
H� uma semana, a igrejinha, que � um dos maiores s�mbolos do complexo e da hist�ria de Belo Horizonte, amanheceu pichada. O painel de azulejos de Candido Portinari e a lateral de mosaicos foram depredados pela sujeira praticada por M�rio Augusto Faleiro Neto, de 25 anos, pichador j� conhecido da Pol�cia Civil.
Ele � apontado como respons�vel por pelo menos mais seis picha��es na cidade e � morador de Ibirit�, na Grande BH. Em depoimento na �ltima quarta-feira, ele assumiu a autoria e disse desconhecer o valor da igrejinha para o patrim�nio da capital mineira. M�rio foi ouvido e liberado e vai responder em liberdade pelo ato de vandalismo.
Uma das pessoas que estiveram presente ao abra�o simb�lico da igrejinha foi o presidente do Sindicato dos Produtores de Artes C�nicas de Minas Gerais (Sinparc), R�mulo Duque, que criticou o vandalismo em um s�mbolo da capital mineira. “Foi um absurdo o que aconteceu, ainda mais em uma cria��o de Oscar Niemeyer conhecida internacionalmente. Isso chama a aten��o para a conserva��o do conjunto como um todo”, afirma Duque.
J� o restaurador que coordena os trabalhos de limpeza da igrejinha, Wagner Matias de Souza, subiu o tom das cr�ticas ao pichador. “Muito mais do que um ato de vandalismo � um ato de terrorismo, quando a pessoa faz algo sem saber o que est� fazendo”, afirma. Segundo o restaurador, o trabalho de limpeza � bastante delicado e demorado, o que o impede de garantir a data certa de conclus�o. “A expectativa � que acabe essa semana”, completa.
