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Estado de Minas

Manifesta��es cobram puni��o da trag�dia em Mariana seis meses depois


postado em 06/05/2016 06:00 / atualizado em 06/05/2016 08:25

A Polícia Civil indiciou sete pessoas pela tragédia, porém o inquérito está suspenso por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STI)(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press )
A Pol�cia Civil indiciou sete pessoas pela trag�dia, por�m o inqu�rito est� suspenso por decis�o do Superior Tribunal de Justi�a (STI) (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press )
Mariana – O drama das v�timas da Barragem do Fund�o, de propriedade da Samarco, completou ontem seis meses sem que ningu�m tenha sido punido pelo tsunami de lama que causou a morte de 19 pessoas, no maior desastre socioambiental do Brasil. A data foi lembrada com ang�stia pelas cerca de 300 fam�lias desalojadas dos distritos de Mariana devastados pelos quase 35 milh�es de metros c�bicos de rejeitos de min�rio de ferro que vazaram da mina da empresa controlada pela brasileira Vale e pela anglo-australiana BHP Billiton.

A Pol�cia Civil indiciou sete pessoas pela trag�dia, entre diretores da Samarco e respons�veis por laudos t�cnicos da mina, por 19 homic�dios qualificados. Por�m, o inqu�rito est� suspenso, por decis�o do Superior Tribunal de Justi�a (STJ), at� que o Judici�rio decida se a compet�ncia pelo julgamento � do �mbito estadual ou federal. Ontem, a r�plica do som de uma sirene voltou a ecoar na Pra�a da S�, no Centro da cidade hist�rica, em protesto contra a falta do equipamento na Mina do Germano. Especialistas avaliam que vidas poderiam ser salvas se a empresa tivesse instalado um aparelho para ser usado em caso de alerta. A comunica��o, lamentam parentes e amigos das v�timas, foi falha.

As manifesta��es contra o maior desastre socioambiental do Brasil come�aram cedo em Mariana. Numa delas, fotos de algumas das 19 v�timas da onda de lama foram fixadas na entrada do sal�o onde ocorreu o semin�rio “O desastre da Samarco: balan�o de seis meses de impactos e a��es”. Duas das imagens eram de Emanuely Vit�ria, que tinha 5 anos, e Thiago Damasceno, de 7. Eles moravam em Bento Rodrigues, o primeiro lugarejo devastado pelo mar de rejeitos.

“A li��o desse desastre �: ser� que acontecer�o outros? H� avalia��es de que outras barragens t�m situa��o igual ou pior que a de Fund�o”, alertou L�o Heller, coordenador do grupo de pesquisa de Direitos Humanos e Pol�ticas P�blicas em Sa�de e Saneamento da Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Especialista no assunto, o professor Bruno Milanez, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), recordou que, em um estudo em 2014, 27 barragens no estado n�o tinham garantia de estabilidade. Em outras 12 os auditores n�o conseguiram concluir se havia estabilidade. “Isso totaliza 39 barragens em risco. Temos de levar em considera��o que a Barragem do Fund�o, em 2014, foi considerada est�vel. Portanto, existe um risco real de novos desastres”.

TURISMO
A prefeitura local aposta no turismo para amenizar a perda dos royalties (R$ 4 milh�es mensais) que deixaram de ser pagos pela empresa por meio da Compensa��o Financeira pela Explora��o dos Recursos Minerais (CFEM). Ontem, a Associa��o do Circuito Tur�stico do Ouro (ACO) lan�ou novos roteiros para fomentar a economia na regi�o.


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