
Mobilidade, acessibilidade, meio ambiente, verticalidade, gentileza urbana e respeito no tr�nsito foram quest�es tratadas pelos estudantes. Toda a prepara��o demandou meses de estudos e discuss�es em sala de aula sobre conceitos de urbanismo, apropria��o dos espa�os p�blicos, cultura das ruas e outros aspectos fundamentais. “Esse � o resultado final do trabalho”, disse a professora de l�ngua portuguesa Daniela Mendes, idealizadora do projeto Atentado Po�tico, j� na 13ª edi��o. Ela explicou que os resultados s�o vis�veis, pois os jovens mostram “um olhar diferenciado sobre a capital, depois de conhec�-la melhor”.
Eram 10h, na Pra�a da Liberdade, quando os estudantes, com camisetas azuis, fizeram uma roda e retrataram a cidade com s�labas. Um jovem apitou para dar a largada. Mais tr�s deles empunharam cartolinas formando a palavra “cidade”. Depois, outros se uniram para mostrar que nem tudo � um mar de rosas, principalmente no dia a dia dos motoristas, passageiros e pedestres. E, assim, formaram uma nova palavra: atrocidade. Em seguida, simulando com passos r�pidos a circula��o de um �nibus em velocidade, meninos e meninas viram um jovem cadeirante que ficou no ponto.

Dentro dos temas discutidos pelos alunos na escola, estiveram ainda quest�es como lixo, desperd�cio e sustentabilidade. E eles participaram de uma s�rie de atividades para chegar ao produto final, incluindo entrevistas com moradores, estudo da arquitetura e visitas guiadas.
O movimento nasceu em 2003, dois anos depois do atentado �s Torres G�meas, em Nova York. Na �poca, foram abandonados livros pela cidade para que pessoas lessem e levassem para casa. Desta vez, o objetivo era provocar reflex�es sobre BH. “Trabalhamos com jovens que, no futuro, ser�o formadores de opini�o. Est�o em pauta a conscientiza��o sobre capital e problemas di�rios, como a viol�ncia”, disse a diretora-geral da Funda��o Torino, M�rcia Naves.