
O n�mero de casos prov�veis de dengue j� chega a 193.541, tamb�m aproximando-se do total notificado durante os 12 meses de 2015 (196.613). Desde o �ltimo boletim, foram mais 32.921 notifica��es, com avan�o de 20,5%. Neste ano, a SES mudou a metodologia de monitoramento do n�mero de pacientes. Agora, s�o usados dados do Sistema de Informa��o de Agravos de Notifica��o, que engloba casos suspeitos e confirmados, mesma estrat�gia usada pelo Minist�rio da Sa�de.
Neste ano, j� foram registradas mortes em 12 cidades. Juiz de Fora, na Zona da Mata, � a que apresenta o maior n�mero. A SES confirma cinco �bitos na cidade, por�m, ontem a Secretaria Municipal de Sa�de j� contabilizava oito. Belo Horizonte registra quatro casos fatais. Al�m Para�ba, Bicas, Divin�polis, Espera Feliz, Ibirit�, Monte Carmelo, Mutum, Raposos e Patroc�nio e Recreio t�m um �bito cada. Segundo a SES, a maioria das v�timas (12) est� na faixa et�ria acima de 50 anos.
ZIKA Em rela��o ao zika v�rus, a SES confirmou as primeiras contamina��es em pessoas que n�o estavam no chamado grupo de risco, formado por gr�vidas ou pacientes que se encaixavam no protocolo de avalia��o de microcefalia. Segundo o balan�o, 10 moradores de Minas contra�ram a doen�a. Na �ltima semana, n�o havia nenhuma confirma��o. Outras 3.009 notifica��es ainda s�o investigadas. Segundo a SES, a tend�ncia � que haja um aumento no n�mero de casos confirmados da doen�a, devido a exames que ainda aguardam resultado na Funda��o Ezequiel Dias (Funed).
Houve alta tamb�m no n�mero de gestantes contaminadas. Foram confirmados 14 novos casos, fazendo o total saltar de 47 para 61 em sete dias. Outros 220 notifica��es ainda est�o sendo investigadas. Belo Horizonte e Sete Lagoas, na Regi�o Central de Minas Gerais, s�o os munic�pios com o maior n�mero de casos (oito cada). Em seguida, vem Coronel Fabriciano e Ipatinga (seis cada). Em rela��o aos casos do protocolo de monitoramento da microcefalia, 71 notifica��es seguem sendo investigadas, com uma confirma��o – um caso de aborto espont�neo em Sete Lagoas.
CHIKUNGUNYA Seguindo a tend�ncia das demais doen�as transmitidas pelo Aedes aegypti, a febre chikungunya tamb�m apresentou aumento nos �ltimos sete dias. A SES investiga seis casos da doen�a no estado, um a mais do que o balan�o anterior. � investigada a primeira morte de uma gr�vida em Contagem, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. Se confirmado, ser� o primeiro �bito pela doen�a no estado.

Para o presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Estev�o Urbano, o avan�o no n�mero de �bitos por dengue tende a estar relacionado com a maior quantidade de casos registrados este ano. “Quando a quantidade de infectados � superior em n�meros absolutos, h� mais chances de casos graves, que podem chegar � morte”, diz ele. O especialista explica que a dengue sempre foi a maior preocupa��o da entidade. “Al�m de ser a doen�a mais comum, � aquela que representa mais amea�a em termos de gravidade. A zika e chikungunya t�m incid�ncia menor de mortalidade”, afirma. E vai al�m: “Embora haja a novidade da zika, a maior amea�a para a popula��o adulta continua sendo a dengue, e � preciso aumentar o alerta”.
O superintendente de Vigil�ncia Epidemiol�gica, Ambiental e de Sa�de do Trabalhador da Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais, Rodrigo Said, lembra que, em um estado onde h� uma popula��o j� sensibilizada pelo v�rus da dengue, uma nova infec��o pode trazer riscos de manifesta��o mais grave da doen�a. Por isso, segundo ele, � preciso procurar o servi�o de sa�de diante dos primeiros sintomas e acompanhar a evolu��o das manifesta��es. “Existem sinais de alarme que s�o alertas para a forma grave da doen�a, como v�mitos persistentes e em intervalos curtos, dor abdominal cont�nua e sensa��o de desmaio”, lembra.
A circula��o do v�rus zika em Minas e o aumento no n�mero de casos em investiga��o, que dobraram em uma semana, passando de 1.523 para 3.009, segundo Said, podem ser explicados pela popula��o suscet�vel ao v�rus – pessoas que nunca foram contaminadas – e pelo fato de a notifica��o ter se tornado obrigat�ria desde fevereiro. A confirma��o dos 10 primeiros casos em n�o gestantes, segundo ele, ocorreu por exame laboratorial. J� o aumento no n�mero de gr�vidas infectadas, que saltou de 47 para 61, pode ser explicado pela maior agilidade no processamento de exames pela Funed.