
A se��o mineira da Associa��o Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-MG) est� preocupada com a viol�ncia em casas noturnas. Na segunda-feira, a diretoria da entidade vai discutir o assunto. “Hoje, as pessoas est�o ‘puxando o dedo’ (atirando) por qualquer coisa. Dependendo do que conversarmos na reuni�o, poderemos solicitar um apoio t�cnico da PM, da Pol�cia Civil”, disse Tulio Montenegro, conselheiro da Abrasel-MG.
O mec�nico deixou a boate antes do empres�rio, mas, irritado, n�o foi para casa. Preferiu buscar uma arma no carro e aguardar pela v�tima. O atirador sequer se intimidou com a presen�a de outras pessoas e apertou o gatilho cinco vezes, errando um disparo. Houve p�nico e policiais militares foram acionados. Paulo foi preso em flagrante, quando se preparava para fugir em seu C4 Pallas.
No carro, os militares encontraram uma besta, arma de ca�a usada para atirar flechas. Paulo foi conduzido � delegacia do Barreiro, onde foi autuado pelo delegado �nderson Vicente de Souza. “Pode ser condenado de 12 a 30 anos por homic�dio qualificado, pois houve motivo f�til e a v�tima n�o teve chance de se defender. O homem chegou de surpresa, sem que fosse percebido por ningu�m.”
O autor n�o tem porte de armas, segundo o delegado. Apesar disso, frequenta um clube de tiros, conforme fotos divulgadas em seu perfil numa rede social.
A v�tima morreu no local. Guilherme, que era solteiro, deixou tr�s filhos de relacionamentos diferentes. Ele tinha passagem por furto, estelionato e forma��o de quadrilha. Havia comprado um apartamento h� poucas semanas e ganhava a vida com o que negociava em sua loja virtual do ramo de inform�tica. De acordo com a PM, peritos que atenderam a ocorr�ncia recolheram com a v�tima um comprimido semelhante ao de ecstasy, droga alucin�gena.
O corpo ser� sepultado na manh� de hoje. Ademir Pinto, um dos s�cios do Alambique, estava presente no momento da confus�o. “Um cliente abriu um espumante e acertou a bebida em outro. Eles come�aram uma ‘coisa’ m�nima, apaziguada por apenas um seguran�a. N�o acionamos a PM, pois n�o houve necessidade l� dentro”, disse.
CONTAGEM Poucas horas depois do crime, o Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) ofereceu den�ncia contra os tr�s acusados da morte do universit�rio Cristiano Guimar�es Nascimento, espancado na porta de uma boate em Contagem no in�cio do m�s. Dois dos acusados s�o policiais militares que estavam de folga. O terceiro � um corretor de im�veis.
H� duas semanas, outro crime banal envolvendo jovens e bebidas foi registrado no estado. Em Montes Claros, no Norte, Vin�cius Afonso da Silva Cordeiro, de 23, foi assassinado a tiros por um agente penitenci�rio, que teria pegado uma garrafa na mesa da v�tima e n�o gostou de ser repreendido em uma casa noturna da cidade.
COMO FOI
Por volta das 3h, come�a uma discuss�o dentro da boate. Paulo Filipe e amigos jogam espumante da parte mais alta de um camarote, acertando pessoas que est�o na parte mais baixa do local, onde est� Guilherme
Guilherme e amigos v�o tirar satisfa��o. Um seguran�a interv�m, mas testemunhas dizem que o desentendimento prosseguiu, com Paulo Filipe jogando mais bebida e fazendo gestos obscenos em dire��o ao grupo
Paulo Filipe sai da boate e busca um rev�lver calibre 38 no carro. Ele espera do lado de fora a sa�da dos rivais na briga anterior. Guilherme sai com amigos da boate e � atingido por quatro tiros a cerca de 100 metros da boate
A PM chega ao local e prende Paulo Filipe saindo de carro de um estacionamento ao lado. Dentro do ve�culo os policiais ainda encontram uma besta, arma normalmente usada por ca�adores