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Estado de Minas

Minist�rio do Trabalho diz que drenagem insuficiente causou trag�dia de Mariana

A��o fiscal culminou com a emiss�o de 23 autos de infra��o contra a mineradora referentes � sa�de e � seguran�a dos trabalhadores da empresa


postado em 26/04/2016 12:47 / atualizado em 27/04/2016 08:17

Barragem de Fundão rompeu em 5 de novembro do ano passado (foto: Corpo de Bombeiros/Divulgacao)
Barragem de Fund�o rompeu em 5 de novembro do ano passado (foto: Corpo de Bombeiros/Divulgacao)

A drenagem insuficiente na Barragem do Fund�o, em Bento Rodrigues, distrito de Mariana, na Regi�o Central do estado, foi a principal causa da trag�dia que matou 19 pessoas e sufocou o Rio Doce com a lama do reservat�rio da Samarco. A conclus�o � do Minist�rio do Trabalho e Emprego em Minas Gerais, que realizou fiscaliza��o para apurar as circunst�ncias do rompimento da barragem, considerado pelo �rg�o um acidente de trabalho. A investiga��o dos t�cnicos do Minist�rio do trabalho come�ou em 6 de novembro do ano passado (um dia ap�s o desastre) e  foi conclu�da em 19 de abril. A a��o fiscal culminou na emiss�o de 23 autos de infra��o contra a mineradora, sendo 18 relacionados a irregularidades referentes � sa�de e � seguran�a do trabalhador e um por conta de terceiriza��o il�cita, j� que a empresa que operava a movimenta��o de rejeitos era uma terceirizada e esse trabalho deveria ser feito pela Samarco. Os demais autos apontam para desrespeitos � jornada dos trabalhadores. Em m�dia, cada auto tem o valor de cerca de R$ 5 mil, o que totaliza R$ 115 mil em multas.

O trabalho do MTE aponta uma s�rie de eros�es pontuais entre 2013 e 2015 que indicaram a sobrecarga da estrutura causada pela �gua acumulada, al�m da aus�ncia de drenos nas ombreiras da barragem, trincas de at� 200 metros em sua estrutura e um tamanho insuficiente do que � chamado de praia da barragem, estrutura composta apenas de rejeitos arenosos, pressionada por um grande volume de lama �mida. Segundo o MTE, a drenagem teve ainda mais problemas a partir de 2012, quando houve uma obra de desvio no desenho da barragem, sobrecarregando ainda mais a estrutura, conforme o auditor do Trabalho M�rio Parreiras de Faria.

Segundo o funcion�rio do MTE, o desvio teve liga��o direta com uma pilha vizinha de rejeitos est�reis da Vale, que, sem drenagem, jogava �gua da chuva para a base do reservat�rio do Fund�o. O desvio acabou pressionando ainda mais a estrutura, j� apertada pela quantidade de �gua que s� aumentava sem uma destina��o correta. Ainda segundo o MTE, as vibra��es ocorridas no terreno tamb�m podem ter exercido um papel de gatilho para o desastre, mas elas aparecem n�o apenas em forma de sismos na regi�o de Mariana.

O auditor Mário Parreiras foi um dos responsáveis pelo trabalho de fiscalização(foto: Guilherme Paranaíba/EM/D.A.Press)
O auditor M�rio Parreiras foi um dos respons�veis pelo trabalho de fiscaliza��o (foto: Guilherme Parana�ba/EM/D.A.Press)


Al�m dos seis abalos no dia da trag�dia, sendo o maior de 2,6 pontos na escala Richter, M�rio Parreiras explica que as vibra��es aparecem tamb�m com detona��es na mina do Complexo Alegria, vizinho � Barragem do Fund�o, e com obras de drenagem que estavam ocorrendo no ano passado e significaram o tr�nsito de ve�culos pesados em uma �rea j� saturada. Para o auditor, as interven��es em curso pela Samarco para tentar resolver os problemas de drenagem j� n�o eram capazes de resolver um problema considerado extremamente complexo. Essa drenagem insuficiente acabou culminando com um processo de liquefa��o. O relat�rio do MTE ser� encaminhado ao Minist�rio P�blico do Trabalho e tamb�m � Advocacia Geral da Uni�o (AGU) para que esses �rg�os definam se v�o tomar alguma medida judicial.

Samarco

Sobre as conclus�es do Minist�rio do Trabalho e Emprego, a Samarco confirma, em nota, "que recebeu os autos de infra��o, analisa os documentos e responder� no prazo devido".



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