito l�quido por conta de sintomas como diarreia e v�mito e precisam de uma reidrata��o venosa para se recuperarem mais r�pido. “Para chegar aqui, o paciente � admitido em qualquer unidade de sa�de ou em uma UPA. Se o m�dico definir que ele precisa se reidratar, � candidato a vir pra c�”, afirma a m�dica Paula Martins, membro do Colegiado de Urg�ncia da Secretaria Municipal de Sa�de.

PACIENTES Ontem, uma das pacientes que ocupava um dos 40 leitos dispon�veis era a auxiliar administrativa Sarah Carolina Marques, de 28 anos. A saga da jovem come�ou na ter�a-feira da semana passada, quando sentiu as primeiras dores no corpo, nas articula��es, nos olhos e teve febre alta. Em atendimento na UPA Pampulha, tomou analg�sico, se hidratou e aliviou os sintomas. Por�m, na quinta-feira, a situa��o ficou pior. “Tive diarreia, v�mito e sangramento no nariz e na boca. Voltei para a UPA e fiquei internada at� sexta-feira, onde estiquei um papel�o no ch�o para deitar. N�o tinha onde ficar”, reclama. Mas, no s�bado, teve febre alta novamente e come�ou a ficar tonta. “Por volta de meia-noite, me transferiram para c�. A diferen�a � enorme, tanto no conforto quanto no atendimento”, afirma. Ontem, j� livre das dores no corpo e sem febre, a expectativa era que Sarah fosse liberada, caso os exames apontassem recupera��o de plaquetas, que abaixaram muito por conta da dengue.
Outra paciente que precisou de reidrata��o na veia e por isso foi encaminhada � URV da UPA Odilon Behrens � a comerciante Maib Luciana Gon�alves de Oliveira, de 33, moradora de Contagem, na Grande BH. “No s�bado, stava ardendo em febre e resolvi procurar a UPA Pampulha, em BH. Acabei dormindo no ch�o, dividindo um papel�o com a Sarah, e fui transferida para essa unidade. Acho que s� de chegar aqui j� melhorei”, afirma. Segundo a m�dica Paula Martins, a unidade tem capacidade de expans�o para at� 100 atendimentos simult�neos. Os pacientes mais debilitados ficam em macas. J� aqueles com melhores condi��es, em cadeiras.