
Entre as provid�ncias tomadas para receber as cole��es no futuro museu, o arquiteto cita a aquisi��o de estantes deslizantes, arm�rios, cabideiros, al�m da climatiza��o de todo o ambiente. Le�nidas adianta que ser� restaurada, em breve, a fachada do pr�dio por onde j� passaram a sede do Legislativo municipal, o antigo Museu de Mineralogia e o Centro Cultural de BH. Os recursos para a reforma est�o assegurados via programa de ado��o, devendo a constru��o receber novo de projeto ilumina��o externa para valorizar seu estilo imponente. J� para a montagem do museu, os recursos est�o assegurado tamb�m pelo programa municipal Adote um bem cultural.

O acervo guardado no MHAB � uma festa para os olhos, um deleite para a sensibilidade e um painel da vida em Belo Horizonte durante quase um s�culo. Na tarde de ontem, a gestora do CR Moda, Marta Guerra, explicava que o acervo se comp�e de leg�timas pe�as hist�ricas, que revelam modos de vida, estilos de uma �poca, enfim, um recorte da capital. “Moda e tecnologia s�o divisores de �guas, pontos que marcam bem as gera��es”, disse Marta, enquanto mostrava chap�us de homens e mulheres de outros tempos. Na mostra permanente, os visitantes poder�o admirar ainda roupas do reinado de Nossa Senhora do Ros�rio.
DIA SEGUINTE Atualmente, no MHAB, uma equipe se debru�a sobre a descri��o, cataloga��o e invent�rio das indument�rias recebidas em doa��o e preparadas para o tombamento. Num cabideiro, chama a aten��o o robe de jour, roupa branca, com cauda, confeccionada em puro algod�o e com muitas rendas. Respons�vel pelo servi�o, estilista e professora de p�s-gradua��o em moda, Carolina Bicalho conta uma curiosidade sobre a pe�a: trata-se “da roupa do dia seguinte”, que as noivas usavam, no s�culo 19, para tomar caf� com o marido na manh� ap�s o casamento. A pe�a pertenceu a Leopoldina Tavares Portocarrero, av� da cantora l�rica Lia Salgado e da atriz T�nia Carrero. A consultora cultural Mar�lia Salgado, bisneta de Leopoldina e uma das idealizadoras do CR Moda de BH, informa que o modelo data de 1870 e nunca foi usado por nenhuma descendente. Ao lado, a artista pl�stica e restauradora Susan Barnes, do MHAB, mostra um vestido preto, com silhueta da d�cada de 1920, confeccionado em tule com forro de malha dourado e enfeitado com rendas e bordados.
PE�AS PARA ACERVO
Quem tiver pe�as dignas de figurar no Museu da Moda – de import�ncia hist�rica, portanto – poder� do�-las ao acervo. Antes, conforme explica a gestora do CR Moda, Marta Guerra, o traje masculino, o vestido ou acess�rio ser� avaliado por um comit� especialmente formado para essa finalidade. Contatos pelo telefone (031)3277-8657.