
Pichadores que atuam em Belo Horizonte tiveram mais uma derrota na Justi�a. O juiz Marcos Henrique Caldeira Brant, titular da 11ª Vara Criminal condenou Darcy Gon�alvez Vieira J�nior, o GG, de 40 anos, e Leonardo Vin�cius de Souza, de 37, apontados como respons�veis pelo ato de vandalismo na Biblioteca Estadual Luiz de Bessa e contra as est�tuas de bronze dos "Quatro Cavaleiros do Apocalipse", que retratam os escritores Fernando Sabino, H�lio Pellegrino, Otto Lara Resende e Paulo Mendes Campos, na Pra�a da Liberdade, Regi�o Centro-Sul da capital mineira. Os dois fazem parte de uma associa��o criminosa chamada de “Pixadores de Elite”. A pris�o de Darcy, que cumpria preventiva, foi mantida. J� Leonardo, que rompeu a tornozeleira eletr�nica que o monitorava, est� foragido.
O crime cometido por eles aconteceu em 17 de outubro de 2014. Eles sujaram a fachada da Biblioteca P�blica Estadual Luiz de Bessa, na Pra�a da Liberdadee e as esculturas de Fernando Sabino, Otto Lara Resende, Paulo Mendes Campos e H�lio Pelegrino, escritores da literatura brasileira, foram pichadas com tinta branca. Darcy ainda pichou, sozinho, uma pilastra e um muro de pedra na parte externa da biblioteca. As imagens foram postadas nas redes sociais como "trof�u".
Apontado como l�der da organiza��o criminosa, Darcy foi condenado a oito anos, seis meses e 10 dias de pris�o. Al�m disso, ter� que pagar 79 dias-multa. O r�u ainda deve pagar R$ 25 mil de indeniza��o pelos danos causados. J� Leonardo ter� que cumprir dois anos, sete meses e 15 dias de deten��o, em regime inicialmente aberto. Para repara��o dos danos, dever� pagar R$ 20 mil. Da decis�o ainda cabe recurso.
Preju�zos
Os dois foram presos durante a opera��o Argos Panoptes, em 27 de maio do ano passado, que terminou com a condu��o de 17 integrantes do bando em BH, Contagem, Vespasiano, Betim e Curvelo, cidade onde Darcy foi detido. Em dezembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou liminar no pedido de habeas corpus para o l�der do grupo.
Estima-se que os “Pixadores de Elite" tenham causado um preju�zo financeiro da ordem de R$ 5 milh�es. Nas investiga��es, descobriu-se que o grupo atua desde 1992, mas intensificou as picha��es em 2010. Segundo o promotor de Justi�a Marcos Paulo de Souza Miranda, um dos coordenadores do N�cleo de Combate aos Crimes Ambientais (Nucrim) do MPMG, eles est�o ligados a torcidas organizadas, buscam notoriedade com seus atos e est�o em constante disputa de poder com integrantes de gangues rivais.