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Estado de Minas

Gr�vidas infectadas pelo zika v�rus em Minas ter�o direito a assist�ncia m�dica especial

Com a confirma��o de zika em 14 gestantes em Minas, estado e munic�pios v�o garantir servi�os �s v�timas, como realiza��o de pr�-natal de alto risco em hospitais de refer�ncia


postado em 25/02/2016 06:00 / atualizado em 25/02/2016 07:40

Camila Gonçalves, grávida de sete meses, procurou a Maternidade Odete Valadares, após ter dor nas articulações e de cabeça: apreensão com a possibilidade de contrair zika(foto: Cristina Horta/EM/DA Press)
Camila Gon�alves, gr�vida de sete meses, procurou a Maternidade Odete Valadares, ap�s ter dor nas articula��es e de cabe�a: apreens�o com a possibilidade de contrair zika (foto: Cristina Horta/EM/DA Press)
Com o diagn�stico de zika em m�os, pelo menos 14 gestantes permanecer�o em alerta em Minas Gerais. Depois da confirma��o laboratorial de infec��o pelo v�rus em gr�vidas, divulgada no �ltimo balan�o epidemiol�gico da Secretaria de Estado de Sa�de (SES-MG), o pr�ximo passo � o monitoramento da secretaria junto ao servi�o assistencial dos munic�pios de resid�ncia das gestantes, que ser�o acompanhadas pelos servi�os de refer�ncia em pr�-natal de alto risco. Do total de gr�vidas infectadas, quatro est�o em Coronel Fabriciano (Vale do Rio Doce), duas em Montes Claros (Norte) e duas em Juiz de Fora (Zona da Mata). BH contabiliza um caso, assim como Sete Lagoas (Central), Ub� (Zona da Mata), Uberl�ndia (Tri�ngulo), Pingo D’�gua (Vale do Rio Doce) e Ferros (Central).

Para atender a esses casos, as unidades regionais de sa�de estar�o em contato com os munic�pios para ado��o do Protocolo de Acompanhamento recomendado pelo Minist�rio da Sa�de. Em Coronel Fabriciano, onde est�o concentrado a maioria das ocorr�ncias, a prefeitura informou que est� assegurada � gestante apoio psicossocial, al�m de consulta com m�dico infectologista da rede municipal e obstetra do pr�-natal de alto risco. Em Belo Horizonte, segundo a Secretaria Municipal de Sa�de, as gestantes com confirma��o de infec��o pelo zika ser�o encaminhadas para acompanhamento no Hospital Odilon Behrens (HOB) durante a gesta��o.

Ap�s o parto, caso a crian�a apresente algum problema neurol�gico, inclusive microcefalia, ela ser� acompanhada no Odilon Behrens e no Centro de Treinamento e Refer�ncia em Doen�as Infectocontagiosas e Parasit�rias (CTR/DIP) Orestes Diniz, tamb�m em Belo Horizonte. Em Montes Claros, onde h� dois casos, tamb�m h� garantia de atendimento priorit�rio na realiza��o dos exames e acompanhamento do pr�-natal. A assist�ncia �s gestantes ficar� a cargo da Secretaria Municipal de Sa�de, cabendo ao estado viabilizar apoio e orienta��es ao munic�pio.

A realiza��o do pr�-natal de alto risco na rede de refer�ncia vai garantir um atendimento mais pr�ximo e permitir� maior acesso a informa��es sobre idade gestacional e poss�veis impactos aos fetos. A ginecologista e obstetra da Maternidade Odete Valadares, coordenadora do N�cleo de Ensino e Pesquisa da Maternidade e especialista em reprodu��o humana, Fl�via Ribeiro, explica que este tipo de acompanhamento conta com equipe multidisciplinar, incluindo obstetras, cl�nicos, cardiologistas e pediatras para que seja poss�vel fazer uma discuss�o conjunta e seguir os protocolos.

O pr�-natal de alto risco, segundo a m�dica, pode ter como uma de suas caracter�sticas um intervalo menor entre as consultas, dependendo da idade gestacional e do risco. No entanto, a obstetra lembra que, mesmo sendo verificada a microcefalia durante a gravidez, o controle gestacional n�o � alterado. “Se existe uma altera��o morfol�gica, uma microcefalia, o progn�stico fetal s� � definido depois do nascimento”, esclarece a especialista. Ela lembra o caso de um beb� diagnosticado com microcefalia na gesta��o e que, ap�s o nascimento, n�o teve a condi��o confirmada.

O medo de contrair zika eleva a preocupa��o entre gestantes sem o diagn�stico. A faxineira Camila Gon�alves, de 26 anos, que est� gr�vida de sete meses, procurou a Maternidade Odete Valadares, em BH, depois de ter sintomas semelhantes ao da dengue. “Tive muita dor nas articula��es e dor de cabe�a. S� n�o tive as manchas vermelhas”, afirma.  A possibilidade de contrair dengue ou zika preocupa a gestante, que se protege usando repelente e tomando muita �gua. “Gr�vidas j� ficam muito sens�veis e preocupadas. Prefiro n�o me informar muito sobre a zika para n�o sofrer.”

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)

ANSIEDADE A ginecologista e obstetra Adriana Scavuzzi, coordenadora do Centro de Aten��o � Mulher do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), hospital de refer�ncia de Recife envolvido no acompanhamento de gestantes e de crian�as nascidas com a malforma��o cong�nita, refor�a a necessidade de as gr�vidas infectadas por zika procurarem a rede de refer�ncia para realizar o monitoramento do crescimento do feto. Ela destaca que nem todos os beb�s ter�o microcefalia. “Ainda n�o � poss�vel dizer a porcentagem de beb�s que v�o ter o acometimento, mas com certeza n�o � 100%”, diz.

Para a especialista, essa � uma quest�o que envolve ansiedade, com muitas possibilidade e poucas respostas. “Nesses casos a principal recomenda��o � de que haja um acompanhamento ultrassonogr�fico mais detalhado”, refor�a Adriana. Outro ponto de aten��o � a realiza��o dos exames ap�s o nascimento do beb�, como a medi��o do per�metro cef�lico e tomografia computadorizada, para identifica��o de altera��es internas no c�rebro. “O ultrassom � uma forte suspeita, mas somente depois desses exames, com a crian�a nascida, � que temos o caso confirmado ou descartado.”


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