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Estado de Minas

Em meio ao caos na sa�de, Betim sofre com epidemia de dengue e decreta emerg�ncia

Cidade da Regi�o Metropolitana de BH anuncia situa��o emergencial, ao mesmo tempo em que admite dificuldades financeiras e fechamento de unidades de atendimento


postado em 09/03/2016 06:00 / atualizado em 09/03/2016 07:40

Conter o descarte de lixo em locais inadequados é apenas um dos desafios para a cidade da Grande BH(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Conter o descarte de lixo em locais inadequados � apenas um dos desafios para a cidade da Grande BH (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
A sa�de clama por socorro em Betim, uma das cidades mais populosas do estado, com mais de 400 mil habitantes. Assolado pela epidemia de dengue, o munic�pio decretou ontem situa��o de emerg�ncia por 120 dias para enfrentar as doen�as transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti . De 1º de janeiro a 4 de mar�o, foram 3.762 casos notificados, sendo 778 confirmados. Dados do mesmo per�odo de 2015 n�o foram informados pela prefeitura.

A explos�o de casos chega no momento em que a �rea de sa�de na cidade atravessa caos financeiro. Os restos a pagar de 2015 somam R$ 40 milh�es e, segundo a prefeitura, h� necessidade de um contingenciamento (reten��o de or�amento) de R$ 45 milh�es neste ano para o setor. Diante disso, em plena epidemia a Secretaria Municipal de Sa�de deve anunciar, hoje, o fechamento de unidades de atendimento imediato (UAIs) e unidades b�sicas de sa�de (UBSs).

Uma maternidade deve ser transferida para o hospital regional. “Estamos enfrentando a necessidade de uma reengenharia”, disse o secret�rio de Sa�de, Ras�vel dos Reis, ponderando que a pasta n�o medir� esfor�os para reverter a situa��o. Ele atribui as mudan�as � queda na arrecada��o tribut�ria, reflexo da crise econ�mica que enfrenta o pa�s.

“Em 2015, a redu��o das receitas correntes foi de R$ 167 milh�es (10% entre o or�ado e o realizado)”, completou o secret�rio de Finan�as, Planejamento e Gest�o, Gustavo Palhares. Diante desse recuo, o munic�pio foi obrigado a decretar, tamb�m ontem, situa��o de calamidade financeira. “� uma forma de comunicar oficialmente � popula��o de Betim, e aos munic�pios vizinhos, que a prefeitura enfrenta um momento delicado.”

A administra��o municipal cr� que a publica��o dos dois decretos – situa��o de emerg�ncia diante da dengue e situa��o de calamidade financeira – pode aumentar a chance de a prefeitura conseguir recursos junto aos governos estadual e federal. O texto que refor�a o alarme em rela��o � sa�de ainda garante ao Executivo convocar servidores para integrar a��es contra o mosquito Aedes aegypti. E mais: “Os agentes comunit�rios de sa�de, de combate a endemias e sanit�rios, os t�cnicos de n�vel superior, os coordenadores e demais agentes p�blicos ser�o empregados nas a��es de resposta sem as limita��es de espa�o territorial e restri��o administrativa e operacional”, segundo trecho do decreto.

Enquanto o avan�o do inseto n�o � contido, m�dicos reclamam do d�ficit de profissionais e da car�ncia de infraestrutura na rede p�blica de sa�de. “Est� dif�cil trabalhar assim”, lamentou um profissional que prefere o anonimato. V�timas do mosquito tamb�m sofrem com o avan�o da dengue e a perda de receita, como o aposentado Jos� Francisco de Ara�jo, de 66 anos: “Meu corpo d�i h� tr�s dias”.

Ele buscou atendimento ontem em uma unidade de sa�de do Bairro Jardim Teres�polis, na periferia da cidade, onde coletou sangue. O local, que atende moradores de munic�pios vizinhos, estava cheio. “Minhas pernas e meus bra�os est�o moles. Minha cabe�a parece ser ferroada a todo momento. Acho que fui picado enquanto capinava o quintal de casa”, disse.

A prefeitura intensificou campanhas de conscientiza��o contra a prolifera��o do transmissor, contudo, muita gente continua contribuindo com o surgimento de criat�rios, jogando lixo em lotes vagos e em �reas p�blicas diariamente. A situa��o incomoda a moradora F�tima das Dores, de 54. Ela assegura que faz sua parte na guerra contra o mosquito. “Mantenho meu quintal sempre limpo. At� uma tampinha de garrafa, caso apare�a em minha casa, ser� jogada no lixo. N�o deixo nada que possa acumular �gua da chuva. S� que fui picada pelo mosquito. N�o sei em qual bairro. Tenho certeza de que n�o foi na minha casa. Todos n�s temos de combater o inseto”, recomendou.

Enquanto isso...aten��o ser� diferenciada

A Prefeitura de Betim enviou � C�mara Municipal projeto de lei que altera o nome do Hospital P�blico Regional para Hospital P�blico Municipal Prefeito Osvaldo Rezende Franco. Na pr�tica, a institui��o dar� prioridade � popula��o de Betim em procedimentos eletivos. O munic�pio justificou que a unidade � mantido com 70% de recursos pr�prios e que 29% s�o arcados conforme o faturamento por produ��o da unidade. O governo estadual repassa o correspondente a 1%.


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