
Rafael Henrique, de 21 anos, passou pelo acolhimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Leste, mas desistiu de esperar por uma consulta ao ouvir que poderia esperar at� oito horas. Ele est� com suspeita de dengue. "Eles justificaram essa demora por conta da greve que encheu a UPA. Me orientaram para consumir bastante l�quido. N�o vou esperar", afirma.
Na UPA Leste, a previs�o de atendimento colocada no painel para consultas com um cl�nico geral � de 12 horas. No Centro de Sa�de Mariano de Abreu, Bairro Caetano Furquim, Regi�o Leste de BH, n�o h� m�dicos nesse momento por causa da paralisa��o. A UPA Nordeste, no Bairro S�o Paulo, tamb�m est� lotada, com longas filas de espera.

Mobilizados desde a semana passada, os m�dicos da rede p�blica de sa�de de Belo Horizonte paralisaram o atendimento das 7h desta ter�a-feira at� as 7h de quarta. Somente urg�ncias e emerg�ncias est�o sendo atendidas. Conforme o Sindicato dos M�dicos de Minas Gerais (Sinmed-MG), a categoria reclama da falta de estrutura para receber os pacientes nas unidades de sa�de, al�m da falta de medicamentos b�sicos, como paracetamol, loratadina e buscopan.

Al�m disso, eles pedem a recomposi��o do sal�rio inicial da carreira, recomposi��o dos abonos, adicional de insalubridade, bem como plant�o extrajornada pelo �ndice oficial de infla��o do per�odo entre o �ltimo reajuste desses abonos e o ano atual, entre outras reivindica��es.
A Secretaria Municipal de Planejamento informou que vai divulgar uma nota sobre a situa��o do atendimento e outros detalhes no fim do dia.