Foram abertos tr�s procedimentos de investiga��o para apurar a a��o da Pol�cia Militar (PM) em Itambacuri, no Vale do Rio Doce, que terminou com a morte da idosa Raimunda Pereira da Silva, de 72 anos. Os policiais foram at� a resid�ncia para prender o neto dela, de 19 anos, e um amigo do rapaz, de 23, que s�o apontados como respons�veis pela morte de um vaqueiro, ocorrida no Carnaval, no munic�pio de Campan�rio, na mesma regi�o. Na opera��o, dois militares ficaram feridos. A Ouvidoria de Pol�cia de Minas Gerais pediu esclarecimentos sobre a situa��o.
A a��o aconteceu na �ltima quarta-feira. Raimunda tomou um tiro na barriga e morreu antes de ser socorrida. O marido dela, Geraldo Paulino dos Santos, de 73, acabou preso, assim como o neto deles, Charliano Moreira Dias, e o amigo, Jo�o Carlos Vieira. Na confus�o, um tenente foi esfaqueado na axila e um cabo levou um tiro na boca. Ambos foram socorridos para o Hospital Nossa Senhora dos Anjos, em Itambacuri, e posteriormente foram transferidos para o hospital em Te�filo Otoni.
Assim que os policiais entraram na propriedade, segundo vers�o apresentada pela PM, o idoso se armou com uma espingarda e atirou por uma fresta da porta, acertando o rosto do cabo. Na sequ�ncia, o idoso saiu da casa com uma faca na m�o e foi para cima do tenente, golpeando-o embaixo do bra�o. A PM conseguiu imobilizar o idoso, mas a mulher dele foi para cima dos policiais com a espingarda na m�o e acabou tomando um tiro na barriga. Na propriedade, a PM apreendeu armas, muni��es e o fac�o que feriu o tenente.
Os tr�s procedimentos abertos pela Ouvidoria de Pol�cia de Minas Gerais ser�o apurados junto � Corregedoria da Pol�cia Militar (PM), outro na Promotoria de Direitos Humanos e um terceiro na Promotoria de Controle Externo da A��o Policial de Itambacuri. O ouvidor Paulo Alkimim solicitou documentos e informa��es sobre o cumprimento de mandado. “Consideramos o fato lament�vel, tendo em vista que a a��o violou o artigo quinto da Constitui��o, inciso XI, e o artigo 24 do C�digo do Processo Penal, que deixam muito claro que buscas domiciliares devem ser executadas durante o dia”, afirmou.