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Estado de Minas

'Atentado po�tico' em pra�as reinvidica melhorias para Belo Horizonte

No estilo flash mob, 268 estudantes se re�nem em tr�s pra�as de Belo Horizonte atentando quest�es como acessibilidade, meio ambiente e verticalidade na capital


postado em 03/04/2016 06:00 / atualizado em 03/04/2016 07:55

(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
No lugar de armas, palavras; em vez de viol�ncia, mensagens positivas; e para afastar o medo, s� mesmo a esperan�a de uma cidade melhor. Belo Horizonte foi alvo, na manh� de ontem, de um “atentato po�tico”, iniciativa educativa e liter�ria em tr�s pra�as emblem�ticas: Floriano Peixoto, no Bairro Santa Efig�nia, Liberdade, entre Funcion�rios e Lourdes, e Diogo de Vasconcelos, na Savassi. � frente dos ataques do bem, 268 estudantes entre os 10 e os 18 anos, da Funda��o Torino Escola Internacional. No estilo flash mob – termo que define interven��es urbanas r�pidas, previamente combinadas –, a turma carregou faixas, soltou bal�es brancos, dan�ou e marcou presen�a dentro do tema “A cidade que temos e a que queremos”.

Mobilidade, acessibilidade, meio ambiente, verticalidade, gentileza urbana e respeito no tr�nsito foram quest�es tratadas pelos estudantes. Toda a prepara��o demandou meses de estudos e discuss�es em sala de aula sobre conceitos de urbanismo, apropria��o dos espa�os p�blicos, cultura das ruas e outros aspectos fundamentais. “Esse � o resultado final do trabalho”, disse a professora de l�ngua portuguesa Daniela Mendes, idealizadora do projeto Atentado Po�tico, j� na 13ª edi��o. Ela explicou que os resultados s�o vis�veis, pois os jovens mostram “um olhar diferenciado sobre a capital, depois de conhec�-la melhor”.

Eram 10h, na Pra�a da Liberdade, quando os estudantes, com camisetas azuis, fizeram uma roda e retrataram a cidade com s�labas. Um jovem apitou para dar a largada. Mais tr�s deles empunharam cartolinas formando a palavra “cidade”. Depois, outros se uniram para mostrar que nem tudo � um mar de rosas, principalmente no dia a dia dos motoristas, passageiros e pedestres. E, assim, formaram uma nova palavra: atrocidade. Em seguida, simulando com passos r�pidos a circula��o de um �nibus em velocidade, meninos e meninas viram um jovem cadeirante que ficou no ponto.

À frente do 'atentado' estavam 268 estudantes de 10 a 18 anos da Fundação Torino(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
� frente do 'atentado' estavam 268 estudantes de 10 a 18 anos da Funda��o Torino (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
CONTATOS Com o rosto pintado, Jo�o Marques, de 16 anos, defendeu a gentileza urbana como melhor ant�doto para o estresse cotidiano: “Gosto de dar bom-dia  quando entro, de manh�, no �nibus. Muita gente considera esse ato simples desnecess�rio, mas eu o considero fundamental”. Ao lado, a colega Laura Tomaz, tamb�m de 16, lembrou que “a cidade � feita de pessoas”. Em seu quarto Atentado Po�tico, Laura ressaltou a import�ncia do contato entre as pessoas, certa de que a melhor forma � pela “arte e poesia”.

Dentro dos temas discutidos pelos alunos na escola, estiveram ainda quest�es como lixo, desperd�cio e sustentabilidade. E eles participaram de uma s�rie de atividades para chegar ao produto final, incluindo entrevistas com moradores, estudo da arquitetura e visitas guiadas.

O movimento nasceu em 2003, dois anos depois do atentado �s Torres G�meas, em Nova York. Na �poca, foram abandonados livros pela cidade para que pessoas lessem e levassem para casa. Desta vez, o objetivo era provocar reflex�es sobre BH. “Trabalhamos com jovens que, no futuro, ser�o formadores de opini�o. Est�o em pauta a conscientiza��o sobre capital e problemas di�rios, como a viol�ncia”, disse a diretora-geral da Funda��o Torino, M�rcia Naves.


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