A �rea de Lavoura, pertencente � Arcelor Mittal, vai abrigar a nova Bento Rodrigues. A escolha foi feita na tarde deste s�bado pelos antigos moradores do subdistrito destru�do pelo rompimento da Barragem da Samarco, em 5 de novembro de 2015, resultando na morte de 19 pessoas. Votaram 223 fam�lias, das quais 206 escolheram Lavoura.
Os moradores analisaram tr�s terrenos: Lavoura, Carabina, de propriedade de pessoa f�sica que fica no per�metro de Mariana; e Bicas, �rea mais afastada de propriedade da Samarco. Ao todo participam da vota��o 223 fam�lias e cada uma delas tem direito a um voto. A escolha do local precisava ter a aprova��o de 60% das fam�lias para ser ratificada. "As pessoas entenderam que n�o tem como voltar ao passado. O Bento onde viveram um dia n�o vai voltar. Ficar� s� na lembran�a. Por�m, � um momento de esperan�a e o sentimento � acreditar na reconstru��o de um novo Bento", afirma o prefeito de Mariana Duarte J�nior.
Desde o in�cio, as fam�lias de Bento Rodrigues t�m demonstrado interesse pelo Lavoura, terreno de 100 hectares a 12 quil�metros do Centro da cidade colonial e a 10 do subdistrito arrasado pela lama. A Samarco dever� adquirir a �rea da Arcelor Mittal. No entanto, antes da constru��o da nova comunidade, ser�o realizadas an�lises sobre a qualidade do terreno para diferentes lavouras e a quantidade de �gua dispon�vel para o abastecimento das futuras moradias.
O prazo oficial para o an�ncio do local se encerrou no fim de abril. O prefeito informou as resid�ncias ter�o tetos que aproveitam a luz solar, com calhas para coletar a �gua da chuva. "O novo Bento ser� refer�ncia de respeito ao meio ambiente n�o s� para Minas como para todo o Brasil", afirma o prefeito.
A reconstru��o da comunidade faz parte de acordo homologado pela Justi�a Federal entre a Samarco, Vale e BHP Billinton, governos de Minas, Esp�rito Santo e o governo federal para recuperar e compensar os danos ao meio ambiente e �s comunidades da Bacia Hidrogr�fica do Rio Doce causados pelo rompimento da Barragem de Fund�o em 5 de novembro do ano passado. Al�m da constru��o da nova comunidade, o acordo prev� a realiza��o de 40 projetos de recupera��o socioambiental e socioecon�mica. O gerenciamento ficar� a cargo de uma funda��o de direito privado que deve ser constitu�da at� 2 de julho. O acordo n�o prev� os valores m�ximos que dever�o ser investidos, mas, nos pr�ximos tr�s anos, funda��o receber� R$ 4,4 bilh�es para executar os projetos.